Prólogo

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- Como você pôde ser tão irresponsável? - gritou sua mãe.
- Aconteceu mãe! E não me arrependo. - disse ela, começando a se irritar.
Sua mãe a tinha ganhado com a mesma idade dela, não achava muito justo estar cobrando isso dela.
- Como pode dizer isso Isabella? Você ainda vai acabar o colegial!
- Em dois meses! Demorei mais que a senhora.
Sua mãe a encarou em choque e ela lamentou o que disse, mas agora não tinha volta. Apesar de achar que Renee precisava de um pouco de realidade.
- Eu não quero que cometa os mesmos erros que eu. - disse sua mãe, pensativa, mas Isabella já tinha uma ideia do que viria a seguir.
- Eu não vou. Me desculpe por isso mãe, mas não sou você.
- Não, você não é. Não quero você aqui com essa criança.
Isabella sequer piscou, já sabia que isso aconteceria. Nunca esperou muito de sua mãe. Isso era apenas a saída daquela casa. Esperava que depois dali tudo se encaixasse e encontrasse um rumo.
- Tudo bem. Posso ao menos arrumar minhas coisas? - disse Isabella, segurando o sorriso ao ver a surpresa no olhar de sua mãe.
- Claro.
Isabella virou as costas e seguiu para o quarto. Sabia que sua mãe deveria ter o direito de ao menos saber o nome do pai do seu bebê, mas não poderia, não depois do que aconteceu com ele. Tinha prometido para sua mãe que nunca usaria seus poderes e se contasse, ela descobriria que não cumpriu sua promessa.
Não poderia evitar. Ela era uma bruxa e nunca negaria isso. Por sorte, aprendeu muito com sua avó antes dela morrer e agora seguiria aprendendo e quem sabe ser mais forte do que sua avó já tinha sido um dia. Essa era uma promessa que iria cumprir.
Isabella não evitou colocar as mãos em sua pequena barriga de quatro meses, sentindo suas lágrimas chegando. Mais uma mentira, que sua mãe não precisava saber. Havia dito que tinha descoberto a pouco tempo, mas soube desde os dois meses, junto com aquele que seria o pai, se não tivesse morrido.
Isabella sabia que ele não deveria ter saído, havia aquele pressentimento dentro dela, mas não conseguiu impedi-lo. E essa culpa carregaria sempre com ela.
Mas tentaria evitar que qualquer coisa acontecesse com seu bebê, mesmo sabendo que, apenas por ser seu filho, já corria riscos. Seria como ela.
Já estavam destinados a estar nesse mundo sobrenatural e nem tudo que vinha dele era bom.
- Eu vou proteger você. Eu prometo, minha pequena Sophia. - sussurrou Isabella sorrindo, antes de finalmente terminar de arrumar suas coisas.
Tinha um longo caminho pela frente. Não podia mais perder tempo.

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