Interesses. (6)

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- É a primeira vez que vem a cidade? -perguntou Victor.

- Sim... -respondeu Rodrigo.

- Se quiser posso te levar para conhecer ela melhor amanhã, o que acha?

- Eu vou adorar. -respondeu com um sorriso largo.

- Ótimo.

  Eles chegaram na casa, não era muito grande, mas perfeita para passar as férias na cidade, Cauã deu a chave para eles.

- Tem tudo o que vocês precisam lá dentro, o cachorro pode ficar no cercado atrás se quiserem, só precisam comprar comida, mas se precisarem de qualquer coisa, podem me chamar na minha casa.

- Muito obrigado Cauã. -disse Nando, enquanto Diogo levava as malas para dentro.

- Por nada, quando tiver tempo venha beber comigo e bater um bom papo de homem. -Nando não percebeu a malícia que havia naquele convite, mas Rodrigo sim e começou a rir.

- Será ótimo, até mais. -ele deu um aperto de mão em Cauã e entrou.

- Boa noite, nos vemos depois! -Rodrigo também entrou e fechou a porta.

- Você estava dando em cima daquele homem? -perguntou Victor andando de volta com Cauã.

- Nem reclama, eu vi você comendo o filho dele com os olhos!

- Mas o Rodrigo é claramente gay, o pai dele parece ser hétero.

- É desses que eu gosto!

  Afirmou com um sorriso malicioso, Victor riu, sabendo da ousadia do irmão quando queria muito algo. Na manhã seguinte, Rodrigo acordou bem cedo, estava no menor quarto da casa e suas coisas ficaram espelhadas pelo chão, já que não teve ânimo de arrumar tudo a noite, ele levantou, olhou pela janela e sorriu admirando a beleza do lago, seu celular começou a tocar, era Bruno ligando.

- Oi.

- Já chegou no inferno?

- Migo, não tem noção, o inferno virou paraíso! -disse animado e vendo Victor indo na direção de sua casa.

- Por que?!

- Encontrei um homem, lindo de morrer, que está me dando bola!

- Seu pai vai te matar doido!

- Ele está distraído achando que aqui só tem hétero, mas até o irmão do bonitão com certeza é gay.

- Arrasa, me chama que eu vou!

- Depois a gente conversa, o gato está batendo na porta!

- Vai contudo, vê se perde a virgindade nessa viajem!

  Rodrigo riu e desligou o telefone, após colocar uma roupa descente e escovar os dentes, desceu correndo, Nando e Diogo falavam com Victor, pareciam se dar muito bem.

- Até que enfim acordou, Victor veio nos convidar a mando do irmão dele, para tomar café da manhã no restaurante deles. -disse Diogo pegando a carteira e as chaves.

- Vamos logo, estou acabado de fome, fica muito longe? -perguntou Nando indo para a porta.

- Não, é bem aqui do lado, podem levar o Álcool se quiserem, como todo mundo aqui tem um cão, meu irmão fez um espaço para eles no restaurante. -respondeu Victor sorrindo para Rodrigo.

- Ótimo, então vamos logo!

  Eles seguiram o homem até o restaurante, que era bem bonito, com a faixada de madeira e alguns detalhes coloridos. Rodrigo decidiu parar de babar em Victor e atacar, já que seu pai e avô, estavam distraídos demais para perceber o quão interessado ele estava no moço, mas antes que pudesse dizer ou fazer algo, Victor tomou a vez.

- Você tem namorada, ou namorado? -perguntou com aquele olhar seguro e o sorriso de quem sabe a resposta.

- Não... -Rodrigo não sabia como agir, toda vez que queria flertar com alguém, haviam dois homens para lhe atrapalhar.

- Que bom.

- Por que?

- Assim não vou ter que disputar com ninguém, apesar de achar divertido lutar pelo que quero.

   O rapaz foi ao céu e voltou a terra, ficou completamente vermelho e quase parou no caminho, ter um cara tão maravilhoso dando em cima dele, era bom demais para ser verdade, precisava agir para não parecer um virgem, que nunca teve nenhum namoradinho.

- E acha que é fácil me ter? -ele se sentiu o máximo falando aquilo, Victor o olhou de cima a baixo e deu uma risadinha.

- Veremos.

  Todos entraram no restaurante, Cauã foi os receber, acompanhado de uma moça, de cabelo longo loiro, usando um vestido azul marinho e crachá do restaurante.

- Sejam bem vindos ao meu restaurante, podem se sentar, Bianca vai os atender, mas Nando, que tal vir comigo para negociar sua estadia em minha pousada? -perguntou olhando bem para o homem.

- Claro! -respondeu ainda não percebendo o interesse.

- Mas que bela dama! -disse Diogo tomando a frente, a olhando como um cão faminto e beijando a mão dela. - Eu sou Diogo, ao seu dispor.

Meu filho é gay!Where stories live. Discover now