Capitulo 2 - Será?

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 Fui me arranjar, daqui a 5 minutos tenho de sair de casa para ir ter com a Abbie, ela está á minha espera no parque mesmo á frente da minha casa, estou com os olhos muito vermelhos e estou a fazer força para não chorar, eu não a quero preocupar... afinal ela é a minha melhor amiga. Visto uma saia preta e uma t-shirt branca, mas como está frio vesti um casaco preto e coloquei o capuz para não se notar que estive a chorar.

 - Mãe vou ter com a Abbie! volto logo antes do jantar!- disse.

 - Ok Sorcha! tem cuidado!- disse a minha mãe enquanto lia o seu livro favorito pela décima quinta vez.

  Sai a correr, uma lágrima não resistiu e desceu pelo meu suave e pálido rosto, limpei rapidamente porque já via a Abbie sentada num banco de jardim a desenhar a grande árvore que nos brincava-mos as duas quando era-mos pequenas.

 - Cheguei atrasada?- perguntei com um grande sorriso no rosto.

 - Como sempre!- exclamou a Abbie depois de soltar umas pequenas gargalhadas, ma depois ficou séria e olhava directamente para mim com uma cara preocupada. - O que se passou? estás pálida e com os olhos super vermelhos! O que o idiota do Conor fez desta vez? 

 - Eu estou ótima! eu não precisas de ficar preocupada! eu só lhe pedi um tempo para pensar no que eu iria fazer...- dei por mim já estava a chorar desesperada e só queria um abraço bem forte de alguém que realmente gosta-se de mim, e a Abbie é perfeita para isso.

 - Tudo o que eu queria era que ele volta-se a ser a mesma pessoa pela qual eu me apaixonei... eu recuso a pensar que aquela pessoa é o Conor!- gritei no meio do parque, a Abbie abraçou me e ficamos assim durante uns 5 minutos até eu me acalmar, depois, ela largou me, sorriu, e deu-me um beijinho na testa.

 - Não precisas dele para nada! olha á tua volta! Sorcha olha o mundo que tens de explorar! o mundo que precisas ver com alguém que precise de viver a vida e que talvez esteja a passar pela mesma situação que tu!- exclamou.

 - Obrigada Abbie... não sei o que seria sem ti! adoro-te!

 - Para que servem as melhores amigas! 

 - Preciso ir andando... falamos depois ok?- disse.

 Sai a correr, as palavras dela nao me saiam da cabeça, pelo caminho lembrei me de uma pessoa que nao vejo á anos mas que era muito importante para mim. O nome dele era Finbar, é um pouco mais velho que eu, conheci-o num campo de ferias quando tinha 8 anos, ele era o mais timido e estava sempre num canto a ouvir musica e a apreciar a natureza, mas um certo dia tomei coragem e fui falar com ele, quando falei com ele parecia que ja o conhecia á anos e que sempre fomos amigos, e por causa dele comecei a ouvir a minha banda favorita... Kodaline... Sempre que oiço os Kodaline lembro-me dos bons momentos que passamos juntos. Mas, aos meus 13 anos ele mudou se e nunca mais falamos, mas ouvi dizer que ele mudou se recentemente para cá, e se isso for verdade preciso urgentemente ve-lo.

Entrei em casa a correr para perguntar á minha mãe se sabia alguma coisa dele, estava super animada pois ele era uma pessoa super especial para mim. Abri a porta e dirigi-me para a cozinha onde a minha mãe estava a fazer a sua especialidade para o jantar.

 - Mãe!- gritei.- Sabes do Finbar?!- perguntei ansiosa para ouvir a resposta.

 - Ah pois é! Eu era para te dizer isso ontem á noite antes de ires dormir, mas acabei por me esquecer! Sim sei! Ele mudou-se para a casa no final da rua faz uma semana!- disse com um sorriso.

 - Mudou-se para a casa amarela? aquela com os portões estragados?- perguntei entusiasmada.

 - Sim, mas ele não anda nada bem.- o sorriso de antes mudou para uma cara séria e um pouco preocupada, assustei-me, o que aconteceu com ele.

 - O que lhe aconteceu?- perguntei com medo de ouvir a resposta.

 - Eu encontrei a mãe dele na rua quando fui ás compras e ela deu-me o seu número, ela disse-me que o Finbar quase acabou com a sua namorada porque encontrou a numa festa totalmente bebada a beijar e a tocar demais nos rapazes, e depois, quando ele tentou leva-la para casa ela deu lhe uma estalada na cara e disse que nunca o amou. O pobre rapaz está trancado no quarto e só sai para comer. - disse a minha mãe triste.

 - Eu provavelmente faria o mesmo...- sussurrei. - Mãe vou para o meu quarto um pouquinho.

 Subi as escadas e só pensava no pobre rapaz, tímido, frágil e super protector que ele é a sofrer daquela maneira, comparada a ele eu não sofri nada. Abri a porta, encostei-a e atirei-me para cima da cama, as palavras da Abbie ainda estavam na minha mente, pareciam presas e não queriam sair, será que a Abbie estava a referir se ao Finbar? não aguentei, sai pela janela, peguei na minha bicicleta e fui até á casa do Finbar, já era de noite... mas eu precisava de falar com ele


Outros temposWhere stories live. Discover now