Capítulo 4 - Um novo assassino em Bridgeport

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não sejam ghosts! Comentem, favoritem, dêem as suas opiniões! Adoro ler! ❤

- Eu fazia biologia com aquela menina. É Horrível! – Exclamou Madisson Branson como se tivesse alguma intimidade com Sara Riley.
- Querida, desculpa falar mas a Sara nem sabia da sua existência. E na minha opinião, é tudo culpa da Chris Smith! – Disse Terry Harold e sua gêmea Sherry assentiu.
- Vadia. – murmurou Madisson.
- Por que seria culpa da Chris, Senhorita Harold? – Questionou a Professora de inglês, Michaela Taymom, a morte de Sara Riley havia entrado em discussão na sala de aula.
- Ela passou por tudo aquilo, tudo bem. – Começou Terry – Mas ela tinha que fazer aquele jogo? A Sara era minha melhor amiga e é claro que quem fez isso deve ser um viciado em Chase e na franquia Pânico, ressuscitada pelo jogo. E escolheu a menina mais bonita da escola, depois de mim, pra fazer seus jogos satânicos.
- Verídico. – assentiu Sherry mais uma vez.
- Isso é ridículo, jogos e filmes não tem nenhuma culpa pelas atitudes humanas.

A sala toda se virou para o fundo, onde John Kennedy estava sentado, ele era um menino magro, esguio. Usava sempre uma touca que escondia seu cabelo preto e liso. Ele raramente falava algo durante as aulas.

- Desde quando esse menino estuda aqui? – Perguntou Sherry, parando de lixar sua unha.
- Desde quando você sabe o que significa "estudar"? – Revidou John.
- Meninos! – Alertou Michaela – voltaremos para Shakespeare se não se comportarem como gente.
- É claro que tem, Kennedy. – Disse Terry seriamente. – Eu soube que o assassino usava a mesma máscara do massacre de 5 anos atrás. Como também no jogo.
- Isso não se trata de entretenimento, nem de ficção, é a realidade! Eu tinha aulas com aquela garota! – Disse Julian Jones.
- Exatamente, os filmes "Pânico", o jogo "Chase", eles não tem responsabilidade alguma por nossas atitudes!
- Professora Taymom?
- Sim, Madisson?
- É Verdade que os sobreviventes do massacre darão uma palestra sobre violência na juventude no dia da inauguração do mural?
- Sim, correto. Acontecerá amanhã durante o horário normal das aulas.

Terry olhou de relance para Sherry. Seu olhar já dizia tudo, mas ela precisou sussurrar pra confirmar. – Aquela Chris não perde por esperar, vamos fazer justiça pela Sara.

***

ALGUMAS HORAS ANTES

- Você tem razão? – Perguntou Amy, apreensiva.
- Tentaram me atropelar minutos antes de eu receber uma ligação, a ligação! Era a voz dele, digo, era o catface!
- Pode ser um trote. – Disse Nancy. – adolescentes reprimidos pela morte da amiga tentando descontar a raiva na criadora do jogo que popularizou a história.
- Infelizmente faz sentido, Chris. Até porque depois do sucesso de Chase, vários aplicativos modificadores de voz foram disponibilizados, o que explica a ligação.
- Eu não acredito que estamos aqui, 5 anos depois, no meu quarto mais uma vez conversando sobre isso. – Lamentou Chris levando o gelo ao hematoma na sua testa.
- Chris! Ai meu Deus, vim correndo do mercado assim que soube! – Lola adentrou ao quarto de Chris e correu para abraça-la, beijando-a logo após.
- Lola, Lola... – Murmurou Chris, alertando Lola da presença das meninas.
Amy e Nancy estavam de olhos arregalados tentando entender o que estava acontecendo.
- É... do que a gente falava mesmo? – Disse Chris sem jeito.
- Beijo... digo... Mulher... Quer dizer, quem é essa? – Gaguejou Amy.
- Pessoal, essa... É a Lola Himbry, acessora e minha... namorada.
- Chris, por que nunca nos contou? – Perguntou Nancy.
- Eu nunca tinha visto necessidade, desculpem gente, mas espero que isso não afete nossa amizade.
- Claro que não, sua boba! Te amamos do jeito que você é! – Disse Amy.
- É bom ver que a Chris tem amigas tão boas como vocês. – Respondeu Lola. – Bom, trouxe pizza, alguém quer?
Nancy respirou fundo:
- Ah!!! Eu tô faminta!

Depois de comerem, as meninas decidiram que iriam dormir na casa de Chris, para passarem mais tempo juntas depois de tanto tempo separadas.
Amy buscou algumas coisas em casa, e Nancy também, elas beberam vinho, Chris e Lola contaram histórias sobre o relacionamento que haviam constituído, depois de uma brincadeira de mal gosto, foi uma ótima pedida para finalizar a noite.

O sol entrou pela janela do quarto de Chris, e iluminou o cabelo ruivo de Nancy, que bocejou e levantou lentamente para fechar as cortinas e tapar a entrada do sol, mas antes, deu uma olhada pela janela e respirou fundo, o ar de Bridgeport era gostoso, melhor que o de Boston. Ela se virou e um flashback veio a tona na sua cabeça, ela pensou que era alguma alucinação, mas o quanto mais ela recuperava seu fôlego, mais percebia que era real.
Como há 5 anos atrás, ali no espelho da cabeceira de Chris, havia uma frase escrita com um líquido vermelho viscoso semelhante a sangue.

"Vão pagar por tudo"

- De novo não... – sussurrou.
- Nancy... – Disse Amy, sonolenta. – Que horas são?
- Levanta, pessoal, todo mundo de pé – Respondeu levantando o tom de voz.
- O que foi? – Perguntou Lola, ainda meio grogue.
- Que porra é essa? – Berrou Amy ao olhar para cabeceira.
- Estava ai quando eu acordei.
- Ai droga, Chris, levanta – Alertou Lola.
- Que foi? - Respondeu Chris, acordando assustada.
- Você tinha razão, – Disse Amy seriamente. – A morte da filha do detetive Riley não foi por acaso, está acontecendo de novo.
- O que? – Sem entender nada, Chris percebeu que todas olhavam pra cabeceira da cama. – Puta que pariu! – Soltou ao perceber o que tinha ali.
- Se arrumem, vamos à delegacia.

***

- Tem sido um momento difícil. – Explicou o Detetive Riley, enxugando as lágrimas – Eu não queria preocupar vocês, mas percebo que já é tarde demais.
- Sim. – Disse Chris, cabisbaixa.
- Vocês não perceberam nada durante a noite?
- Bebemos vinho, estávamos cansadas. – Explicou Amy.
- Além do mais, Chris foi atacada ontem à noite no estacionamento do The bernucci, pensamos ser um trote de algum adolescente, a tragédia de uma geração é sempre a piada da outra, não? – Disse Nancy.
- Como assim atacada? Você viu quem fez isso?
- Na verdade não vi, um carro tentou me atropelar, não consegui ver a placa. Logo após, me ligaram em um número desconhecido. Era ele.
- As meninas cogitaram ser alguém usando um dos aplicativos que saíram depois do jogo Chase. – Relatou Lola.
- Detetive. – Disse um policial negro, de estatura baixa entrando na sala. – Observamos a cena no quarto da senhorita Smith, é a mesma letra usada no quarto da...
- Da Sara. – Completou o detetive.
- Sim, é a mesma pessoa.
- Meninas, vocês terão vigilância da polícia durante a estadia de vocês em Bridgeport, peço que não deixem a cidade, vocês podem ser peças importantes na investigação, o sangue de ninguém será derramando mais uma vez.

As meninas se entreolharam, sabiam o que aquilo significava, uma confirmação que estava acontecendo de novo. Havia um novo assassino em Bridgeport.

Chase - De Volta Ao Lar (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora