Capitulo 3

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'A dor era enorme, meus ossos mesmo depois da transformação estão sensíveis, eu estou sensível. Parecia ter levado mil crucius juntos, e olha que eu já estava acostumado a levar crucius e isso não chegou nem perto da dor que senti na madrugada do meu aniversário de 17 anos.''

Draco acordou e se viu em sua cama. Alguém enquanto estava inconsciente, sentindo a transformação o machucar o havia carregado, ele imaginou ser obra de sua cabeça no momento, como se pudesse existir luz em meio a escuridão. Mas não era seu pai, seu velho pai o estava fitando naquele momento, foi ele quem cuidou de todas as formas possíveis do filho. Sofria junto, lágrimas escapavam de seus olhos a todo momento, sua mãe estava mal também, seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Mesmo se sentindo muito mal, Draco se movimentou pedindo para que a mãe se aproximasse dele. Narcisa se sentou ao lado do filho na cama ainda chorando, passou a mão pelo cabelo loiro branquíssimo de Draco, agora mais branco que nunca, analisou seu rosto, tudo, seu filho se já era perfeito tornou-se ainda mais lindo, angelical até. Fez carinho em seu filho, de forma tão calorosa que o fez chorar, Draco sabia que não era só ele chorando naquele momento, sentia o veela dentro de si se desmanchar com a cena que via, com os olhos de sua mãe demonstrando o quanto perturbada estava com aquilo, o veela senti o que os olhos dela queriam dizer, sentia a rejeição antes mesmo de saber quem era sua companheira e isso o destruiu de todas as formas.

Draco quase caiu numa inconsciência que para ele fora sobrenatural, seu veela antes mesmo de "despertar" já se sentia morrendo, para que não dormisse, pois sentia que se isso acontecesse não acordaria mais se levantou e se sentou na cama. Sua mãe notou o movimento brusco do filho, mas isso se dava pelo fato do veela ela sabia, ele já estava sentindo que seria difícil, até impossível. Estava na hora de contar, eles deviam isso ao filho.

- Draco, querido. Sabemos que você não se encontra num bom estado, mas precisamos conversar. – disse Lucius.

- Vocês querem me contar quem é minha companheira não é? – os pais assentiram ao que filho dissera. – Não precisa. Já sei quem ela é. Só queria saber como descobriram que era ela? E por que justo ela? Vocês tem culpa de tudo que esta acontecendo comigo, vocês me ensinaram a odiá-la e agora só ela pode me salvar. Que ironia do destino não? Se sabiam, porque me fizeram crescer assim? Fingindo assim, como vocês detestar os nascidos-trouxas, porque sei que vocês nunca foram a favor de Valdemort, só morriam de medo dele, assim como todo mundo. Então me digam, por que me ensinaram a tratar mal Hermione Granger? – Draco disse explosivo e acido, não era preciso ser um gênio para saber quem seria a única a não ama-lo nunca. Só podia ser ela, era ela.

- C-o-m-o... Como descobriu? – disse Narcisa amedrontada. Mas Draco apenas a olhou cansado, era fácil e o modo como haviam dito na noite passada sobre sua companheira o fez ver nitidamente que se tratava dela, ainda mais porque quando sua mãe tirou sua pulseira na transformação o veela notará que o cheiro tinha sumido e enquanto se mostrava procurava em meio as lembranças o cheiro dela e foi quando ele percebeu, em todos os momentos foi ela, por isso a cisma, por isso estava sempre perto, mas ao invés de trata-la bem, fez o contrário durante 7 anos ele a maltratou, tudo por culpa de seus pais.

- Filho, sua mãe morria a cada dia que te ensinávamos a parecer mal – disse Lucius irritado, sabia que o filho tinha razão, mas ambos os pais estavam morrendo junto no processo, desde o inicio. – Quando descobrimos que você a maltratou no seu segundo ano, sua mãe não resistiu lembra? Ela pediu, chegou a quase implorar para não fazer isso. Não precisava maltrata-la, mas mesmo assim você fazia. Lembra-se? – disse – Descobrimos quando você tinha 5 anos e estávamos no mundo trouxa a mando de Valdemort, levamos você e você se encantou por uma menina, ela se chamava Hermione, a pulseira que carregava sempre em seu braço, sua mãe tirou dela, naquele dia, sem que a família dela notasse, o frasco tem o cheiro dela. Por isso a pulseira sempre o acalmou.

Salva-me Veela - DramioneWhere stories live. Discover now