Capítulo 4

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Me perdoem por não atualizar por meses :'), eu fiquei sem vontade de escrever e tão desanimada pra continuar que acabei parando e não avisando. Perdão.

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Leon's POV

Pleno sábado. O melhor dia pra sair pela cidade e gravar vídeo de pokémon, já que as ruas ficam consideravelmente cheias e os garotos da vizinhança decidem colocar Lure em todos os pokéstops da cidade. Amém.

No momento em que cheguei à varanda para ajeitar meus equipamentos, observei Nilce caminhando na calçada carregando várias sacolas. Aparentava ter acabado de voltar da feira, ou então do mercado. Não pensei duas vezes até gritar seu nome e ela olhar com um sorriso tímido.

- Bom dia! - gritei em seguida.

Ela, sorridente, continuou caminhando até entrar no prédio. Depois daquele momento, não a vi pelo resto do dia.

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Nilce's Point of View

Domingo. Dia de churrasco no Brasil. No entanto, aqui no Canadá, era dia de ficar em casa e curtir o final de semana. Só que esse domingo era uma exceção. Meu pai havia sido convidado pelo seu chefe para ir a um almoço de boas vindas. Uma coisa super amigável a se fazer. E por mais engraçado que seja, seu chefe morava no mesmo prédio que a gente, alguns andares acima do nosso.

Foi então, ao 12h em ponto, que eu, minha irmã, meu pai e minha mãe saímos de casa e fomos até o seu apartamento. Chegando lá, quem abriu a porta foi ele. Ele mesmo. Em que você está pensando. Leon. Todo arrumadinho, com uma camisa polo, uma bermuda e o cabelo penteado. Gentilmente, nos convidou a entrar e a nos sentar no sofá da sala.

Depois de alguns minutos, o seu pai apareceu e nos levou até a mesa de jantar para almoçar [que frase bugada].

Conversa vai e conversa vem, chegamos ao ponto em que as duas famílias falam sobre os filhos. Aquele momento que os pais falam que as crianças deveriam ser amiguinhas e irem pro quarto brincar. E foi o que eu fiz.

Pra mim, isso era um sonho. Estar no quarto que eu admirei por todos esses anos. Ao mesmo tempo era confuso, porque eu tinha a imagem daquele quarto no meu celular e na minha mente só por um retângulo. Mas era mais que isso. Tinha uma estante colada na parede, com vários livros de história e filósofos europeus. Também sua escrivaninha, onde ele editava e, provavelmente, estudava. Além de tudo seu armário e sua cama. O cenário era fake, ele tinha um banner pra colocar atrás de si e gravar. Minha cabeça explodiu nessa hora, mas eu não podia comentar. Meu único comentário sobre aquele ambiente foi:

- Legal seu quarto. Bem nerd, né? - disse, colocando as mãos dentro do bolso do moletom canguru.

Ele assentiu com a cabeça.

- Eu tenho um canal no YouTube. Pode ser a coisa mais vergonhosa que eu esteja dizendo pra alguém, mas acho que devo me orgulhar. E assim como você disse, o nome é "Coisa de Nerd". Depois se inscreve e vê se gosta... - ele coçou a cabeça, se sentando de frente pra escrivaninha.

Concordei como quem não soubesse da existência.

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📲 Glau, eu fui na casa dele. Eu vi o apartamento que ele mora. Conheci a família. Vi tudo. Os bastidores...

📱 Que sonho, dona Nilce! Foi iniciativa sua?

📲 Bah, quem me dera. Meus pais me obrigaram a ir lá, fazer aquela social, sabe? O pai dele é o chefe do meu.

📱 Hm, entendi. Que coincidência, né? Aliás Nil, prossiga com essa amizade. Apoio essa união aí, daqui algumas semanas vocês vão estar super parças.

📲 Quem me dera, hein?

📱 Eu tenho fé.

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Ligação RamificadaWhere stories live. Discover now