O santuário de Diamante era composto por milhares de rochas flutuantes, que ficavam no meio de duas altíssimas montanhas, ou seja, o vento ali era muito forte. Era como um túnel de ar.
– Ótimo! Você estava pretendendo nos mandar pelos ares? – Rubi reclamou assim que puseram seus pés nas rochas.
– É tentadora sua oferta, parceiro, mas dessa vez vou deixar você viver. – Dim retrucou e pulou de rocha em rocha até Luciana. – Safira, está pronta?
– Depende do que você considera estar pronta, mas acho que sim. – Ela tentava desesperadamente manter os cabelos no lugar.
– Então, vamos começar! Você vai fazer um feitiço para exercitar seu equilíbrio.
Dim começou a fazer alguns movimentos suaves com os braços. Pareciam uma dança lenta, elegante e extremamente bonita. Enquanto isso, ia recitando as palavras:
A leveza trazida
Na pena contida
O equilíbrio elemental
Ajudará contra o Mal
O corpo dele começou a emitir uma aura prateada, que tremulava levemente embora o vendaval quase os fizesse sair voando pelos ares, como Rubi havia comentado antes. As rajadas de vento foram se intensificando cada vez mais na altura de Luciana e Dim, apenas Esmeralda e Rubi estavam em segurança.
A garota começou a se desesperar, mas, nesse instante, Dim gritou para que ela tentasse proferir o feitiço de equilíbrio. A vontade de gritar a plenos pulmões que não conseguiria era grande, entretanto, não queria se passar por fracote na frente dos outros.
– Tudo bem! Vou tentar!
Luciana precisou repetir o feitiço três vezes para que funcionasse, e quando finalmente conseguiu, já estava quase caindo de sua pedra e praticamente sem fôlego. Uma luz azulada cercou o corpo dela, quase era possível sentir sua energia pulsando, e assim os golpes de vento forte já não surtiam mais efeito.
– Isso! Parabéns, Luci!! Você conseguiu! – Esmeralda comemorou com alguns pulinhos de alegria. – Você vai vencer aquela garota!
– É. Que bom que você conseguiu. Pelo menos agora sabe se defender, mas ainda precisa aprender a atacar. – Rubi estava encarando-a de braços cruzados.
O vendaval ao redor deles havia diminuído consideravelmente após um comando de Dim, e agora estavam reunidos para decidir o próximo passo.
– Atacar? E quem vai me ensinar isso? Você? – Luciana questionou, erguendo o queixo, irritada com o modo como falou com ela.
– Exatamente. É melhor ir logo antes que eu me arrependa. – Com isso, Rubi recitou o feitiço que os levaria ao Santuário da Pedra de Rubi.
O santuário dele era dentro de um vulcão adormecido, que mesmo assim conseguia emitir um calor insuportável. Dim começou a reclamar, o que era raro para ele.
– Está muito quente! Estou ficando sem ar. – Resmungou, puxando a gola da camisa branca que vestia.
– O guardião do ar ficando sem ar. Isso não é irônico? – Rubi não perdeu a chance de provocar.
– Não vamos começar a brigar de novo! – Esmeralda ficou entre os dois, com os braços estendidos. – E não está tão quente assim.
– É claro, Esme. Você vivia no deserto. Não está sentindo o calor como nós. – Luciana não gostava do frio, tampouco gostava do calor, preferia o meio termo, como as tardes de outono e de primavera.
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Portal Dos Sonhos [A Revisar]
FantasyVocê já parou para pensar de onde vem seus sonhos insanos? Por que parecem tão reais? Por que os pesadelos insistem em te atormentar? Não acredita nas respostas da ciência? Luciana também não acreditava e descobrirá as verdadeiras respostas da pior...