O exame de Aidan

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Ela estava sentada no colo de Aidan agora, vestida, com lágrimas silenciosas escorrendo no rosto. Ela ainda segurava o ursinho branco com força no peito, agora com muito mais carinho. Aidan passava a mão nas costas dela, com carinho.

- Os curativos podem ser trocados por você mesmo depois do banho dela. - Falou Morgan olhando com atenção para os dois. - Ela está febril, eu quero que cuide disso e reexamine ela nas próximas horas, ok?

- Pode deixar.

- Eu não vi nada errado além disso, mas quero falar com vocês sobre o comportamento que vi hoje aqui. Eu vejo muitas meninas fazendo escândalo, Elena, mas isso foi além disso... você quer contar pra tia o motivo?

- Eu quero ir embora. - Exigiu com a voz melosa.

- Alguém já abusou de você antes, pequena?

- Eu era outra pessoa... eu não quero falar sobre isso. - Ela soltou o segredo.

- Isso tem muito tempo?

- Anos. Uns 5 ou 6.

- Eu sei que você está confusa, querida, e a tia viu uma cicatriz grande aí embaixo. Eu vou pedir pra Aidan levar você para um amigo meu examinar na policia. Acho que você até já o conhece. Rocky. Você vai ser bem boazinha e deixar ele te examinar, e eu vou pedir pro Aidan te dar um sedativo para te ajudar. Vamos encaminhar isso, hoje se possível.

"Obrigado" disse Aidan com os olhos.

- Podemos ir pra casa agora? - Pediu ela.

- Sim. Deixe Aidan cuidar de você, está bem? Leve o ursinho com você... ele vai te ajudar.

- Obrigado, Morgan.

Aidan concordou e pegou Elena no colo. E ela deixou. Deixou e foi no colo dele, agarrada, e só se soltou porque ele precisava dirigir.

Quando chegaram na casa dele, ele subiu com ela no colo e sentou-se na cama com ela, mas ela não soltou ele e nem a roupa dele - e nem do urso. Aidan a abraçou com força e deixou ela se acalentar no colo dele.

- Eu sei que foi difícil, querida. Você foi corajosa.

- Não quero que Rocky me examine.

- Ele vai. - Garantiu. - Você pode dormir durante o processo se preferir.

- Desculpe não ter te contado... dos abusos... eu não gosto de falar sobre isso.

- Vamos falar sobre, mas não agora. - Concordou e deu um beijo no cabelo dela. - Você está bem quentinha ainda.

- Não me dê banho, por favor. - Pediu. - Eu me sinto uma criança.

- Por isso está agarrando com tanta força esse ursinho? - Aidan percebeu.

Elena ficou vermelha e abaixou o ursinho - mas não o soltou.

- Tudo bem, querida, pode ficar com o ursinho. - Sorriu para ela. - Eu não vou te dar banho, mas vou medir de novo sua temperatura e te dar um remédio.

Elena tremeu.

- No braço, né? - Perguntou suspeita.

- Você pode segurar o Branquinho de novo. - Apelidou o ursinho sorrindo para ela.

- Por que preciso ficar tanto nua na sua frente? - Perguntou. - Não quero tirar de novo assim, Aidan. Eu só quero ficar no seu colo... me deixe ficar no seu colo....

- Você vai ficar no meu colo o tempo que precisar. - Concordou. - Mas você está chegando em um ponto bom e eu quero manter isso. Se sentir como uma criança faz parte de soltar o controle... e isso vai te fazer bem, você precisa confiar em mim... eu vou te dar todo colo do mundo, Elena, mas preciso fazer isso do meu jeito. - Falou carinhoso. - Vamos abaixar sua roupa pra mim.

Elena segurou uma mão de Aidan, com força.

- Eu vou te segurar de novo, se for preciso. - Alertou-a.

- Não quero fazer aquilo de novo. Por favor. Deixe-me apenas ficar no colo, Aidan.

- Eu sinto muito, querida. - Deu um beijo na testa dela e já a segurou com força.

Aidan deitou-a com um puxão só no seu colo, rolando sua barriga para baixo. E ela não lutou. Ela agarrou o ursinho e ele suspirou ao ver ela tão entregue.

- Isso mesmo. - Falou abrindo a gaveta ao lado de sua cama. - Vai ser bem rápido.

Elena se agarrava no urso com tanta força que era incrível ela aceitar o brinquedo como conforto. Aidan segurou a roupa dela e a abaixou na sua frente. Até os joelhos. As nádegas dela ficaram expostas no ar e ela fechou os olhos, mas sem chorar e sem fazer uma cena.

- Um pouquinho de líquido... - Ele abriu as nádegas dela e pegou uma bisnaga de lubrificante, derrubando uma porção generosa no ânus dela.

- Eu não gosto do líquido.

- Fica melecado, não é? - Ele sorriu. - Mas é preciso para não te machucar. Agora, relaxe bastante e não faça força.

Elena sentiu o objeto deslizando e ficou dura e gemeu.

- AI AI AI - Tentou impedir colocando a mão para trás.

- Mãos no ursinho. - Aidan segurou ela com força.

- TÁ DOENDO! - Chorou.

- Shhhhhh... já vai acabar.

- ESSE É MUITO GROSSO! - Berrou. - TIRA!

Ela bateu as pernas e ele beliscou o bumbum dela.

- Para. - Ordenou com a voz curta. - Deu! Pode chorar mas vamos acabar com isso. Se comporte.

- Está doendo, Aidan!

- Eu sei. - Ele não prestou atenção ao escândalo, mas ao invés disso, ele puxou o termômetro quando ele apitou. - Ok, não está muito alta. Vamos tomar um tylenol e colocar uma toalha molhada na sua testa. - Ele abriu as nádegas dela com as mãos e pegou um lenço ao lado da cama.

- NÃO ME LIMPA! POR FAVOR! EU NÃO QUERO!

- Eu vou te limpar quantas vezes eu achar necessário. - Afirmou. - Para com isso!

- ISSO DÁ VERGONHA!

Aidan nem respondeu, mas subiu a roupa dela e a virou na cama. Ela estava com o rosto vermelho e parecia confusa.

- Ok, agora vamos te dar um remédio e colocar um pano na sua testa.

Elena dormiu com facilidade, com tanta facilidade que ele nem percebeu a hora passar. Ficou ali, ao lado dela, com a toalha na testa dela, fazendo a temperatura baixar.

Quando seu celular tocou, ele lamentou ao ver o nome de Joel.

- Olá, Joel.

- Aidan. - A voz veio pelo telefone. - Sabe onde está Elena?

- Dormindo. - Falou. - Aconteceu alguma coisa?

- Daisy está morta, mesmo padrão. - Suspirou. - Acabei de ligar para Paula e ela não me pareceu surpresa. Preciso de você e de Elena na cena do crime, agora.

"Merda", pensou Aidan, "a menina mal tinha dormido!"

- Ok, estarei lá.... e Joel... eu quero que Rocky examine Elena hoje, ela concordou.

- Ok. -Ele concordou. - Ok, Aidan.

Aidan olhou para a menina na cama e decidiu que podia esperar mais dez minutos antes de acordá-la e dizer que a última de suas melhores amigas estava morta.

O Covil SohoWhere stories live. Discover now