Susto

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-- Amy pensei que tinha esquecido de mim. -- A abracei depois de dois meses. Sim, dois meses que me casei e ela não tinha se dado o trabalho de vim me visitar.

-- Me desculpe, fui demasiado desnaturada. Mas me conte como é a vida de casada.

-- Melhor impossível. -- Eu disse enquanto nos sentávamos no sofá da varanda dos fundos.

-- Esta dando demasiado?

-- Você é tão conveniente Amy. -- Revirei os olhos.

-- Você não respondeu.

-- Todo dia.

Ela jogou uma almofada em mim.

-- Amy, eu queria te perguntar algo.

-- Claro... pergunte. -- Ela franziu a testa.

-- Eu tenho uma certa preocupação com você.

-- Por que?

-- Bem... você se sentiu como quando se transformou? Você tinha muito desejo por sangue?

-- Claro, mais eu não queria matar humanos.

-- Eu fico pensando se você tem algum problema sabe, eu nunca vi alguém como você. Você se conformou demasiado rápido com tudo isso.

-- Ham, Nessie tem algo que não te contei...

Arqueei as sobrancelhas.

-- Eu... Já acreditava em vampiros

-- O que?

-- Não dá forma que você é, olhos vermelhos, cartões de crédito, carros importados. Eu acreditava mais naqueles estilo drácula, e eu andava pesquisando mais sobre eles. Eu já mais suspeitei que você fosse um por um bom tempo, mas de uns tempos pra cá notei semelhanças com tudo o que lia, achei um livro sobre os frios e... eu queria ser uma.

-- Você queria?

-- Sim, e quando Félix apareceu em casa, bem, ele me seduziu e eu o beijei. Eu suspeitava que ele era assim que bati o olho e pedi para ele me morder.

-- Calma, que agora quem está em choque sou eu.

-- Eu fingi estar surpresa quando você me contou e eu não quis parecer tão na cara que eu já desconfiava. Me desculpe por não contar.

-- Eu não posso te condenar pois eu tinha segredos por suas costas também, mais eu nunca suspeitei da sua desconfiança.

-- É eu sou uma boa atriz.

Revirei os olhos outra vez.

-- Vão passar o natal com a gente?

-- Sim, já estou aqui né.

-- Tudo passou tão rápido, de uma forma tão esquisita. Eu tinha uma vida e agora eu tenho outra completamente diferente.

-- Sei bem o que é isso. A vida é demasiado louca.

-- Bota louca nisso. -- Eu disse jogando um amendoim na boca.

Amanhã seria nossa ceia de natal, ou quase ceia de natal. Vovô Charlie viria com Sue, Amy com Seth e até Amber passaria conosco. Por mais coisas estivessem um pouco bagunçadas, eu tinha as pessoas que mim amavam perto de mim.

Acordei bem agarrada a Jacob, seu corpo quente me deixava bem protegida da nevasca de dezembro. Fora as outras formas que ele usava para mim esquentar. Jacob não estava passando mais tempo suficiente comigo, fez questão de arrumar um emprego em uma oficina pois não queria ficar dependendo da minha família para nada. Ele dizia que queria comprar as coisas para mim com seu dinheiro e sempre admirei isso nele.

-- Precisa trabalhar mesmo hoje? -- disse triste.

-- Sim, mas até a hora do almoço. -- Ele disse vestindo a camisa e me dando um beijo. -- Logo estarei aqui.

Cochilei novamente e no meu sonho eu estava na clareira de sempre. Eu caminhava até encontrar um cesto e dentro do cesto havia um bebê mais doce que já vi em toda minha vida.

-- Que sonho estranho. -- Eu disse me sentando na cama.

Esme e Alice estavam na cozinha cuidando de tudo para a ceia de natal. Charlie e Sue já estavam para chegar em casa.

-- Experimente um Nessie. -- Alice deu em minha mão um doce que eu não fazia idéia do que era.

-- Tá muito bom. -- Respondi com a boca cheia.

-- Menina você está andando muito com Jacob. -- Ela riu com cara de nojo.

-- Nessie. -- Amy me chamou da escadaria. -- Vem me ajudar.

Fui ver o que ela queria e ao entrar no quarto de visitas me deparei com ela segurando dois vestidos.

-- Qual eu uso? -- Questionou.

-- Acho que... -- As palavras travaram e senti um refluxo na minha garganta, corri para o banheiro e pus tudo para fora.

-- Nessie você tá bem? -- Amy segurou meu cabelo para não suja-lo.

-- Sim, eu comi um doce.

-- Renesmee... Você sabe que isso pode significar né.

-- Não brinque com essas coisas, levei muito tempo para tirar isso da cabeça de Jacob, e outra eu tomo remédio.

-- Você está atrasada?

-- Não, ainda nem chegou o dia.

-- Eu volto logo.

Ela largou os vestidos em cima da cama e saiu. Passaram cinco minutos e nada, desisti e voltei para meu quarto arrumar minha cama.

-- Cadê minha vamp? -- Amber entrou de surpresa.

-- Até você tá com esse apelidinho que a Amy inventou?

-- Ah é engraçado. -- Ela gargalhou. -- Cadê a Amy?

-- Sei lá, ela sumiu à alguns minutos.

-- Sumiu? Como assim?

Quando eu ia falar do vomito que tive a meia hora atrás a porta se abriu novamente. Amy estava com uma caixinha em mãos.

-- O que é isso? -- Disse quando ela me entregou.

-- Vai no banheiro e faz.

-- Nessie você está... -- Amber quase gritou.

-- Não! Eu não estou foi apenas coincidência eu passar mal, vocês estão malucas, é impossível, e eu não estou com nenhum sintomas.

-- Banheiro, teste, agora. -- Amy disse pausadamente.

Bufei e segui sua ordem.

Elas estavam malucas, eu tomava meu remédio regulamente a alguns meses, fora que eu não poderia nem sonhar com isso, era cedo demais.

-- O que deu aí? -- Amy olhou curiosa.

-- Sei lá, não sei ver essas coisas não. Tem duas listrinhas vermelhas.

Ela gritou de entusiasmo e pegou da minha mão imediatamente.

-- Nessie isso é positivo!

Jake E Nessie (COMPLETO)Where stories live. Discover now