Cary, Carolina do Norte , EUA -
Dezembro, dia 11, sexta-feira
Acordo com um celular tocando ao meu lado, bocejo fraco e vejo uma das meninas se levantando.
– O que você quer?– ela atende o celular antes de sair do quarto e passo as mãos pelo rosto um pouco sonolenta e me sento.
– Bom dia– Lucas diz virando seu corpo para parede e cobre o rosto com o edredom.
– Ei– puxo seu rosto para me olhar.
– Amanda– ele resmunga.
– Só deixa eu ver como ficou– digo passando os dedos pela maça do seu rosto.
– E ai?– ele pergunta.
– Ta machucado– digo.
– Deita aqui, deixa isso pra lá– ele puxa meu corpo pela cintura e me aconchega em um abraço.
– Não ta sentindo dor?– pergunto acariciando seu rosto.
– Que horas quer sair hoje?– ele muda de assunto sem me responder.
– Lucas...
– Não esta doendo– ele diz pausadamente– Não precisa se preocupar com isso.
– Foi ridículo toda a situação– digo tirando as mãos dele de mim– O jeito que você falou, as coisas que você disse...
– Foi mal– ele pede me abraçando mais uma vez– Eu estava bebado.
– Isso não é desculpa, foi feio e achei desrespeito comigo.
– Não fui desrespeitoso com você– ele diz negando.
– Eu me senti desrespeitada quando falou da Talita como um objeto– digo.
– Desculpa, não vai acontecer de novo esse cara me tira do sério.
– Então tem que aprender a se controlar.
– Eu vou– ele garante acariciando meu cabelo.
– Mas foi certo bater nele depois do que ele falou de mim– admito baixo próximo ao seu ouvido e ele sorri.
– Gostou?
– Não posso dizer que gostei porque me deixou muito nervosa na hora mas analisando agora acho que gostei– ele encosta o lábio no meu e faço uma careta antes de me afastar– Que nojo, ainda estão com gosto de cerveja.
– Chata– ele resmunga se levantando da cama– Não esquece do nosso encontro mais tarde, te quero pronta sete e meia.
– Já sabe aonde vamos?– pergunto me sentando na cama e ele concorda com a cabeça.
– Nem tente perguntar– faço um biquinho triste e ele vai para o banheiro.
– Não tenho nem uma pista? Preciso saber como me arrumar– digo o abraçando por trás enquanto ele começa a escovar seus dentes.
– O que quiser, fica linda com qualquer roupa– ele me diz se virando de frente para mim.
– Não vou receber nenhuma dica então?– ele nega encostando a mão na pia.
