CAPITULO 04 - A FUGA

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Saindo da cena do crime Mikael precisava deixar a pequena criança em sua casa, mas com seus locais rastreados e seu som monitorado tudo que ele fizesse seria suspeito para a corporação, dessa forma ele precisava pensar rápido. O soldado experiente, sabia muitas das artimanhas criadas pela NWU e sabia a falsa identidade da doença, muitas vezes sonhava com o momento que seria chamado para abater alguma fugitiva, ou quando encontrasse uma criança com a marca do demônio que tivesse sobrevivido. Quando encontrou teve de pensar rápido, e por mais triste que a jovem mãe fosse inocente, ele sabia que era necessário eliminar vestígios de qualquer um que soubesse o paradeiro do bebe.

Enquanto ia para a corporação, ele parou em um sinal, e viu a oportunidade exata. Como qualquer cidade grande da época muitos pedintes e vendedores vinham até os carros, com diversas caixas, para pedir dinheiro e vender coisas, o comandante abriu a janela e então e disse

- Não tenho troco, você troca para mim? Pode ser pelos salgadinhos?

- Estou vendendo a 3 dólares cada, e hoje sobrou somente mais esses, você quer todos? Lhe faço por 40 dólares. Disse o jovem magro e sujo, que estava vendendo salgadinhos que aparentavam ter valor de mercado de no máximo 50 centavos.

Mikael então dá uma nota de 50 dólares, exclamando:

Quero todos, e vou lhe dar mais, pois preciso me redimir de alguma forma dos pecados que cometi.

O vendedor sem excitar deixa Mikael pegar a caixa, e sai com os 50 dólares, o sinal abre e ele segue seu caminho a corporação. – Pronto, meio caminho já foi – pensa Mikael. Isso por que ele poderia mascarar o barulho da sacola com a criança como se fosse um salgadinho. E é o que ele faz, enquanto para nos cruzamentos aproveita para fazer barulho comendo salgadinhos, e coloca a criança na caixa, junto com dois dos sacos que a escondia, deixando somente a arma em outro. – Parece morta, tomara que seja somente a injeção – Pensa ele, enquanto fecha a caixa que felizmente possuía o buraco para transporte e ajeita a criança acomodando junto com os sacos que usou para o armazenar anteriormente, felizmente essa caixa já possuía um buraco ao lado. Nesse momento recebe a ligação da corporação.

- Boa tarde – Diz ele enquanto treme de medo da equipe estar com as suas câmeras ativadas sem sua permissão.

- Boa tarde Mikael, aqui quem fala é Cristian do controle de trafego e comunicação, percebi que você infringiu uma lei, Mikael fica pálido e nem consegue responder.

- Você está comendo em um veículo oficial.

O sangue volta a circular em seu corpo aliviado, era só o salgadinho, pensa ele.

- Cristian, desculpe-me pela infração, posso me livrar de tudo agora mesmo.

- Solicito que faça isso mesmo, favor habilitar sistema de câmeras também.

Ele então para o carro e leva a caixa para uma lixeira, próxima daí, colocando a caixa com a criança dentro.

- Desculpe senhor Cristian, mas necessitava fazer uma bondade para suprir a morte da moça.

- Tudo bem, entendo seu bom coração, por mais que sejas um soldado frio sempre é bom fazer o bem. Agora tranque a porta e pode seguir viajem.

E Mikael faz isso, segue para a corporação.


Decadências de um mundo real - nome provisórioWhere stories live. Discover now