Huloy(A origem)-Livro 1

Capìtulo 17

Autora narrando :

Aquele sábado amanheceu bem alegre para Taizana, afinal é a primeira vêz que ela conhece a sua avó, e volta para o lugar onde nasceu. Ela tinha tantas perguntas, queria descobrir tantas coisas que só a avó podia responder. O pouco que sabia da sua doce e maluquinha avó materna , é o que os seus pais a falavam!  E agora é a  oportunidade de perguntar tudo o que sempre quis ,e ouvir as respostas na primeira pessoa. Por ela passaria mais tempo ali naquela pacata aldeia, mas pena que tería de ir embora para a vida agitada de Maputo na manhã seguinte, por isso que ela decidiu passar praticamente o tempo todo colada a sua avó.

Já Charazad, estava a achar aquilo tudo muito irritante, mosquitos, bichos rastejantes entre outros, ela nunca iria trocar a vida urbana ,com todas as condições e tecnologias possíveis, pra brincar de hominídeos.revirava os olhos toda a vez que via Taizana se armando em camponesa primata, dando comida pros bois, ajudando a cortar a lenha, entre outras coisas nada agradáveis que Charazad não faria nem por acidente.Charazad não conseguia perceber como alguém normal podia gostar daquilo.

-- mas também o que esperar da sonsa da minha irmã -- pensou Charazad.

Já que o tempo estava a passar devagar para Charazad  então ela decidiu procurar algo minimamente agradável para fazer!

Foi então que ela decidiu explorar um pouco mais a humilde casa da sua avó, ela só iria fazer aquilo para passar o tempo, já que aquele lugar não era nada atractivo segundo ela.

Andou pela casa ,viu os cómodos e claro, não achou nada interessante. Depois de alguns minutos ela já havia andado por quase toda a casa até o quarto da sua avó. Mas como ela imaginou, nada de interessante. Quando ela estava na cozinha, viu uma porta trancada. Ela olhou e imaginou que fosse sei lá, uma dispensa, já que a porta estava na cozinha.

-- vou beber um copo de água e ir dormir um pouco até anoitecer logo, parece que o tempo não passa nesse fim do mundo-- pensou Charazad.

-- será que nessa dispensa tem algo para comer?? --  pensou ela novamente. -- mas porquê que minha avó manteria uma dispensa trancada assim??  Afinal só vivem duas pessoas aqui e comida não é problema. -- os pensamentos rondavam a cabeça de Charazad .

Já que ela não tinha nada pra fazer, deixou ser levada pela curiosidade. Foi então para o quarto da avó procurar as chaves.

Chegou lá e começou a procurar e nada!!!  Nas gavetas, até nas bolsas.

-- onde gente idosa têm a mania de guardar as coisas??  -- pensou. --CLARO  como não havia pensado nisso.... se aqui não tem cama então não pode ser em baixo do colchão .logo será em baixo da esteira.

Charazad afastou então a esteira do lugar e nada de chaves, mas havia algo curioso ali. Uma portinha o que dava a intender que havia um buraco no lugar.

Para a sorte dela, não havia tranca, então ela rapidamente pôs-se a abrir. E havia uma bolsa de pele no buraco, também tinha um punhado de chaves ao lado. Ela pensou em levar apenas às chaves e ir abrir logo a dispensa.

Mas algo chamou a atenção da jovem!!!  Ela sentiu uma necessidade absurda de abrir aquela bolsa, é como se algo dentro da bolsa a atraísse, algo familiar, algo que devería fazer parte dela . Sem pensar mais, Charazad abriu a bolsa se deparando assim com algo estranho, parecia um livro mas era estranho.

Ela pegou então ao que parecia ser um livro e sentiu como se aquele objecto fosse dela, era errado o que ela estava a fazer, mas era como se fosse tão certo, ela sentiu uma e energia muito forte vir do objecto, era algo surreal, depois de ter tocado naquilo ela sentiu como se precisasse do objecto pra viver.
Ela observou aquilo  ,não querendo acreditar nas sensações que o objecto a proporcionava!!! A parte de fora, era dura parecia feita de marfim ou ossos mas ela preferiu acreditar na primeira opção ,seria loucura demais a avó guardar algo feito com osso humano.