Capítulo 39

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Pov Beatriz

Eu e Luke sentamos na grama, longe de todo mundo e ele me abraçou. Luke tirou sua carteira de cigarros e o seu isqueiro de dentro do bolso da calça. Colocou o cigarro na boca e acendeu o mesmo.

Eu: Porque não deixa de fumar?

Luke: Não consigo. É um vício que tenho desde os 15 anos. Quer experimentar?

Eu: Que? Nunca vou experimentar isso.

Luke: Quando quiser, é só me pedir. - me aproximei do rosto dele e selei nossos lábios. Nos separamos com selinhos. Olhei para a frente e vi aquele garoto que tá sempre olhando para o Luke, me olhando. Olhei para Luke e o mesmo tava mexendo no celular. Voltei a olhar para o garoto e dei um sorriso falso, e o mesmo me mandou um beijo no ar, sorriu e foi embora - Ele não fez aquilo. - olhou para o garoto que ia embora.

Eu: Não vai começar com os seus ciúmes doentios.

Luke: Quais ciúmes doentios? Mas ele pensa que pode mandar beijos no ar para a garota que quiser?

Eu: Eu nem liguei.

Luke: Não quero saber. Não quero você olhando para ele. - me deu um selinho - Você só pode olhar para mim. - me deu outro selinho - Só pode olhar para o seu gostoso. - me deu outro selinho.

Eu: Qual gostoso? Não o conheço.

Luke: Não conhece? Então deixa eu tirar nossas roupas e te foder agora. - ele ia tirar sua blusa, mas eu o paro.

Eu: Aqui não.

Luke: Aqui não? Hmm... Tá querendo falar que...

Eu: Nããão. Não pensa nisso, porque eu não posso. - o interrompi.

Luke: Não pode? Então tá querendo falar que queria?

Eu: Já não vou falar mais nada. Se falo algo, você começa logo a pensar nessas coisas. Você tem é a mente poluída. - lhe dei um selinho.

Luke: Mas você adora minha mente poluída. - me deu um selinho demorado. O sinal tocou, nos levantamos, fomos na sala e sentamos nos lugares de sempre. A professora entra e começa sua aula.

Professora: Bom dia, abram os vossos livros na página 164. - porra, esqueci meu livro.

Eu: Esqueci meu livro. Posso ir para junto do Luke?

Professora: Pode. - coloquei minha mesa, junto à do Luke. Coloquei minhas pernas em cima das pernas de Luke - A menina Beatriz sabe que não tá no café, para tar sentada como quer.

Eu: Sei sim, pode continuar a aula.

Professora: Nem sei porque perco tempo lhe avisando o mesmo.

Eu: Tenho fome. - sussurrei.

Luke: Logo à noite. - sussurrou, sorriu e passou sua mão pelo seu tanquinho.

Eu: Não. - sussurrei e sorri. Coloquei minha bolsa em cima da mesa e peguei o pacote de salgadinho que já tava aberto e comecei a comer - Quer?

Luke: Não, obrigado. Eu quero outra coisa... - sorriu de lado.

Eu: Isso não.

Xxx: Me dá um pouco. - se virou para trás.

Eu: Vai comprar.

Xxx: Professora, pode comer na aula? - fechei a bolsa.

Professora: Claro que não. Vocês fazem cada pergunta...

Xxx: Então porque a Bea tá comendo salgadinho?

Eu: Eu não tou comendo nada, cala a boca.

Professora: Beatriz, coloque a bolsa no chão. Ela não vai morrer se estiver no chão.

Eu: Vai sim. - coloquei a bolsa no chão. A professora voltou a escrever na lousa. Dei um soco no braço do garoto - Nunca mais faça isso, otário de merda.

Xxx: Aii, doeu.

Eu: Era essa a intenção. - o sinal tocou, arrumei minhas coisas e saí da sala. De repente, aquele garoto que tá sempre encarando o Luke, esbarra e mim de propósito. E foi embora sem pedir desculpa - Não sabe pedir desculpa? - ele olhou para mim, piscou o olho e continuou o seu caminho.

Luke: Falei para não olhar para ele.

Eu: Eu olho para quem eu quiser, só por seu meu namorado não quer dizer que possa mandar em mim.

Pai: Finalmente nos encontramos.

Eu: Que tá fazendo aqui, pai!?

Pai: Como nunca o encontrava de manhã, decidi vir no intervalo. E ainda bem que te encontro. Preciso ter uma conversa muito séria com você.

Luke: Eu até ficava aqui, mas sabe... Tenho uma coisas para fazer e... - saiu correndo e meu pai foi atrás dele. Decidi ir atrás deles e os encontrei andando à volta de uma mesa, no buffet.

Pai: Você vai falar comigo, nem que tenha que te cortar aos bocados. Isto não fica assim, você não podia fazer aquilo à minha filha.

Luke: Eu não fiz nada de mal. Todo mundo faz.

Pai: Minha filha não é todo mundo.

Luke: Eu não a obriguei a nada.

Pai: Não quero saber se você obrigou ou não.

Diretor: O que tá acontecendo aqui?

Pai: Esse marginal tá querendo fugir do sermão que lhe vou dar.

Diretor: O senhor quem é?

Pai: Sou o pai da Beatriz e do Vitor Hunter.

Diretor: Só por ser pai desses alunos, não lhe dá o direito de entrar nesta escola e dar sermão ao aluno que quiser.

Pai: O senhor não sabe o que ele fez à minha filha.

Diretor: Seja o que for, não deve ser nada de grave. Por favor se retire e resolva esses problemas lá fora. Aqui dentro não.

Pai: Eu vou, mas você não escapa da nossa conversa. - foi embora.

Luke: Porra, seu pai tá mesmo furioso.

Eu: Eu sei, me desculpa por isto. A culpa é minha, eu não devia ter falado tudo para o meu pai, eu não devia ter o frasco naquela caixa, eu não devia ter ido no ginecologista... Enfim... Eu não devia ter ido para a cama com você.

Luke: O que? Se arrependeu de ir para a cama comigo? Nenhuma garota se arrependeu de ter ido para a cama comigo e agora você fala isso? Pensei que não estivesse arrependida. Quer saber? Não fala mais comigo. - foi embora. Pronto, fui falar e estraguei tudo. Melhor lhe dar um tempo para acalmar. Não tou afim de brigar com ele de novo e acabar com ele de novo. Fui no meu cacifo e encontrei um bilhete.

Bilhete On

Quando menos esperarem, estarão ardendo no inferno.

Xxx

Bilhete Off

O irmão da minha melhor amiga 2Where stories live. Discover now