As meninas brincaram até o anoitecer de mais um sábado...
Quando se aproximava o horário da despedida, Túlia chegou de um jantar com o marido. Vendo ela que Hanna estava de saída, a cumprimentou com grande sorriso e fez interrogativas sobre o presente.
– Então, Hanna. Recebeu meu presente?
– Ah, sim senhora. Eu gostei muito mesmo, tem até uma pontinha amarela, um sol pequeno que dá um brilho especial ao resto da capa.
– Um sol? Ué, não me lembro de ter ilustrações na capa... Na verdade ele tem uma única cor, acredito ser a sua preferida, que o cobre por inteiro.
– Não, dona Túlia, ele é bem ilustrado, cheio de cores que lhe dão um ar mais alegrinho.
– Está com ele aí?
– Sim, estou. Eu o guardei em minha mochila.
– Deixe-me vê-lo mais uma vez, sim?!
Hanna abriu a mochila para retirar o caderno enquanto Jéssica saía de fininho para não ser repreendida pela mãe na frente da amiga. Ela sabia que a mãe iria lhe questionar sobre o caderno. Observando o objeto presente nas mãos de Hanna, Túlia soube exatamente o que a filha havia feito. Perguntou à Hanna a pergunta que não queria calar, embora ela já soubesse a resposta.
– Foi esse o caderno que Jéssica lhe entregou?
– Sim, foi esse, eu até disse que tenho um igualzinho... mas não é problema, quem não gosta de receber presentes? Eu a agradeço muito.
– Escute, querida, tem compromisso amanhã?
CONTINUA...
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CADERNO AMARELO - CONTO
लघु कहानीO desejo por um objeto pode conter as tristezas de um coração ainda pueril. Certas coisas podem ajudar na fantasia de que tudo é mais belo e tranquilo, pode trazer o imaginário como um amigo presente, mas, ao final, a realidade sempre dá a última pa...