↪ Capítulo 22 ↩

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Louis Tomlinson

Ouve um silêncio durante os próximos trinta segundos, até eu bufar e começar a batucar meus dedos sem parar em cima da mesa.

— Estou consciente disso. — Respondi, e ele fez um gesto com a mão para que eu prosseguisse. — Mas me diga, porque, porque me trouxa para cá? Você disse que era para minha segurança mas acaba de confirmar que estou correndo perigo ao seu lado, então...Me responda.

— Você não vai acreditar em minhas palavras. — Disse, agora sem expressão alguma. — Eu sei disso.

— Tenta, eu mereço saber. E quem sabe assim a gente pode começar a ser menos irritante um com o outro. —  Sugeri.

— Não me interesso em mudar por ninguém. — Grunhiu, revirando os olhos. — Mas, eu posso te falar algumas coisas.

— Diz. — Meio que ordenei e ele estreitou seus olhos pra mim. — Por favor.

— Uhm, bom, eu te sequestrei por ordens de uma pessoa, que quer o seu bem a propósito, você não poderia ficar onde morava porque corria perigo. Há pessoas atrás de você Louis, que você não deve imaginar nem o porque, mas uma coisa eu lhe digo, nem todos que ficam ao seu redor são confiáveis, alguns escondem segredos obscuros.

— Mas...— Me interrompi, não sabia o que dizer, sei que ele não ia me dizer tudo especificamente de qualquer forma. —  Porque me disse que estou correndo perigo ao seu lado?

— Eles estão vindo para cá, descobriram onde estamos.

[...]

Impaciente, eu esperava Harry a falar ao telemóvel com Deus sabe quem. Os meus braços estavam cruzados, na tentativa falha de me manter aquecido.

— Caralho...Não... Resolva essa merda Malik...Não posso...Vou desligar, tchau. — Ouvi uma parte da conversa, antes de Harry desligar a ligação e se virar para mim, seus olhos indecifráveis como sempre.

— O que aconteceu ? — Perguntei me aproximando-se dele com passos  lentos, o encarando no fundo dos olhos.

— Nada que seja da sua conta. — Disse, antes de passar por mim quase esbarrando em meu ombro. E eu observei-o a entrar no carro, não perdi tempo e fiz o mesmo.

Me aconcheguei no banco e soltei um suspiro, antes de sentir o carro em movimentação, e comecei a prestar atenção no que se passava através da janela.

Bom, não tinha muito que se fazer.

— Aqui é muito bonito, não é mesmo ? — Ouvi sua voz rouca dizer, depois de longos minutos, e eu virei-me para o encarar vendo que o mesmo já me observava.

— Ahm, sim. — Murmurei, antes de dar-lhe as costas novamente mas ainda sim não deixei passar em branco a minha pergunta. — Porque não tenta ser legal comigo ? Você me sequestrou, e eu só tenho você agora, mesmo não confiando em tu ainda, eu não tenho mais ninguém.

Uma maldita lágrima escalpou dos meus olhos, e eu limpei rapidamente tendo a sorte por estar de costas para ele.

— Não posso Louis, isso não depende de sentimentos, e sim da sua segurança. — Disse, tão calmo que me fez pensar que ele pouco se importa para mim, só esta cumprindo ordens de uma pessoa qualquer. — Não posso me envolver, intendi ?

— Não, não intendo. Só sei que você não liga para meus sentimentos, por eu estar me sentindo sozinho no mundo agora porque você me tirou de perto das pessoas que eu gostava, e que realmente se importavam comigo, ao contrário de você!

Eu disse quase gritando, e ele apertou os olhos antes de dar um soco no volante.

— Cala a porra da sua boca! — Rosnou, e eu cruzei os braços, decidindo que era melhor não falar mais nada. — Você não sabe de nada, garoto!

Reprimi meus lábios para não começar uma guerra de insultos, e fechei os olhos.

Quarta; 06:55 AM

Eu estava sentado na ponta da cama, com meu olhar fixo nas paredes quando alguém gira a maçaneta, e a porta é aberta me aparecendo Harry, vestido com roupas de moletom e uma touca cobrindo seu cabelo cheio de cachos.

— Acordado tão cedo ? — Perguntou, me analisando de cima a baixo, antes de começar a caminhar em minha direção.

— Eu não consegui dormir. — Murmurei, sem lhe dirigir o olhar mas pude perceber a sua presença ao meu lado, em seguida o vi se agachando ao meu lado.

— Porque ? — Questionou, e eu dei de ombros. — Quando eu estiver conversando, me olhe.

Repreendeu-me, e eu olhei para ele. O mesmo uniu suas sombrancelhas, e analisou meu rosto por longos segundos.

— Seus olhos me irritam. — Eu disse, confessando. São muito observadores, inexpressivos e...bonitos.

— Esteve chorando. — Disse, mais como uma afirmação e quando eu ia negar ele me interrompe. — Não adianta mentir pra mim, eu ouvi.

Não disse nada, apenas olhei para qualquer coisa atrás de si e permaneci quieto, estático.

— Me diz o motivo Louis. — Pediu, e eu balancei a cabeça negativamente. — Porque não ?

— Pra quê Harry? Sendo que você não se importa. — Disse, fazendo uma careta no final em descontentamento.

— É bom desabafar. — Disse, sem desviar seu olhar de mim em nenhum momento.

— E você desabafa com as pessoas, Harry ? — Questionei, erguendo uma sombracelha.

— Não, não tenho ninguém para isso. — Disse, e eu olhei para seus olhos sem emoção.

— E sua família ? Seus pais ? — Perguntei, curioso. E ele estreitou seus olhos para mim, fazendo eu sacar que foi má idéia eu pergunta-lo sobre isso.

— Esteja pronto em vinte minutos. — Disse, se levantando do chão em seguida.

— Onde vamos ?

— Jackson, Misissipi.

Daddy Toy ⭐ StylinsonWhere stories live. Discover now