Art Students (Larry Stylinson) (Parada)

school

Olá genteee!!! aqui vai o primeiro capitulo!! por favor comentem se gostarem :))) Desculpem os erros :)))

Aqui em cima está uma foto do Louis como eu o imaginei :)))

- Louis!! - A minha mãe gritava - vais chegar atrasado se não te levantas já!!

Era o primeiro dia de aulas e não tinha vontade nenhuma de me levantar. Tinha passado a noite em branco com o meu coração aos saltos a querer sair do meu peito, tudo porque as aulas iriam começar. Nunca gostei do primeiro dia de aulas, ou, para ser sincero de nenhum dia de aulas, não que eu não gostasse de aprender mas o problema eram as pessoas da escola que eu tinha de ver todos os dias. Felizmente tinha Liam, meu vizinho e melhor amigo desde que me lembro, das poucas pessoas que eu suportava e que me ajudava a sobreviver na escola. Liam era dos poucos que eu gostava no meio daqueles interesseiros, falsos e superficiais que só querem saber se tens o telemóvel mais recente e mais caro ou se tens um bom corpo, pois só assim és considerado uma pessoa apta para conviver com eles mas no fundo eles só se importam com eles próprios.

- LOUIS!!! Não chamo outra vez!!! Se eu estiver aí em cinco minutos e tu ainda estiveres na cama eu juro que despejo um balde de água fria em ti!!

- Tou quase pronto - gritei, apesar de ainda estar deitado na cama a tentar ganhar coragem para me levantar e encarar todos aqueles adolescentes sem cérebro. Às vezes pensava se era o único a pensar assim pois por onde eu olhava só via pessoas tentando serem melhores que as outras, só queriam ter mais seguidores no instagram, mais gostos, mais amigos, mais comentários. Era assim que eles pensavam, muitos já nem queriam saber se tiravam boas notas ou não, desde que que as suas redes sociais fossem as melhores e eles tivessem alguém para transar estava tudo maravilhoso. Mas eles não sabem que nada disto vai importar no futuro. Para que servem aqueles números todos de seguidores e gostos nas fotos? Daqui a uns anos, são esses números que te vão por comida na mesa e arranjar uma casa para viver?

Depois de avaliar os lados positivos e os lados negativos de ir para a escola, conclui que era melhor levantar-me até porque não queria que a minha mãe viesse atrás de mim com aquele balde, digamos que talvez ela já tenha feito isso e não foi de todo uma boa experiência e eu certamente não gostaria de revivê-la.

Escolhi um par de jeans, uma t-shirt e uns ténis da adidas e arranjei minimamente o cabelo. O bom é que só iria ter aulas até à hora do almoço. Felizmente ou infelizmente, como não pagava as refeições da escola pois minha mãe era divorciada e cuidava dos filhos sozinha, por muito má que a comida fosse, eu tinha que almoçar na escola todos os dias e mais uma vez eu era salvo por Liam que decidira me fazer companhia. Às vezes nem a mim próprio eu me compreendia, eu queria me borrifar para o que as pessoas pensavam de mim mas a verdade é que eu não era nada assim. Eu detestava ficar sozinho em público, sempre pensava que as pessoas falassem de mim e me achassem estranho, sem amigos, o que é quase verdade

Dei um beijo à minha mãe de bom dia e sentei-me na mesa para tomar o pequeno-almoço. Entretanto, chegaram as minhas irmãs mais novas, Phoebe e Daisy. Eu adorava-as, apesar de ser irmão delas eu me sentia mais como um pai para elas mesmo com a pouca diferença de idade. Elas eram gémeas, a minha mãe teve-as cinco anos antes de se separar do meu pai, eu tinha onze. Éramos nós os quatro a viver naquela casa, sem nenhuma figura paterna há algum tempo. Não que isso me fizesse falta, mas, para as minha irmãs, eu acho que isso era essencial. Afinal quem é que quer crescer sem um pai? O meu pai não era muito presente nas nossas vidas, então, quando se separou da minha mãe foi ainda pior. A relação que eu tinha com ele não era das melhores, o problema disso tudo era o álcool e como devem ter calculado foi por isso que eles se separam.Ele trabalhava como motorista de veículos pesados, camiões e só o víamos de dois em dois meses e para ser sincero, não me importava. Ele bebia todos os dias e por isso para mim todos os dias era o inferno, ele tornava-se abusivo tanto psicologicamente como fisicamente. Tratava a minha mãe como lixo, chamava-lhe de todos os nomes possíveis e chegava a agredi-la. E depois havia eu. Ele quando bebia tornava-se um autentico monstro capaz de magoar até os seus filhos. Insultava-me também e dizia que ninguém nunca iria gostar de mim, que eu nunca iria ser nada na vida e chegava-me a bater também, dizendo que eu era igual à minha mãe. As minhas irmãs claro, só choravam, cheias de medo e eu era aquele que me deitava com elas, trancado no quarto com medo de o meu pai abrir a porta a dizer que tudo iria ficar bem enquanto ouvia os berros dele com a minha mãe. Era isto quase todos os dias quando ele vinha do trabalho e quando finalmente a minha mãe se separou foi um alívio enorme, tanto para mim, como para ela, por fim estavamos em paz.

- Bom dia Lou! - elas me fizeram voltar à realidade e sentaram-se ignorando a minha mãe.

- Que é isso ? E eu? Não existo? - a minha mãe disse e elas riram-se e foram dar um beijo cada uma numa bochecha.

- Preparados para o primeiro dia de aulas? - a minha mãe alegremente perguntou.

- Claro mãe! Tive à espera deste dia as férias todas! Aliás eu estava contando os dias e riscando-os no calendário um a um até este dia! Nunca estive tão feliz! - disse ironicamente e a minha mãe riu-se e fez me uma careta. Sempre tive um enorme carinho por ela e admirava-a muito, nem toda a mulher era capaz de aguentar o que ela aguentou, lembro me das noites em que a via chorar e a pedir me desculpa por tudo e essencialmente pelo pai que eu tinha.

- o Liam sempre vem connosco?- ela perguntou.

- Sim, eu mandei-lhe uma mensagem para estar aqui em dez minutos - disse. Acabei o pequeno almoço rapidamente pois a minha barriga estava ás voltas por causa dos nervos e não comi quase nada, acabei de me preparar e meti o meu bem mais precioso na mochila, os meus fones. Eles eram uma grande parte do meu dia, alem de liam, claro, eles também me ajudavam a sobreviver ao inferno e além disso eu amava música. Comecei a pensar em como seria se eu não levasse os meus fones para a escola e só de pensar fico arrepiado e com medo, era como se fosse sem roupa, sentia-me nu e desprotegido.

Liam entretanto chegou e fomos os cinco para o carro. Ele usava umas calças de ganga e uma t-shirt de marca, juntamente com os ténis, ele era moreno e tinha um corpo forte para um rapaz de 16 anos e estava a sorrir enquanto conversava com a minha mãe. Ele sempre fora muito mais extrovertido e mais popular que eu e às vezes me perguntava porque ele era meu amigo. Chegava quase a sentir inveja dele, a vida dele sempre fora mais fácil e ele quase sempre estava feliz. Às vezes gostava que a minha infância tivesse sido diferente.