i'm so shy

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Olá gente, bem vindos ao segundo cap, espero que vcs gostem, é mesmo muito importante para mim.

Queria dizer que vou escrever, em princípio a história toda em P.O.V. do Louis :)))))

Boa leitura!!! xxx

(se é que alguém lê isto)





Passado pouco tempo chegamos à escola, o percurso era relativamente pequeno e confesso que podia ir a pé todos os dias mas era muito preguiçoso para isso. Tinha ficado a viajem inteira a ouvir Liam e a minha a falarem sobre assuntos do dia-a-dia, era incrível como eles arranjavam sempre algo para falar, para mim era muito difícil socializar com as pessoas. A situação era tão má que até eu me chegava a considerar uma pessoa estranha ou...diferente das outras. Eu não queria falar com pessoas novas, ir para um sítio cheio de pessoas, como uma festa, mas, era assim que eu era, eu estava quase o tempo todo no "meu mundo", fechado e apesar de achar que devia me soltar mais, eu adorava ser assim, pois era assim que eu era e só assim me sentia confortável, só assim me sentia feliz.

Tínhamos escolhido ambos o curso de artes que se prolongaria até ao décimo segundo ano e depois escolhíamos na faculdade o que queríamos seguir para profissão, no futuro. Eu sempre gostei de artes em geral, seja música, dança, pintura e até representação embora nunca na vida eu vá representar. O ambiente lá é diferente de qualquer curso, tu podes ser o que tu quiseres, até tu próprio a e ninguém te vai julgar. Seja na maneira que tu te vestes, pensas, nos teus ideais, na tua sexualidade, tudo. Parece que as pessoas são mais abertas, menos preconceituosas e em vez da maior parte das pessoas não tem o cérebro do tamanho de uma ervilha. Tu em artes podes ser livre. 

Embora eu tenha escolhido este curso, nunca achei que eu desenhasse bem, mas era aquilo que eu gostava, já Liam era um ótimo artista e claro que ele pensava o mesmo de mim, dizendo que eu iria ser o próximo Picasso, claro Liam. Tínhamos ficado os dois na mesma turma pois vínhamos os dois juntos do ano anterior, o que era bom, aliás, muito bom, pois, eu não gostaria nada de ficar sozinho. Claramente isto não era nada bom para mim, pois eu não conseguia viver sem ele, parecíamos dois siameses, sempre juntos. O que era de mim se ele não tivesse escolhido artes, ou,  se por alguma razão ele não tivesse ficado na minha turma? Ele não vai estar toda a vida comigo, vai conhecer alguém, por fim ter uma vida com ela, casar, ter filhos, um emprego e eu? A maneira como eu me apeguei a ele não é saudável para mim e eu reconheço que tenho de ser mais independente na vida e deixar de ter medo de tudo e de todos, para o meu próprio bem.

Estamos os dois a entrar na escola e no muro de tijolos vejo um casal aos beijos e não consigo desviar o olhar, o modo como eles se tocam quando as suas bocas estão juntas e quando depois se separam e sorriem, olhando-se profundamente nos olhos é envolvente e apaixonante. Pensei se alguma vez iria beijar assim...Como seria beijar alguém? Sim porque eu, Louis William Tomlinson nunca tinha beijado alguém, nem um selinho, nunca. A minha boca nunca tinha tocado outra e eu, ultimamente tinha sonhado muito com este momento, pois, no final, eu era apenas um adolescente. O que eu iria sentir? A tensão que toda a gente fala quando nos aproximamos, as borboletas na barriga e os arrepios na pele quando quando nos tocamos e o coração aos saltos apenas por um simples olhar?Acho que isto deve se encaixar mais no que sentimos quando estamos apaixonados mas eu não tinha meio de saber, pois eu também nunca tinha me apaixonado..e será que...

- LOU!! - dou um salto e volto-me para Liam, ele tinha-me tirado dos meus pensamentos - sei que nunca beijaste alguém e que por isso achas aquilo uma coisa incrível, mas por favor para de olhar para eles! Estás a olhar diretamente para eles e a dar imenso nas vistas, até a rapariga está olhar para nós não está a achar piada - viro-me para eles e confirmo o que Li disse, ela tá olhar para nós com o cenho franzido e a falar ao ouvido do rapaz.

- O teu tempo há-de chegar, vais ver! - ele disse a sorrir e descansou a sua mão nas minhas costas. Fiquei sem palavras e de imediato achei o chão muito interessante. Sentia a minha cara queimar, devia de estar um autentico tomate, daqueles bem maduros! Outra das coisas que eu detestava em mim era isto e por isso eu encarava-o como um super poder que poucas pessoas têm a chance de nascer com ele, a "habilidade de ficar vermelho em qualquer ocasião, até mesmo quando alguém te diz olá ou quando estas a falar com uma pessoa e tens que olhá la nos olhos". Talvez seja um nome muito grande, ainda tenho que pensar melhor nisso, mas sim, sei que dito assim eu pareço uma aberração, tímida e anti-social mas eu era mesmo assim.

- Vá, vamos indo para a sala, antes que toque, não quero chegar atrasado logo no primeiro dia de aulas, Louis - ele disse e eu assenti com a cabeça e eu dei um sorriso já sentindo o calor a desaparecer das minhas bochechas.

A nossa primeira aula era Desenho e sentei-me à beira de Liam. O professor era um homem entre os seu cinquenta e sessenta anos e era alto e um pouco...redondo. Ele cheirava imenso a tabaco, não tinha dúvida que os seus pulmões estivessem pretos e ressequidos e a maneira de ele falar era um pouco...estranha. Parecia que estava todo drogado e por isso as palavras saiam de forma lenta e ele estava vestido todo de preto. Os seus olhos eram escuros, assim como sua pele que era de um moreno que mais parecia lixo de não se lavar. Para ser sincero, a sua presença intimidava-me e era desconfortável mas não podia julgá-lo pois era só a primeira aula, o primeiro contacto, a primeira impressão. Como sempre, no primeiro dia de aulas, cada um fez a sua apresentação, algo que eu adorava muito e depois cada professor falava um pouco da disciplina e sobre o que iríamos aprender ao longo do ano e o material específico que devíamos levar. Quando dei conta já era hora do almoço  e resolvemos nos dirigir à cantina e escolher uma mesa antes que todas tivessem ocupadas. Simpatizamos com um rapaz da nossa turma, Niall, que tinha um sotaque irlandês muito forte e como ele também almoçava na cantina, decidimos convidá-lo a juntar-se a nós. Ele era branco como a neve, loiro, de olhos azuis e nunca calava a boca, um verdadeiro fala-barato. Decidimo-nos sentar numa mesa ao canto e a comida, como sempre estava divina... Sei que há muita gente a passar fome mas eu chegava-me a perguntar se aquilo era comestível. Niall tinha trazido a sua comida de casa na mochila e quando acabou de comer, viu o meu prato, quase cheio e perguntou se podia comer o resto. Eu simplesmente fiquei surpreso pois ele havia devorado uma sandes enorme de frango, batata frita e uma salada e ainda estava com fome. Avisei-lhe que a comida não era lá grande coisa as ele encolheu os ombros e comeu aquilo em segundos, onde será que ele põe aquela comida toda? Ficamos a saber que os pais dele vieram para cá para Inglaterra pois tinham arranjado emprego e por isso iam ficar por um bom tempo cá. Depois de alguns assuntos aleatórios decidimos ir pousar o tabuleiro naquela coisa onde se metem os tabuleiros que eu não sei o nome e aposto que vcs também não sabem.

O chão estava escorregadio, possivelmente alguém deve ter entornado alguma coisa e  no momento em que eu ia avisá-los para terem cuidado...bem, acho que vocês sabem o que aconteceu.




Art Students (Larry Stylinson) (Parada)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora