CORAGEM DE PÔR UM FIM

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Espero ansiosa pelo Thor e quando ele entra pela porta estou na varanda e o olho, vamos um ao encontro do outro e nos atracamos. Thor me aperta com força, chupa meus lábios, me joga no sofá e arranca suas roupas e depois as minhas, beijando minha boca desesperadamente, ele me penetra de uma só vez e me completa com fortíssimas investidas, me pega encaixada a ele e me coloca no tapete e continua com sua possessividade. Foge do meu olhar, mas exijo que me olhe, ele mergulha seu olhar no meu e colocando minhas pernas sobre seus ombros me penetra mais fundo e goza em mim gritando meu nome, relaxa e deita ao meu lado.

– Desculpa por não ter esperado você gozar.

– A noite é longa.

Ele sorri e toca meu rosto.

– Eu não queria este filho.

– Eu sei disso.

– Eu queria um filho meu crescendo em seu útero – Thor toca minha barriga e sinto calafrios só de pensar nisso.

– E eu quero você, apenas você! – Beijo sua boca e logo ele me leva para o banheiro e me lava, depois se senta no chão e me deixa em pé para chupar o meio das pernas e me faz gozar em sua boca.

Thor se levanta depois de ouvir meus gemidos misturados com o seu nome e me penetra por trás me pressionado na parede e beijando meu pescoço, me leva para a cama e me quer de quatro para ver minha gotinha, não sabe se quer fazer com força ou com calma e assim ficamos a noite toda nos amando, nos completando, e descarregando seus problemas que agora também são meus.

Thor me deixa no escritório e vai para casa, ele não trabalha neste dia e nem liga. Alê me convida para almoçar em sua casa no sábado e eu aceito. Sou recebida pelo Sr. Tom Mitchell que sorri e me trata superbem, me apresenta a esposa – uma mulher de uns quarenta e poucos anos, loira de olhos azuis, linda e com uma voz doce que também sorri. Seu nome é Stella, ela me leva para o quarto da filha, Alê me abraça e fica feliz com a minha chegada, me mostra fotos em seu computador dos amigos que tinha na cidade que morava. Conto a ela que será titia e ela fica triste ao saber que não será eu a mãe. Almoçamos conversando, Sr. Tom e Stella me tratam com muito carinho e só vou embora no final da tarde, depois de prometer que irei voltar mais vezes. Agora poderei dizer com certeza que Sr. Tom Mitchell fez muito bem, mas muito bem mesmo, em trocar a jararaca por esta flor do campo. Que doce de mulher, a Alê deve ter sido a criança mais amada deste mundo.

Thor não liga e fico angustiada com o seu sumiço, ligo, mas ele não atende. Ligo para Erik e ele me diz que o irmão está trancado no quarto com uma garrafa de vodka e Ashley e a Lisa estão na sala preparando freneticamente o casamento. Deito-me na cama e choro, sei que ele não terá coragem de pôr um fim nisso. Thor irá se casar e nunca mais terei seus beijos.

Durante a semana ele me evita, no sábado me liga e diz:

– Angel, eu pensei em ir aí para conversarmos, mas realmente sou muito covarde e não conseguiria lhe dizer que... – ele respira com dificuldade e fica em silêncio. Meu coração dispara e minhas orelhas queimam.

– Que irá se casar – digo com raiva e meu corpo todo treme quando ele responde:

– Sim.

Ficamos em silêncio e as lágrimas descem até minha boca.

– Que pena, pensei que fosse você que me daria o que mereço.

– Desculpe por não alcançar suas expectativas.

Com a língua apanho uma de minhas lágrimas antes de dizer:

– Não vou nem perder o meu tempo lhe desejando felicidades, pois sei que você terá qualquer coisa nesta vida de menos felicidade. – Irritada desligo o telefone e afundo a cara no travesseiro, grito de tanta raiva e choro de tristeza e decepção. Fico perambulando pelo apartamento durante toda noite e só consigo dormir pela manhã.

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