Vidas Opostas e Um Pouco de Competição

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VINTE ANOS DEPOIS...

ANASTÁSIA STEELE:

—Srta. Steele seu pai está na linha um. —Mical diz da porta.

Levanto meu olhar e a encaro.

—Não! —Exclamo. —Diga que não tenho tempo. Nem para almoços. Nem conversas. Preciso resolver tudo para poder viajar, e não vou perder tempo com ele.
—Sim Srta. Steele. —Mical diz e fecha a porta.

Eu fique um fim de semana no Texas com o meu pai e quase enlouqueci. Meus funcionários ligavam toda hora para perguntar coisas, como: posso respirar Srta. Steele?. Então eu tive que voltar correndo, pois descobri que pago para pessoas irresponsáveis, tirando Mical e Angel, elas são ótimas funcionárias e eu não abriria mão delas.
Depois que voltei tive que resolver milhões de planilhas da empresa e estou correndo até agora para terminar isso à tempo. Sábado Kate vai viajar com a família de seu noivo. Como nós somos quase irmãs ela me pediu que a acompanhasse... Na verdade, ela implorou, e para me livrar dela eu tive que aceitar, e isso está me custando uma semana muito agita, correndo entre uma reunião e outra, e a contratações de novos funcionários.

—Steele! —Angel exclama invadindo minha sala. —Nós tivemos problemas com as cargas que estão vindo de Whashgton.
—Como assim? —Pergunto lhe dando um olhar nada tranquilo.
—Não é seguro mandar pela rota marítima.
—Angel! —Exclamo exasperada. —Como assim? Era seu dever checar o sistema de transporte e segurança. Isso nos causará perda de lucro. Você não checou o que te pedi? Como posso confiar minha empresa a você, se você não pode lidar com coisas como essa?
—Desculpe Srta. Steele. Mas o embarcador deu para trás. Eu não tive culpa, eu fiz meu trabalho, mas as demissões e contratações dos novos funcionários mudaram todas as nossas rotas.
—Ótimo! —Exclamo. —Olha, faça assim, mande à carga pelo ar.
—Pelo ar?
—Meu Deus Angel! Por avião, helicóptero, o que for mais rápido. Só faça!
—Imediatamente Srta. Steele.

Angel diz e sai da sala.
Pego o telefone e disco para a recepção.

—Pois não Srta. Steele? —Mical diz do outro lado.
—Coloque a Srta. Kavanagh na linha dois e me passe.
—Imediatamente Srta. Steele.
—Ana, o que foi? —Kate pergunta assim que atende.
—Katherine, não sei se conseguirei te acompanhar nessa viagem. Eu estou com problemas na empresa.
—Não me venha com essa de Katherine! —Kate exclama brava. —Você é minha melhor amiga, e quase irmã, e você não irá me deixar passar por isso sozinha! Sem contar que você tem quase quarenta mil funcionários nessa maldita empresa! Faço-os trabalharem de verdade!
—Você é impossível! —Exclamo. —Eu não prometo nada.
—Ana, qual é? Isso é importante para mim, sabia?
—Ah Kate... —Sussurro exasperada. —Ok, eu vou fazer isso, mas mande aquele idiota do seu noive não me encher com piadinhas ridículas, eu não estou no clima.
—Tudo bem. —Ela diz e sei que está sorrindo.
—Quem vai nessa viagem mesmo?
—Os meus sogros, e meus cunhados. —Ela diz num tom conspirador.
—O que você está me escondendo Kate?
—Eu? Nada amiga. Olha eu tenho que ir, depois nos falamos. Tchau. —Ela diz e desliga antes que eu diga qualquer coisa.

Solto um longo suspiro e novamente me pego apertando o pingente do meu colar.
Sorrio com a lembrança de Christian... Já faz tantos anos, mas eu nunca consegui esquecê-lo. Nem Ella... Os dois foram tão importantes para mim, sem contar que a Ella deu a sua vida para me salvar... Isso nunca terá preço, eu sou eternamente grata, mas infelizmente minha gratidão não os trará de volta.
Graças ao meu pai eu nunca mais verei Christian.

CHRISTIAN GREY:

—PORRA ROSS! —Grito exasperado.
—Não grite comigo! —Ross diz fuzilando-me. —Eu não tenho culpa se você não contrata pessoas certas. E aquele filho da puta do RH não viu isso antes. Não desconte sua raiva e mim!
—Mas é sua responsabilidade checar o desenvolvimento de todos os funcionários! Como vocês não viram que aquele maldito estava nos roubando?
—Você chama aquilo de roubo? —Ross ri alto. —O idiota te roubou vinte mil dólares. Se fosse eu teria roubado de verdade. Sem contar que você chutou a bunda dele e acabou com a carreira do cara. Ele não vão nos atrapalhar.
—Você tem razão. —Digo mais calmo e passo as mãos pelo cabelo. —Eu preciso de um café.
—E um calmante. —Diz Ross calmamente. —Aposto que todo esse estresse tem nome e sobrenome.
—Tirando Elliot Grey e Katherine Kavanagh com seu casamento, sim, tem nome e sobre nome.
—Anastásia Steele! —Ross exclama e meu sangue ferve. —O que ela fez agora?
—Nós já tínhamos um contrato fechado com a empresa de Whashgton, mas ela conseguiu persuadi-los a fazem negócio com ela. Isso nos causou uma grande perda.
—Aquela mulher é boa! —Ross diz rindo e eu a encaro com uma sobrancelha erguida. —Desculpe Grey, mas ela passa a perna em todos. Ela é boa no que faz.
—Você não está me ajudando.
—Desculpe, mas é a verdade. Você deveria fechar negócio com ela.
—Quer me enlouquecer é?
—Ok Christian! —Ela diz rindo. —Para que horas Andrea deve agendar sua viajem?
—Programe o Charlie Tango. Amanhã as duas.
—Ok Poderoso CEO.
—Saia Ross! —Exclamo sem paciência e ela solta um pequena gargalha rouca enquanto sai pela porta.

Anastásia Steele.
Essa mulher ainda vai me enlouquecer.
Ela dever ser muito bonita mesmo para conseguir o que quer, e aposto que não é só com um sorriso.
Solto um longo suspiro e olho o quadro em cima da mesa.
Nem todas as Anastásias foram ruins.
Na foto estão, Ana, Ella, e eu. Fora o colar isso foi à única coisa que consegui levar depois que me separaram de Ana. Eu sempre me pego imaginando o que ela se tornou. Sorrio ao pensar que ela deve ter virado uma escritora ou literária voraz. Ela tinha uma imaginação muito fértil.
Ah Ana... Minha Ana. Onde você deve estar agora?
Eu jurei te encontrar, mas vinte anos se passaram você não deve nem se lembrar de mim.
Será mesmo?
Como eu me arrependo por ter soltado sua mão. Ela me fazia tão bem, e tê-la aqui me tornaria menos fodido.

Notas finais do capítulo

Eu e Você, Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora