Retorno

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''Você está sozinho,

Você está por sua conta,

E dai, você se perdeu?

Você esqueceu o que você tem e o que é teu?''



Nunca pensou que caminhar erá tão exaustivo. Stefan caminhou o quanto pode, aquele caminho o levaria ate lá, sabia que estava seguindo o certo. 

Prosseguiu mais um pouco. Estava quase lá, mas o vento o cortou e o frio o deixou arrepiado.  A rajada forte o fez parar. Observou a paisagem, havia muito tempo que não fazia aquilo. Poder relaxar e respirar. Uma bela imagem não era coisa que um homem como ele poderia desfrutar, vivia a prol do sucesso e mais que nunca estava feliz, mas seu coração dizia que não, uma dor amargurante de pesar sempre o assombrava, vinha e depois partia sem ao menos o explicar. Queria respostas e a unica forma erá ir procura-la. 

Uma neblina forte surgiu, tentou cobrir os olhos com o antebraço direito, mas logo a neblina foi se dissipando assim como o vento. Mais a frente havia uma árvore majestosa e dela caia lindas folhas que se misturavam em varias cores, tons quentes, entre o amarelo e vermelho. O chão parecia um rio de água laranja. Nunca tinha visto algo tão bonito, seu coração bateu forte e pode sentir que finalmente estava chegando em casa. 

...

Ele chegou — Savanna  gritou. De seu lugar na ampla sala de estar da mansão Drubinsky. Sentava ao lado de seu marido Gregorie com suas duas lindas filhas, que corriam pela sala. Sua mãe Raven logo se enrijeceu, tentou se ajeitar numa tentativa de se controlar, a saudade que sentia de seu filho a deixava agoniada, e sua linda poltrona de camurça sofria por sua aflição. 

Alex estacionou a linda Mercedes  enfrente as grandes portas de magno da frente da mansão. Seu coração palpitou forte, apertou o volante o quanto pode na tentativa de controlas seus sentimentos, mas a fútil tentativa não estava funcionando. Sugou uma enorme quantidade de ar para seus pulmões e os soltou assim que se sentiu sufocado, o ar quente que saiu de seus lábios se tornaram uma neblina por conta do frio que se apoderava na Montanha dos Cárpatos - Romenia.

Saltou do carro e caminhou até a entrada.  Assim que subiu os três lances de escadas as gigantescas portas negras se abriram, revelando sua casa. A saudade o consumiu e uma vontade de sair corrento por aqueles corredores até encontrar sua mãe na cozinha com seu biscoitos favoritos o deixou totalmente anestesiado. Entrou colocando um pé a frente do outro, suas mãos suavam, colocou-as no bolso de sua calça jeans ONeill Slim azul que acompanhavam sua blusa polo branca e sua jaqueta preta, assim como seus óculos igualmente pretos e seus Cartunos mostarda. Não conseguia se lembrar quanto tempo que fazia que não pisava naquelas madeiras que revestiam todo o primeiro andar da casa. Então apareceu na porta da sala de estar, e toda sua família estava lá, menos aquele que ele tanto almejava olhar nos olhos.  

...

Johs estava em grande frenesi na quela manhã. Seu rei o havia convocado e os dois juntos discutiam sobre o grande baile de Intrare - Era um baile desenvolvido para  que as damas que se tornavam fêmeas possa concretizar sua transformação e entrar no ciclo oficial dos Cárpatos. E que iriá acontecer na quela mesma noite. 

Johs vinha o preparando a mais tempo que todos. A guarda deveria ser perfeita, principalmente por ser um local onde se encontraria  jovens fêmeas que ainda não possuíam companheiros. Busca de todos os vampiros do mundo. Ele sabia que na quela noite alguma coisa iria acontecer e queria estar preparado. Seu corpo estava em combustão, não vinha tendo sonhos bons a um tempo, acordava quase todas as noites ensopado de suor e com dores por todo o corpo, parecia que havia se transformado mais do que seu limite estabelecia. E todas as manhãs fazia o mesmo ritmo e buscava consolo num bom banho gelado.  Seu gato não ficava muito contente e sempre o acordava com miados fortes ou ate mesmo mordidas. Nocter vinha sento um gatinho e tanto, o acordava nas horas certas e sempre era recebido com brindes no tapete na frente da casa que variavam de pequenos roedores ate pequenas aves de rapina. 

Olho seu relojo de pulso e viu que já estava na hora de ir para casa e se preparar. Daqui a algumas horas o baile iria começar e ele deveria estar em sua formação. Decidiu ir para casa e assim alimentar seu amiguinho. 

Johs ! 

Quando esta passando pela a entrada do enorme salão que se encontrava na ala sul da mansão Drubinsky, se virou:

— Majestade — Numa perfeita graça se curvou, exalando sua devoção a seu rei.

— Levante-se — Seu rei estava totalmente relaxado, de todo seu corpo se demonstrava sabedoria e força, ninguém se mantinha por tanto tempo na presença de Mikhail Drubinsky a menos aqueles de sua família principal exceto e claro por seu filho mais novo, Alex. 

— Informo que tudo já esta preparado conforme o ordenado de vossa graça. — Johs estava em sua forma de soldado, costas ereta e músculos firmes. 

— Sei que tudo está. Confio-o por isso o nomeie guarda da noite, não e mesmo.

— Claro Majestade. — Johs se sentia totalmente intimidado pela presença de Mikhail e isso de alguma forma o deixava desconfortável e o fazia se comportar como uma criança, isso o irritava muito. — O que deseja? para que tenha me chamado.

Seu rei ficou totalmente imóvel, seu olhar endureceu o deixando totalmente assustador. Johs ficou em ataque por instinto. E como se ele tivesse visto errado a postura de Mikhail mudou mais rápido como tinha surgido.

— Coloque mais guardas, precisaremos de mais monitores e seguranças.

— Senhor e impossível.

— Terá que ser possível, hoje é diferente e a segurança deverá ser primordial. 

— Sim senhor. — Mikhail partiu deixando um Johs atônico para trás, como ele iria providenciar mais guardas na quela hora, o baile iria começas daqui a algumas horas. Mas ele não iria decepcionar ninguém e iria deixar aquela festa totalmente a prova de qualquer intruso. 

—  Ninguém irá passar sem eu souber. Nenhum ser teria a coragem de passar por mim. — E assim saiu pelas portas que o conduzia a floresta de gigantescos pinheiros da montanha.   

...

Edmund estava totalmente apresentável em seu terno negro de baile. Estava a algumas horas sentado em seu escritório apreciando seu licor de preço inestimável. Sua bebida era sua unica companhia. A total solidão da mansão e ele estavam se tornando amigos, mas se acostumar com aquilo estava sendo difícil. Não tinha noticias de Kênia a algum tempo e a preocupação o estava o tornando um monstro. Vinha quebrando as coisas e os animais que rodeavam a mansão aviam sumido, com medo da fera que surgia nas noites de raiva e álcool que Edmund apreciava desde que Kênia tinha partido. Noites sem dormir e sem se alimentar o deixaram com uma aparecem desagradável, mas seus músculos e sua beleza nunca partiram, sempre presentes e fortes em seus traços masculino.  Sabia que estava se tornando um Homem horrível, e isso o deixava com mais raiva. Como pode deixar isso acontecer? Se perguntava todas as noites enquanto o álcool queimava o caminho até chegar a seu estomago.  

O grande relógio da mansão tocou, Edmund apenas olhou de lado para as duplas portas de madeira e engoliu todo o liquido de seu copo de uma unica vez. Se levanto empurrando a cadeira de couro até ela se chocar com a arca que ficava abaixo das gigantescas janelas que exibiam quase toda a propriedade de Edmund. 

— A hora de rever a família finalmente chegou Edmund — disse para si mesmo e partiu para a mansão Drubinsky, onde já havia começado uma grande festa. E que para ele seria uma total perda de tempo, mas precisava ir seu rei o Havia convocado e exigido sua presença e Edmund como um cárpato obedecera.


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