Parando para pensar.

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Capítulo 30

- Sofia, estamos indo dar uma volta. Não vou levar ele pra a guerra no Iraque. - Rafael arqueia uma sobrancelha e eu reviro os olhos.

- Eu sei, ok? - suspiro e solto Henrique pra ele ir no colo de Rafael - Até depois meu amor. - Henrique sorri e acena com a mão.

- Tautau. - diz sorrindo.

- Logo voltamos. - Rafael pisca e sai levando Henrique que continua acenando pra mim até entrar no carro. Suspiro e fecho a porta quando os perco de vista.

- Cara, você é muito trouxa. - Felipe ri e eu mostro o dedo do meio.

- Vá a merda. - mostro a língua indo em direção do meu quarto.

- Ei, venha cá. - Felipe sorri batendo no sofá a seu lado, arqueio uma sobrancelha - Precisamos conversar. - solto uma risada e me aproximo dele.

- O que eu fiz de errado papai? - indago sentando ao seu lado - Ou quer falar sobre a noite do meu aniversário porque...

- Não, isso foi a 3 dias e você sabe o que está fazendo. - Felipe dá de ombro e eu sorrio de lado - Quero falar contigo algo mais sério... - faz um suspense.

- Fala de uma vez Felipe. - reviro os olhos - Tenho certeza que nem é tão sério assim e você tá fazendo um suspense desnecessário.

- Estou mesmo. - ele ri - Ok, seguinte, precisamos conversar sobre o que você vai fazer da sua vida. - franzo a testa.

- O que eu vou fazer da minha vida? - repito sem entender.

- Sof, você precisa se resolver. Terminar sua faculdade e decidir em que estado vai morar - ele sorri - Rio, São Paulo ou Rio Grande do Sul. - completa com um sorriso sugestivo.

- Primeiro, vá a merda. - reviro os olhos - Segundo, eu não sei o que fazer agora que Rafael sabe sobre Henrique, - suspiro - eu nem falei com a mãe sobre isso...

- Sof, você não é mais criança. Precisa resolver seus assuntos sozinha. - Felipe arqueia uma sobrancelha.

- Eu sei, ok? - suspiro - Mas o que sugere? No Rio eu tenho nossos pais pra me ajudar com Henrique. Posso terminar minha faculdade lá agora que ele já tem quase 2 anos e mesmo que eu voltasse pra São Paulo, Rafael ainda não mora aqui, outro impasse...

- Você sabe que pra ele vir morar aqui é dois toques, fora que esse assunto já está resolvido. - Felipe dá de ombros - Aqui você tem a mim e todos nossos amigos, não complique Sof.... - ele sorri - O impasse está na sua cabeça.

Suspiro me encostando no sofá.

- Eu sei, mas não posso viver a suas custas Fe... – passo a mão no rosto – E não é por mim é pelo Henrique. – Felipe arqueia uma sobrancelha – Preciso dar um rumo pra minha vida sozinha, sem depender de você ou do Rafael...

- Sofia, agora é tarde pra você tenta dar um rumo pra sua vida sem contar com o Rafael, e como você disse, é pelo Henrique e não por você. – ele suspira – Rafael vem pra São Paulo e nada mais justo que você venha também. Ambos se "sacrificam" por ele.

- Eu não tenho escolha, não é?

- Não mais.

Suspiro e encaro o nada a minha frente.

- Tudo bem. Está resolvido, vou voltar pra São Paulo e impedir que uma guerra judicial aconteça entre eu e seu amigo. – sorri irônica pra Felipe que ri negando com a cabeça.

- Sabe que é o melhor a ser feito.

- Sei que é o único jeito de preservamos a paz que este quase relacionamento está tendo. – dou de ombros.

- Cara, você é muito trouxa... – arqueio uma sobrancelha olhando pra ele que ri da minha cara – Estou falando sério, ele te tem na palma das mãos.

- Vá a merda Felipe. – levanto do sofá seguindo o caminho do meu quarto sem olhar pra trás.

- Nada contra Sofael, mas sinceramente? – paro de andar e me viro em sua direção dando atenção no que ele pretendia falar – Vocês estão agindo como dois adolescente e eu tenho dó da Sasá...

Cruzo os braços e torço o lábio encarando o sorriso contido de Felipe ao me olhar.

- Sinceramente? – bufo – Você não tem nada a ver com ela, nada. – franzo a testa – Não fique ao lado dela. Reconheço meu erro e sei que deveria ser mais empática e mais respeitosa e blábláblá, mas eu não vou deixar de viver por ela, deveria, sei que sim. Assim como sei que não devo esperar nada de alguém que trai a namorada. – suspiro – Mas o que posso fazer?

- Quer uma resposta?

- Não. – torço o nariz – Deixa eu viver que eu me resolvo com minha consciência.

- Tudo bem. – Felipe levanta as mãos em sinal de desistência – Vocês não são mais crianças, não vou interferir em nada.

- Vou pro meu quarto, qualquer coisa... – aceno com a mão e dou as costas pra Felipe terminando aquele assunto.

Fico o resto da minha tarde pensando no que eu estava fazendo da minha vida. Acho que se existisse um eu num mundo paralelo, esse eu estaria com vontade de me dar um soco bem no meio da cara. Fala sério, estou contradizendo tudo o que eu acredito e se parar pra pensar, que credibilidade alguém que faz o que eu estou fazendo tem? Agora, até onde um relacionamento que está se refazendo todo errado pode ir? E se fosse comigo, como me sentiria? Céus, sou uma pessoa horrível.

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Seguinte, alguém me mandou algo como: "Jheniffer, você demora muito pra postar e não dá explicação do porquê. Assim fica difícil de compreender suas desculpas depois." (Não ofendeu nem nada, mas acho que devo uma resposta)

Gente, vocês precisam entender que escrever fic é por simples prazer, não ganhamos nada mais do que a satisfação de saber que alguém gosta do que você faz. Entendo completamente vocês, também acompanho fics que dá vontade de ir até a casa da autora e lhe dar uma de esquerda... Mas assim, não vivemos disso e é impossível estar sempre disposto a escrever. O bloqueio criativo é uma bosta, algo horrível e eu realmente me sinto mal quando percebo que estou a quase meses sem postar... 

Esse mês foi corrido, tenho estágios obrigatórios de manhã, trabalho a tarde e escola a noite, realmente não tenho disposição pra att toda semana, ME DESCULPEM <3 estou sobrecarregada de trabalhos e nem no whats fico, quem me tem lá sabe... 

Tentem compreender minhas desculpas porque elas realmente são sinceras <3

E BEIJOS, QUEIJOS AND SEE YA GUYS <3




Maldita Aposta! - Book 2 ➼ CellbitOnde histórias criam vida. Descubra agora