☭ Capítulo único

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17 de abril de 1918,

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17 de abril de 1918,

Ecaterimburgo

A cada tic-tac que o relógio de parede fazia, o tipico som que me deixava extremamente irritada, eu percebia que estávamos sofrendo uma enorme injustiça. Era bizarro saber que antes tínhamos tudo e agora, nada. Antes morávamos em São Petersburgo, éramos livres e felizes, agora estávamos trancafiados em Ecaterimburgo. 

Meus familiares olhavam com paciência e altivez Yakov Yurovsky entrar na sala, estavam calmos ainda que estivessem desconfiados do que estava por vir. Os guardas ordenaram que Olga e Tatiana acordassem todos pois Yakov traria fotógrafos para o palácio, provaria nossa sobrevivência aos parentes que moravam distante, mas a questão é: havia bem mais do que simples fotos por trás dos planos do bolchevique.

Admirei todos à minha volta, pessoas que a tão pouco tempo tinham sido tão especiais não só para mim como para toda a Rússia. Se algo lhes acontecesse, acho que sentiria a falta deles para sempre. Observei as trocas de olhares apreensivas de Papai e Mamãe, a serenidade de Alexei que ficava o tempo todo de cabeça baixa e o semblante confuso de minhas irmãs mais velhas.

Eu os amava. Amava muito. E ainda que de vez em quando eu agisse mal e os deixasse envergonhados por todos os meus gracejos, eu queria dizer que estava tudo bem, mas não estava. Boas recordações encheram minha cabeça e me lembrei de quando eu e Alexei descemos a escada sentados no corrimão e ele caiu, machucando a perna e ficando uns 2 meses sem conseguir andar ou de quando fizemos uma guerra de bolas de neve e sem querer acertei o rosto de Tatiana com uma pedrinha, talvez eu fosse mesmo muito louca.

"É muito bom revê-lo, Nicolau. Poderia dar um passo à frente?" Os olhos verdes de Yakov brilhavam em maldade pura e um sorriso de escárnio se formava nos lábios do mesmo enquanto papai fazia oque lhe foi dito. "Seus parentes no estrangeiro tem atacado a Rússia soviética e espalhado boatos de que o Czar e o restante dos Romanov tinham sido liquidados, isso não é verdade porque eu os vejo bem vivos, aqui na minha frente."

O clima da sala foi ficando mais pesado a cada tic-tac do o relógio de parede ou a cada falácia proferida pelo bolchevique. Quem ele era de verdade e oque estava querendo dizer com todas aquelas palavras? Ele e os outros bolcheviques tinham estragado a nossa vida, por que simplesmente não nos deixavam em paz já que o estrago estava feito? Há muitas coisas que eu nunca entendi e nunca serei capaz de compreender,mas de todos os mistérios desse mundo eu só queria saber o porquê de todo esse ódio de Lenin e o seu bando.

"Talvez eu possa provar para esses infelizes que não estão totalmente errados quanto a isso. Em vista disso, o soviete da região dos Urais, com a total permissão de Vladimir Lênin, decidiu executá-lo."

Mamãe e Olga se benzeram diante daquele relato.

Para ser franca, eu estava tudo, menos calma. Muitas coisas duras e terríveis teriam sido evitadas se do nada ele começasse a rir e dissesse que era brincadeira, mas infelizmente ele não negou oque disse, e honestamente, um homem ranzinza como ele nunca faria brincadeiras desse tipo.

Teses de abrilTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon