A ordenação - Por Cristo, com Cristo e em Cristo

5) Convivência com o mundo de Deus

Após algum tempo no seminário, Ícaro já se acostumou a rotina de um seminarista — que não é leve e nem sobrecarregada. O jovem escreve uma carta para seus pais, onde explica o que se passa ali...

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Ribeirão Preto, 05 de outubro de 2016

Queridos pais,
Quem escreve essa carta é o filho de vocês, Ícaro. Sei que tenho os visitado com certa freqüência, mas quero aqui escrever como está sendo minha vida aqui no seminário; assim fica mais fácil para que eu explique para vocês. Peço que mandem esta carta, para o Padre Luciano ler, pois, também dirijo a ele... 

Aqui no seminário, temos uma rotina regrada... às 6h da manhã acordamos, rezamos a primeira vez a Liturgia das Horas, depois, às 7h tomamos café-da-manhã e conversamos um pouco no refeitório. Alguns assistem TV, outros vão rezar, escrever (como estou fazendo agora), enfim... começar um novo dia. 

Às 8h é celebrada uma Santa Missa, por um diácono daqui do seminário que está de saída. Meditamos, ouvimos e guardamos a Palavra de Deus conosco. Até ao meio-dia entramos nas salas de aula para estudar. Também somos os zeladores do local — ajudamos na limpeza, cozinha, e manutenção deste grande seminário. Existe até uma escala com os nomes de quem fica responsável por tal coisa naquele dia. É legal, pois, aqui se aprende a fazer coisas domesticas, para ir acostumando, pois alguns sairão daqui padres e irão morar sozinhos em suas casas paroquiais. 

Depois, de tarde é um intervalo. Semanalmente saímos daqui e vamos a alguma paróquia fazer um momento de oração e também os que podem ajudam em tarefas nas mesmas. Rezamos o Santo Terço às 15h, seguido pelo Terço da Misericórdia. À noite, jantamos, rezamos outra parte da Liturgia das Horas, pela segunda vez, o Terço e vamos dormir, na altura das 23h. posso dizer, que aqui é um local bom de conviver, tanto com as pessoas novas que conheci, como com Deus, vocês sabem que sempre gostei de rezar e meditar a Palavra da Bíblia, mas, aqui é outro mundo... algo totalmente diferente!

E por último, dedico esta parte ao Padre Luciano. Seu padre (sempre o chamarei assim), eu estou amando esta etapa de minha vida. Qualquer dia, irei visitá-lo na Catedral. O senhor é meu conselheiro de fé, e "padrinho" nesta jornada de me orientar e me ajudar a entrar no seminário, para que eu me torne um padre daqui alguns anos. Agradeço de coração — e que, a Nossa Senhora de Fátima, e o Padre Pio, roguem pelo senhor e por seu pastoreio. Muito obrigado!
Queridos, assim me despeço... beijos!

Ícaro.

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