Noite

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– Por que nos salvou? – Perguntei

– Bem, eu desejo sobreviver, porém, com uma Blight chegando as chances são muito baixas, logo preciso de alguém que possa resolver esse problema.

Flemeth estava certa, os Grey Wardens são os únicos que podem matar o Archdemon e parar uma Blight, Logo não só ela, mas toda Ferelden precisava de nós.

– É claro que essa não será uma tarefa fácil – disse Flemeth – Por isso peço que leve minha filha Morrigan com você, tenho certeza de que ela será de muita ajuda.

– Bem, eu tenho certeza de que essa seria uma decisão minha não sua – disse Morrigan

– Ela é bem-vinda, a menos que ela não queira nos acompanhar.

– Vá fazer suas malas Morrigan! – Ordenou Flemeth

Em certa parte de minha viagem me deparei com um grupo de bandidos que havia parado uma caravana de mercadores, decidi então que seria melhor ajudar o mercador, uma vez que não há nenhuma patrulha nas estradas que não estejam próximas de uma cidade.

– Afastem-se do mercador! – Gritei enquanto me aproximava

– A passagem aqui é cobrada! E tem um preço muito mais alto para aqueles que não podem nos pagar em ouro! – Gritou o líder do grupo de ladrões – afaste-se ou você irá pagar por seu amigo.

– Arrancarei suas mãos antes que você deite um dedo sobre este anão – disse enquanto sacava minha espada

Avançamos em direção ao grupo de bandidos, arranquei a cabeça do líder na primeira espadada, e então prosseguimos para os outros bandidos.

O anão me agradeceu e me pagou com uma quantia em moedas, prosseguimos em nossa viagem.

Ao chegar a vila de Redcliffe nos encontramos com um fazendeiro que parecia estar desesperado

Por favor nos ajude! – Disse o rapaz desesperado – eles saem toda noite do castelo! Precisamos de ajuda! Talvez não estejamos mais aqui quando você voltar se não nos ajudar!

– Qual a situação? – Perguntei

– O Arl está doente e toda noite mortos saem do castelo e atacam a vila! Os números são cada vez maiores! Não sobreviveremos a esse ataque sem a sua ajuda, por favor senhor tenha piedade!

Prosseguimos vila a dentro até que nos encontramos com o chefe da guarda

– Um fazendeiro me contou algo sobre um ataque de mortos, isso é verdade?

– Por mais que soe estranho sim

– Qual a situação?

– Bem, a alguns meses o Arl foi envenenado e desde então não obtivemos mais notícias do castelo, os ataques começaram a três dias, mortos saem do castelo e nos atacam, os números são cada vez maiores e temo que não aguentaremos mais ataques.

– Diga-me como ajudar e eu o farei.

– Muitos sobreviventes estão aptos a lutar, porém, o ferreiro se trancou em sua casa e se recusa a nos ajudar, sem a ajuda daquele bêbado imbecil estamos todos mortos.

– Prosseguimos até a casa do ferreiro e batemos na porta

– Saia! Eu já lhe disse que não vou lutar! Já não tenho mais razão para viver.

– Eu sou um Grey Warden, vim aqui para ajuda-lo, por favor abra a porta.

– Não! Vocês não quiseram me ajudar! Eu não os ajudarei!

– Alistair, Derrube a porta.

Alistair derrubou a porta e nós entramos na casa – Podem me matar! Provavelmente já perdi tudo o que me importava! – Disse o ferreiro apontando uma adaga na minha direção

– Não estou aqui para te matar, prometo que irei te ajudar, mas você tem que voltar ao trabalho

– Oh, parece que alguém derramou um barril de cerveja nesse homem – Brincou Morrigan

– O chefe da guarda se negou a mandar homens para o castelo, minha filha ainda está lá dentro, de sua palavra, diga-me que salvara minha filha

– A sua filha será minha prioridade depois que sobrevivermos ao ataque, você tem minha palavra.

– Bom, voltarei ao trabalho imediatamente!

Retornei ao chefe da guarda e o avisei, ele me disse que alguns templários estavam na vila, decidi conversar com os templários.

Os templários estavam em um moinho que ficava próximo à entrada principal do castelo.

– O chefe da guarda me enviou, vocês já sabem da situação?

– Sim, ajudaremos na batalha de hoje à noite,

– Muito bem, posso lhes ajudar de alguma forma?

– Bem, na verdade sim, estaríamos muito mais motivados a lutar com a benção da mãe venerada, como uma garantia de que deus está ao nosso lado.

– Conversarei com ela a respeito – disse enquanto saia rumo a igreja

Haviam muitos sobreviventes acampados no lado de dentro da igreja, a grande maioria feridos dos ataques anteriores, avistei a mãe venerada e me aproximei – Vim conversar sobre a benção dos templários

– Bem, Sinto informar, mas isso não está a meu alcance, deus me ordena não o contrário, não posso oferecer tal benção uma vez que isso cabe somente a deus.

– Entendo, retornarei a eles com sua resposta.

– Você tem sido de muita ajuda filho, muito obrigado.

Retornei aos templários e os contei o que a mãe venerada disse – então hoje iremos encarar nosso destino, muito obrigado pela ajuda.

A noite caia, terminamos de montar as barricadas na porta da igreja, segui para o moinho, faria a primeira parte da defesa lá com os templários e então desceria para proteger a igreja.

A vila se cobriu de uma nevoa verde e podíamos ouvir os passos dos mortos caminhando em nossa direção, O cheiro de carne podre era quase insuportável – Preparem-se! Eles estão chegando! – Gritou um dos templários

– Que deus esteja do nosso lado esta noite – disse um templário enquanto empunhava sua espada

A primeira onda de mortos chegou a nos, empunhei minha espada e parti para o ataque

Os corpos em decomposição que nos cercavam soltavam grandes pedaços de carne a cada um de nossos ataques – essas coisas cheiram tão mal quanto lutam – disse o general templário

Um dos mortos me derrubou, mas ele teve a cabeça cortada por um dos templários – Nós cuidamos daqui! Desça e ajude o chefe da guarda!

Desci em direção a igreja, a situação era muito pior do que nós imaginávamos, mortos por toda a parte, nossos números eram muito menores, tínhamos que impedir os mortos de avançarem para as barricadas, o que estava se tornando uma tarefa cada vez mais difícil, uma vez que os mortos continuavam nos forçando a recuar e todos os guardas já estavam feridos, percebi que era hora de avançar e ganhar tempo para os guardas se recuperarem ou então a batalha estaria perdida.

Corri para longe das barricadas e uma horda de mortos me seguiu, nesse momento percebi que os mortos me cercavam, não havia chances de sair vivo dessa, eram mais de dez contra um, quando pensei que estava perdido uma explosão atingiu os mortos e todos ficaram atordoados, não esperei duas vezes e cortei-os no meio.

A origem da explosão foi um feitiço de atordoamento de Morrigan, a esse ponto os templários também se juntaram a batalha para defender as barricadas, em um golpe atravessei a barriga de um dos mortos com a espada e o ergui no ar. Era o último deles, a batalha havia terminado.

O Grey WardenWhere stories live. Discover now