58. Preciso tanto aproveitar você, olhar seus olhos, beijar tua boca

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Nunca tive tanta vontade de me enterrar dentro de alguém como naquela noite. 

Por algum outro milagre tudo havia acabado bem entre nós dois. Ana amoleceu e não me expulsou da casa dela, o bendito teste do Pequeno Vini realmente funcionava, mas não sem alguns efeitos colaterais para ambas partes. O fato de ter Ana nos meus braços compensava tudo.

— Você não vai vestir uma roupa? — Ela perguntou entre risadinhas, quando lembrou que eu estava apenas de toalha.

— Tô querendo tirar as suas roupas, até parece que vou vestir alguma. — Retruquei enquanto a empurrava delicadamente até a parede da sala, prendendo-a entre o concreto e meu corpo ansioso.

Ana ergueu os braços e foi fácil puxar sua camiseta por cima do pescoço, deixando o sutiã preto simples exposto para minha perdição. Inclinei-me sobre ela e passei as mãos pela parte inferior de suas coxas, puxando-a para cima, até que ficássemos na mesma altura tendo meu quadril envolvido pelas pernas dela. 

Ana enlaçou meu pescoço com os braços e nossos rostos ficaram bem próximos. Ela estava com os lábios entreabertos, o peito arfando um pouco por causa da ansiedade e o rosto corado, o que só a deixava mais linda e um pouco selvagem. Pressionei mais meu corpo contra o dela, querendo que percebesse o quanto estava excitado por sua causa, e a resposta que tive me deixou ainda mais aceso: Ana fechando os olhos por um longo momento, enquanto movia o quadril, aumentando o atrito dos nossos corpos.

— Você quer acabar comigo... — Sussurrei de encontro ao seu queixo, entre alguns beijos que iam sendo distribuídos ao longo de seu rosto.

— Não sou de ferro, bonitão. — Ela respondeu com a voz rouca.

Assim que meus lábios desceram pela base do pescoço de Ana e alcançaram o tecido do sutiã, a babá eletrônica nos interrompeu com o chorinho do Matheus. Eu ia acabar explodindo se continuasse daquele jeito! Pelo amor de Deus! Eu precisava mesmo transar! Ela abriu os olhos e suas pupilas estavam dilatadas, demostrando que também precisava de mim. 

Como era preciso que alguém tivesse forças, beijei seus lábios com rapidez e coloquei-a de volta no chão. Com o movimento a toalha enroscou no short jeans da Ana e deslizou para o piso, me deixando com tudo à mostra, duro e descompensado.

— Nada que eu já não tenha visto. — Ana sacaneou e deu uma boa olhada na ferramenta pronta para os trabalhos. — Nossa, que saúde, bonitão!

— Quer parar de ser besta? — Sorri para ela e fui até minha mala, pegando um moletom qualquer para poder ir socorrer meu moleque no quarto. — É bom colocar minhas roupas de volta no armário.

— Vai sonhando! — Ela gritou quando sumi no corredor. — Abusado!

Cuidei do Matheus por um bom tempo. 

Ele parecia estressado com alguma coisa, talvez tivesse tido um sonho ruim e acordou chorando bastante. Ana havia deixado uma mamadeira sobre a cômoda dele e tinha colocado uma fitinha escrito "direto do peito" com a identificação. Com o garoto acomodado em um braço, saquei o celular do bolso e coloquei ao lado das coisinhas do Matheus, voltando para a poltrona para oferecer aquele novo recurso para o guri.

Meu filho certamente se acalmou depois de mamar coloquei a mamadeira sobre o criado-mudo e, como era costume, deitei-o de bruços sobre meu peito e reclinei um pouco a poltrona. O cheirinho de bebê que ele tinha me acalmava. Matheus criou o hábito de dormir com a mãozinha acariciando e puxando minha barba de leve, acho que funcionou para ambos, pois acabei apagando de sono ainda agarrado com ele.

Algum tempo depois, despertei do sono com um puxãozinho dado pelo Matheus na minha barba. Como o menino dormia profundamente, devolvi-o ao berço.

Kika vai ter um bebê! (Livro 2)Where stories live. Discover now