CAPITULO 03 - O MILAGRE

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Após tudo isso, a NWU enfrentava anos de supremacia e controle, tirava cada vez mais de quem não tinha para segurar ainda mais para eles mesmos, o mundo vivia uma era em que pessoas fúteis gastavam dinheiro com coisas fúteis, e parte desses dinheiros destinava ao governo, que utilizava para manter a manipulação sobre as pessoas, o esquema perfeito.

E então numa nublada manhã de quinta, Marcia, uma bela moça loira em sua 39° semana de gestação, resolve dar uma volta em seu Chevrolet Albatroz, modelo que a pouco tempo tinha comprado, indo em direção a biblioteca municipal de Hertal, cidade pequena, há 400 km de Unija. Ao entrar em seu carro, percebe que suas calças começaram a se molhar, era sua bolsa estourando. Imediatamente liga para o sistema de atendimento e busca (APA), que informa que terá um carro disponível para levar ela ao hospital em 07 minutos e que não recomenda ela dirigir. Marcia abandona a ideia de sair com o carro, e prontamente pega a mala que já havia preparando dias antes para o nascimento de seu filho, antes mesmo de sair de casa liga para sua mãe Hellen para dar a notícia do nascimento de seu primeiro neto. Hellen informa que estava em um processo complexo do trabalho, mas que em menos de duas horas estaria na maternidade, dito isso a APA já buzinava na porta de sua casa.

Marcia entra no sofisticado centro móvel de pré-atendimento da APA, e é condicionada da melhor maneira para ser levada ao hospital por uma enfermeira. Já a caminho do hospital as contrações iniciam, quando Marcia percebe que esqueceu a malinha do pequeno hugo na porta de casa, "como queria que meu pai estivesse vivo" pensa Marcia, enquanto manda mensagem para a mãe pegar a mala em sua casa antes de ir para a maternidade.

- Vai ter alguém junto ao procedimento - pergunta a enfermeira com cara de cansaço após um longo dia de trabalho.

- De princípio não, minha mãe vai se atrasar um pouco por causa do trabalho, acho que chega em uma hora.

Marcia então pega seu celular e manda mais uma mensagem ao tal pai da criança, que assim como todas as outras, depois da única noite que passaram juntos, não responde. Triste pela falta de compaixão por parte dele, Marcia guarda o celular, e começa um leve choro, emocionada pelo nascimento do filho, e triste por ter sido com um canalha.

Ao chegar no hospital Marcia é levada para a sala de registros, que lê o chip no braço da Marcia e já prepara o chip para ser implantado no bebe que está por vir. Após a rápida leitura ela é levada para o centro obstétrico para início de seu parto.

Já apronta na mesa de parto, Marcia pede para lembrarem de liberar sua mãe caso ela apareça no local. Seus sinais vitais estão estáveis então o médico inicia o parto. É sentida um pouco de dor, mas menos do que ela espera, Marcia então sente um alivio de contrações, e então o choro deixando um sorriso descarado na cara Marcia, que fica feliz em Deus não ter a castigado por ter tido um filho fora de uma união estável, coisa comum nos dias atuais, mas por ser de família religiosa, a deixava com um pouco de receio.

Porém sua felicidade foi passageira, quando viu o jovem médico que fazia seu parto ficar alterado, e começar a suar frio. Ele saiu ao corredor e chamou uma enfermeira, essa enfermeira já de idade olha para o bebe e faz uma cara triste confirmando com a cabeça para o Médico, vai então em direção a mãe e diz:

- Infelizmente dona Marcia, seu filho é sucessor de uma doença que aparentemente estava extinta, será necessário designar seu filho para a sala de tratamento intensivo.

- O que quer dizer isso? - Diz Marcia já quase em prantos.

- Assim, o seu filho traz consigo a marca do demônio, marca que já havia sido extinta, tanto que o Samuel, seu médico, me chamou para realmente confirmar se era ela.

Decadências de um mundo real - nome provisórioWhere stories live. Discover now