Capítulo 3 - Bem-Vinda de volta a Bridgeport

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Desculpem a demora para lançar esse capítulo amigos! realmente o tempo tava apertado e eu não tava num período criativo pra entregar algo legal para vocês! Espero que gostem, e não sejam ghosts! Comentem, favoritem, dêem as suas opiniões! Adoro ler! ❤

A fachada do colégio Bridgeport continuava com a mesma cor azul turquesa de anos atrás, Chris já podia perceber os olhares diferentes dos alunos logo na entrada. Ela recuou e recusou entrar.

- Eu não posso fazer isso. – Disse.
- Isso não tem nada haver conosco. – Alarmou Travis.
- A filha do detetive é assassinada na mesma noite em que voltamos, como não tem haver conosco? – Ela se sentou em um banquinho de concreto. – Eu fiz um jogo sobre isso, vocês não acham que não vão querer me apedrejar?
- Chris, eu sei que você está chocada, também estamos. – Começou Nancy. – Mas não podemos deixar que isso nos abale, não vamos associar isso ao que aconteceu conosco, vamos pensar que foi somente uma coincidência.
- Uma triste coincidência. – Completou Amy.

- Ah, Meninos. Como é bom rever-los. – Disse a Sra. Hass, antiga professora de literatura do colégio e atual diretora. Ela apareceu abrindo os braços de forma acolhedora e dando um abraço quente em cada um. – É tão bom que estejam aqui, o acontecimento do último dia certamente mexeu com os alunos, então pensamos que talvez vocês possam dar uma palavrinha com eles hoje.
- Você... acha que isso é uma boa ideia, Sra. Hass? – Questionou Chris.
- Ah, me chame de Caroline por favor, estamos entre amigo. Sim, é bom que eles escutem algo de, bem, vocês sabem, alguém que passou por uma situação tão traumatizante.

A Sra. Hass percebeu que eles estavam desconfortáveis com a ideia depois de um acontecimento tão recente e resolveu recuar. – Bem, se vocês não estão confortáveis com a ideia, acho melhor deixar para a palestra. Enfim, vamos, entrem.

Os meninos consentiram e entraram.

A escola também não tinha mudado internamente, além claro dos novos rostos.
- É estranho voltar aqui. – Murmurou Chris pra Amy.
- Chris... – Respondeu amostrando um grupo de meninas chorando no canto do corredor.
- Droga...
- Sra. Hass, Digo, Caroline. Será que eu posso... – Induziu o olhar da diretora até as meninas.
- Ah, claro. Pode ir.
- Tudo bem.
- Eu vou também. – Disse Nancy se juntando a Amy.

Eram 3 meninas, mas a que mais chorava era uma menina loira.
- Oi. – Disse Amy, tentando passar um tom empático.
A menina loira secou as lágrimas do rosto e olhou para Amy, que no mesmo momento congelou. Aquela cena a fez lembrar de quando soube da morte do seu amigo Zac, no massacre de 5 anos. Amy sentiu o que comeu no restaurante voltando pela sua garganta e correu para o banheiro – que por sorte ainda era no mesmo lugar.  – Entrou numa cabine e pôs tudo para fora.

- Amy? – Disse Chris, acompanhada de Nancy, procurando pela menina.
- Aqui. – Respondeu.
Chris abriu a porta da cabine e se deparou com Amy sentada no chão, com os braços abraçados ao seu joelho, ela lacrimejava, borrando um pouco a maquiagem.
- O que aconteceu? – Perguntou Nancy.
- Eu não sei. Eu vi aquela cena e... Eu pensei que estava pronta. – pausou para respirar. – Eu não sei se consigo.
-  Você não vai desistir disso agora. Já estamos aqui. Pelo Zac. – Respondeu Chris.
Amy olhou de volta, e soltou um sorriso de canto.
- Pelo Zac. – Murmurou.

- Que bom que voltou senhorita Piper! – Exclamou a Senhora Hass – Sentindo-se melhor?
- Sim, sim, foi só um mal estar – Disse Amy.
- É Normal, depois de tudo, voltar aqui, parece que a empatia aumenta numa forma inexplicável. – Disse um moço barbudo. De primeiro, Nancy não o reconheceu, mas depois de um segundo, a face por baixo da barba lhe deu arrepios, não um arrepio ruim. Um arrepio nostálgico possa se dizer. A barba e a ausência da touca o deixavam muito diferente. Jamie Meeks. – Olá, Old Friends.

- Meeks! – Disseram Amy e Chris quase ao mesmo tempo. Abraçando o menino.
- Oi, M-meeks. – Gaguejou, Nancy.
- Olá. – Disse soltando um sorriso simpático.

Meeks não havia passado na New York Film Academy, então ele ficou em Bridgeport por um tempo, e logo após, sumiu do mapa. O seu relacionamento com Nancy não durou muito após o fim da escola.

- Meninos, vamos indo ao mural.

Os meninos assentiram e seguiram a senhora hass até o pátio externo da escola.

No caminho até o pátio, o clima havia ficado um pouco estranho. Durante o percurso, Nancy trocou alguns sussurros com Meeks.
- Então, por onde andou durante esse tempo?
- Por aí. Não fiz nada de muito especial.
O passado de Meeks continuou prevalecendo um mistério, ninguém sabe aonde ele passou os últimos anos, nem o que fez. Mas ele estava diferente. Estava mais forte, e como Amy dizia, a barba é a maquiagem masculina.

- Esse é o memorial, meninos, está 90% pronto, falta uns pequenos detalhes ali e aqui e fim!

O mural era grande, era um obelisco de mármore de porte médio, com as fotos dos falecidos da escola. Zac, Cece, Jill, e por consideração e bom senso, havia por escrito, os nomes do restante das vítimas.

- Está Lindo, Caroline. – Disse Nancy, enxugando uma lágrima saliente que saiu sem querer.
- Sim, está. – Concordou Amy.
- Estou ansiosa para a palestra, como disse, devido ao último acontecimento, será bom para os alunos.
- Também estamos. Será bom para eles. – Completou Meeks.

Eles pararam e ficaram observando o obelisco por um tempo, enquanto o sol o fazia brilhar. Aquilo os deu esperança, esperança que a partir dali as coisas poderiam melhorar.

  ***

-

Sim, já tô aqui Amy. Certeza que você perdeu a carteira aqui? – Questionou Chris ao telefone com Amy. Ela estava no estacionamento do The Bernucci.

- Sim, esqueci na mesa! Certeza absoluta, e normalmente nesses restaurantes de gente rica, eles tem um senso de guardar as coisas perdidas, as roupas do  garçom que nos atendeu eram mais caras que meu carro!

- Meu Deus, – Respondeu rindo – Tá, mas anda logo, tá começando a ficar frio.

- Tudo bem, Até já. – Disse desligando.

Chris guardou o celular no bolso e botou o casaco que estava amarrado na sua cintura.
Seguiu para sentar em um dos bancos do estacionamento, mas percebeu que um carro totalmente preto, o qual ela não conseguiu identificar a marca, estava vindo em sua direção. O carro se aproximou, e foi aumentando sua velocidade.
"Mas que merda é essa?'' – Pensou.

O carro se aproximou mais e parou abruptamente ao chegar a uma distância razoável de Chris.
- Olá? – Ela não conseguia identificar quem estava dentro.
E então, de súbito o carro acendeu os faróis – os quais estavam desligados – no índice mais alto de luminosidade, Chris botou as mãos nos olhos, pois a claridade a deixou zonza.
O carro começou a esquentar o motor, como se fosse dar partida, e começou a acelerar rapidamente em direção a Chris que correu com toda força que tinha, mas quanto mais ela corria, mais o carro se aproximava, ela virou na curva do estacionamento e o carro desacelerou um pouco para dar a curva, porém ela se viu encurralada por um muro, quando olhou para trás e viu que ia colidir com a frente do carro, ela pulou para o lado caindo com força no asfalto, e por pouco o carro não bateu no muro, ele deu a ré e seguiu para fora do estacionamento do The Bernucci.

- Mas que merda foi essa!

No mesmo momento, seu celular vibrou, era um número desconhecido. Ela relutou em atender, pois no fundo já sentia quem era do outro lado.
Porém, lembrou da sua promessa e atendeu. E na mesma hora, aquela antiga voz que não era nem um pouco nostálgica, e sim traumática e angustiante, começou a falar:
- Olá pequena Chris, Sentiu minha falta?
- Seu... filho da puta!
- É apenas o inicio do show, minha querida, ainda tem muito mais por vir. Bem-vinda de volta a Bridgeport!

Chase - De Volta Ao Lar (Livro 2)Where stories live. Discover now