Capítulo 22

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Na manhã seguinte acordei melhor, mais disposta. Fiz minhas higienes matinais e fui tomar café da manhã que Griffin havia preparado. Panquecas com suco de laranja.

Depois coloquei um filme para nós três assistir e ficamos mais ou menos umas duas horas na sala. Quando o filme acabou Griffin e eu fomos dar uma volta na floresta ao redor da casa.

Saímos de mãos dadas caminhando em passos curtos e lentos.

- Como você se está? - perguntou.

- Estou bem, por que?

- Você sabe, seus pais...

- Vou seguir seu conselho, vou ouvir o que eles tem a dizer e depois verei. Sabe, eu estava com raiva dos dois até ontem, mas nessa madrugada eu não parei de pensar neles. Nunca tivemos uma briga dessas, e confesso que odeio esse clima. Sempre fomos tão unidos, agora isso é tão estranho.

- Que bom que agora está pensando assim. Você está certa, uma boa conversa pode esclarecer tudo.

Fiquei olhando para ele.

- O que foi? - questionou.

- Nada... É só que você... É tão bom. Meus pais te odeiam e mesmo assim você entende o lado deles e me ajuda a me reconciliar. No máximo você deveria falar muito mal dele pra mim.

- Não, eu não odeio eles. É só que você é filha deles, e eu quero o melhor para você.

- Acho que você não existe, você é falso. - falei rindo.

- Tem certeza que sou falso? - sorriu.

- Tenho.

- Entao vou te provar ao contrário. - me puxou pela cintura e me deu um beijo quente e envolvente.

- Não faz assim. - sussuro ainda com nossas testas encostadas.

- Por que?

- Por que você é meu ponto fraco.

Ele sorri.

- Isso é bom. - diz e novamente me beija.

Ficamos por um tempo andando até que decidimos voltar para a casa. Assim que chegamos fui arrumar minha mochila, pois daqui algumas horas nós vamos embora e eu não quero esquecer nada.

- Então... Eu já vou. - Griffin diz encostado na porta chamando minha atenção, já que eu estava arrumando minhas coisas de virada de costas.

- Você sabe que não precisa ir agora, podemos ir todos juntos. - me aproximo dele.

- Melhor não. Eu preciso voltar o quanto antes para mim resolver algumas coisas.

- Que coisas?

- Com meu tio, assunto de família.

- Tudo bem. - lhe dou um abraço e ele beija o topo da minha cabeça.

- Amanhã nos vemos na escola ta bem?

- Tá. - dou um sorriso fraco e ele me beija.

Quando nos separamos ele em um vulto sumiu do quarto. Dei um sorriso e fui terminar de arrumar minha moxila.

- Você está gostando dele não é? - Victoria aparece com um copo transparente na mão com um liquido vermelho.

- Sim. - sorrio.

- É... Ele parece ser mesmo um bom rapaz. Seu pai deveria apoiar vocês dois.

- Ta pra nascer esse dia.

- É... - sorriu e tomou um gole da sua bebida. Sangue. - Esses animais daqui são mais saborosos em. - ergueu o copo até a altura dos olhos, observou fixamente e logo depois deu um sorriso satisfatório.

Já estava quase escurecendo e resolvemos pegar a estrada. Coloquei as coisas na parte de trás do carro e demos partida para o longo percurso.

No caminho todo fui pensando sobre esse final de semana, os melhores momentos que tive com Griffin e sobre os meus pais. Como eu iria olhar para eles, e o que eu iria falar. Mas de uma coisa eu sabia, é de que eu estava disposta a ouvir tudo o que eles tem a dizer, e quero perdoa-los.

Chegamos em casa já era noite. Desci do carro em frente de casa e esperei minha tia estacionar o carro. Ela me olhou e eu assenti, agora era hora. Caminhamos até a porta, e quando abri meus pais estavam me olhando.

- Oi. - digo sem graça.

- Eliza me desculpe. - minha mãe me abraçou fortemente me tirando todo o ar.

- Vou deixar vocês a sós para conversarem.  - tia Victoria diz e vai em direção a porta, mas meu pai a segura pelo braço.

- Obrigada.

- Sempre que precisar estarei aqui.

Ele assentiu e fomos para a sala. Os dois sentaram em um sofá e eu na poltrona.

- Antes de tudo eu também quero pedir desculpas. É que eu fiquei brava, chateada e principalmente decepcionada com vocês.  Eu só queria que vocês tivessem me contado. Eu já sou grande o suficiente para tomar minhas decisões, essa é minha vida e eu a aceito como for. Não tentem me poupar de nada, apenas me contem, eu faço parte dessa família.

- Eliott e eu conversamos e concluímos que você está certa. Nós deveríamos ter te contado, nos perdoe. Eu sei que você já pode tomar suas decisões, mas nem todas viu? Você é muito jovem ainda, e o que vou fazer o que precisar para cuidar de você.

- Okay. - dou um sorriso.

Eles se levantaram e me deram um abraço.

Por dentro eu estava feliz, contente comigo mesma. É chato conviver com esse clima chato dentro de casa, é sempre bom viver em paz. Mas infelizmente não tenho tanta paz, precisa resolver o problema enquanto a Griffin. Não sei se é possível manter um relacionamento escondido, proibido. Só que tudo melhore.

Depois de um tempo conversando subi para o meu quarto e fui tomar um banho. Quando terminei, coloquei meu pijama e deitei na cama. Scarlett e eu conversamos um pouco, sobre meu fim de semana, trabalhos de escola e na Rebecca, eu quis tocar no assunto e ela me contou que estava saindo com ela, que as duas estavam bastante próximas e dei uma atentada. Ela ficou brava e eu morria de rir.

Já eram 23h00 quando finalmente desliguei o celular. Como eu já estava com sono, resolvi não resistir e fui dormir, pois teria aula amanhã cedo.

(Não revisado)

A Nova VampiraWhere stories live. Discover now