"Não sei como, mas, tudo que eu sei é que
Tudo o que eu preciso é você"
(Hollyn)Yasmim
— Isso... — Caleb me puxa tão ferozmente que por pouco não sinto meu coração sair pela boca.
Sei o que ele pretende e para a minha sorte alguém interrompe.
— Yasmim? — Olho para o lado e Daianny nos encara com os olhos quase saltando para fora.
— Dai, que bom que você apareceu! —De imediato, puxo o meu braço, que ainda estava sob as mãos de Caleb, e me afasto rapidamente do nosso contato corporal, apressando os passos para perto dela.
— Interrompi algo que estava prestes a acontecer ou foi impressão minha? —Sussurra com os olhos semicerrados e os braços cruzados.
— Você me salvou — digo, suspirando.
— Então eu interrompi — responde com um certo tom de ironia.
Olho para Caleb e ele ainda não desvia seu olhar de mim. Para mim, seu semblante é de um homem insatisfeito e ao mesmo tempo não, quer dizer, não sei; é indecifrável a sua expressão facial, o que me deixa incomodada. Portanto, levo Daianny em direção a uma mesa vazia, assentando-me, e ela faz o mesmo.
— Cadê o resto do pessoal? Não estão na pista de dança — digo, olhando para os lados, procurando-os.
— Eles estão na cozinha do hotel agora. Lembra que eles irão vir com os alunos aqui? — diz.
— Ah, é mesmo! — digo.
— Mas parece que Caleb preferiu desfrutar da sua companhia, e talvez até dos seus lábios se eu não tivesse impedido. — Acena para um garçom que está a levar coquetéis numa bandeja.
— É, mas quando ele se dirigiu a mim todos estavam na pista de dança e alguns deles se embebedando, até. Não são tão rápidos assim e Joseph o chamaria.
— Obrigada. — Agradece o rapaz. — O chamaria se eu não dissesse que ele iria em seguida, já que eu os vi conversando tão seriamente — diz, dando uns goles, olhando para o "nada".
— Você o quê? Dai! — indago um pouco chateada. Bem que ela poderia ter me poupado de um diálogo incomodativo.
— O quê! — Faz-se inculpável. — Ele de alguma forma gosta de você. Mas eu sei que ele ainda é um homem compromissado. De acordo com os meus contatos, ela viajou para Dubai e vai ficar fora por um bom tempo. Eu acabei com a cena só pelo fato que talvez ele esteja tentando te usar, já que está carente.
— Dai, você é muito cara de pau. Quem são estes seus contatos? — Semicerro os olhos.
— Segredos do FBI. Não podem ser revelados — diz, sugando o resto da bebida. Observo suas expressões e elas são tão cômodas que chega a ser irritante.
— Não goza com a minha cara! É sério — digo.
— Já disse que é segredo de estado! Não me importuna — fala, desdenhando de minha pessoa.
— Você é a pior amiga! — digo, brincando lógico.
— Que nada! Sei que sou a melhor — diz.
— Convencida.
— Aí vem a turminha dos cozinheiros. — retruca, olhando em direção a eles, com um sorrisinho no rosto.
Encaro-os e percebo que Caleb não se encontra com eles. O pessoal é bastante amistoso para uns com os outros o que não deixa de ser impressionante, pois não é todo o dia que se ver colegas de trabalho serem extremamente cordiais entre si, como eles são.
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COMO O OUTONO, COMO A PRIMAVERA
RomanceYasmim Lahanna é uma mulher batalhadora, apaixonada pela arte, mestra na computação, mas nunca viveu um amor de verdade até que, numa tarde de outono, conheceu Caleb, um gastrônomo e chef de cozinha bastante respeitado pelos que o circundam e dedica...