Nesta história, você acompanhará Marina, uma jovem rebelde que precisará confrontar as mágoas do passado para ter um futuro feliz. Ela sofreu uma tragédia e se transformou em uma pessoa amarga demais para a sua idade. Agora, somente a força de um gr...
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Manu: Entrevistas, Pandemia e Amor.
Sinopse:
Manu é uma jovem cheia de sonhos que luta para se virar sozinha na cidade grande e mostrar a todos, inclusive a si mesma, que já é adulta.
Uma entrevista desastrosa faz com que ela adie seu sonho de se tornar uma editora de livros renomada. O tempo passa e uma nova oportunidade surge na forma de duas outras entrevistas – uma delas no local da última vez.
Manu terá que decidir se arrisca voltar ao lugar onde pagou o maior mico da sua vida, ou se deixa o passado para trás e vai em busca de um novo caminho.
Uma gata muito esperta, inúmeras trapalhadas, e um amor platônico em meio à pandemia, tornarão essa jornada única.
O que o destino reserva à Manu?
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Agora, voltemos ao livro Paixão e Rebeldia
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Capítulo 1
― Dona Geralda, a senhora nem imagina quem chegou de madrugada da rua. Uma moça tão nova, perdida desse jeito...
Quando o celular despertou pela quarta vez, Marina desistiu de apertar o botão de soneca e abriu os olhos. Em seu íntimo, sabia que estava atrasada. Precisaria de um banho, contudo, para começar a raciocinar corretamente.
Após a escapada da última noite, restaram-lhe poucas horas de um sono agitado. O único motivo de ir para a escola naquele entediante primeiro dia do último ano do ensino médio era marcar presença e saber das poucas novidades das férias de alguns amigos que tiveram a sorte de viajar no fim do ano.
Por sorte o tempo vai passar rápido e logo eu estarei fora daqui, pensou, sobre Passa Quatro, uma pequena cidade localizada no sul de Minas Gerais, onde vivia com a mãe desde os oito anos de idade.
Após se vestir e tomar uma caneca inteira de café preto, Marina mordeu um pão francês e saiu apressada, parando no portão para encarar as vizinhas fofoqueiras cujo passatempo favorito era falar da sua vida. E como olhar carrancudo não mata ninguém, desistiu e saiu correndo antes que perdesse a aula de vez.
O inspetor terminava de fechar o portão quando Marina se aproximou ofegante.
― Seu Nestor, espera aí ― gritou ela, agarrando a grade do portão. Nestor, que era considerado parte da estrutura da escola pela quantidade de tempo em que trabalhava lá, parou e suspirou.
