Capítulo 12

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Em qualquer outra situação entrar em Azkaban seria um ato temerário, louco, inconseqüente. Sair de lá, impossível.

A diferença estava no Mapa do Maroto. Passaporte de ida e volta em teórica segurança. Agora seria o momento de por em prática.

Harry e Draco desembarcaram e embrenharam-se no meio da floresta. Não era grande. Foi uma caminhada curta e sem interferência, direto até o sopé da montanha.

– O mapa mudou.

Potter voltou-se e mirou o pergaminho nas mãos de Draco. Agora os desenhos mostravam uma espécie rústica de labirinto, e dezenas de pequenos cubículos distribuídos em pontos estratégicos. As celas.

– Armadilhas.

O capitão tocou a palavra que flutuava em todas as rotas marcadas no mapa. Pra cada pequena cela existia duas ou três, às vezes quatro "armadilhas" flutuando próximas.

– Maravilha – Malfoy ironizou.

Harry ergueu a cabeça e respirou fundo. Contava com algo assim.

– Veja – apontou a montanha que se erguia majestosa e sombria – Podemos aparatar ali.

– E se tiver feitiços anti-aparatação?

– Seriam indicados no mapa. Eu acho.

Draco acenou. Aprendera a aparatar com a ajuda de Granger. Já não dependia de Harry pra isso. A um sinal do moreno os dois desaparataram do meio da floresta.

A montanha totalmente rochosa não se abalou quando os intrusos surgiram em sua base. Os piratas olharam de um lado para o outro. A noite clara não oferecia abrigo seguro caso algum guarda surgisse. Não surgiu.

– Vamos. E tenha cuidado.

Draco obedeceu. Contornaram pisando sobre pedras, algumas soltas que escapavam e rolavam até cair na floresta abaixo deles.

– Tem uma entrada a uns vinte metros.

A voz um tanto surpresa de Malfoy indicou a marca que surgira do nada no Mapa do Maroto. Tal entrada não aparecia antes. Harry virou-se e analisou o papel.

– Então o lugar é cheio de surpresinhas.

– Talvez armadilhas?

– Quer voltar, Draco? Não é tarde demais.

O loiro corou de raiva.

– Se perguntar isso de novo, Potter, quem vai querer voltar é você.

– Desculpa. Eu vou na frente.

Só então o rapaz sacou a varinha. Caminhou os poucos passos que o separavam da entrada na temida prisão, com Malfoy vindo logo atrás.

O coração disparado denunciava a adrenalina despejada no sangue. Ansiava por aquilo, mas seria tolo se não assumisse o certo receio, por ele e por Malfoy. E pelo que encontraria lá dentro.

Um novo passo e a montanha estremeceu levemente. Uma rocha particularmente grande girou lenta e silenciosamente, expondo uma espécie de caverna que seguia para o interior escuro.

Harry e Draco olharam para aquela passagem. Uma espécie de boca prestes a engoli-los.

Sem mais hesitação os dois avançaram.

Uma nova lenda (Drarry)Where stories live. Discover now