Capítulo 30 - De quem é a culpa?

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- Felipe? -Encarei seus olhos ainda fechados, nada mais mexia.

Seria apenas loucura da minha cabeça?

Não.

Eu senti mesmo seus dedos mexerem junto aos meus, sei que ele me sentiu e mesmo que nada mais mexa, foi um sinal que ele está comigo!

- Obrigado -Sussurrei com um sorriso sincero no rosto antes de lhe dar um beijo em sua testa e pedir a Deus com que ele deixasse Felipe comigo.

Meus olhos novamente estavam marejados mas pela primeira vez nesse dia, em meu coração tinha uma imensa paz...

- Vamos, meu amor? -Minha mãe me chamou da porta assim que o horário de visitas acabou- Tá na hora -Ela me lembrou.

Saí daquele quarto com a certeza que Felipe estaria comigo. Eu podia não ser médica nem nada assim, mas o que senti naquele dia foi realmente confortante.

Fui até em casa em silêncio, olhava para a rua tentando não pensar em nada que acontecia em minha volta.

- O que o Felipe é seu, filha? -Minha mãe indagou, o que me fez pensar ainda mais.

- Meu amigo -Respondi meio que automaticamente.

- Somente amigos? -Minha mãe sorriu ironicamente.

Na verdade nem eu sabia direito o que sentia por Felipe, "Amor ou amizade?", acho que não teria aquela resposta.

Chegamos em casa e diversos carros de polícias estavam parados em frente a mesma. Fiquei observando ainda em choque tantos policiais na porta da nossa casa.

- O que estão fazendo aqui? -Olhei ainda assustada pra minha mãe.

Eles andavam de um lado para o outro, olhando cada espacinho da varanda, eram 3 carros de policia, e mais ou menos 9 policiais. 

Para que tanta gente para uma casa só?

- Boa tarde, Lucy Willians, estou certo? -O policial veio falando olhando diretamente pra mim.

- Sim? -Meus pensamentos se confundiam, que diabos eles estavam fazendo aqui?

- Meus senhores, deve estar havendo algum mal entendido -Minha mãe foi se metendo na minha frente, entre o policial alto que mais parecia um armário.

- Recebemos uma denúncia de tráfico neste endereço e pelo que entregaram, a dona da droga que achamos é Lucy Willians! -O policial tirou minha mãe delicadamente da minha frente e voltou a me encarar.

Os outros policiais continuavam vasculhando toda área da minha varanda enquanto apenas aquele homem de mais ou menos 1,90 de altura, moreno, ombros largos e olhos incrivelmente negros.

Mas espera aí. Drogas?

- Drogas? -Olhei pra minha mãe e novamente para o policial incrédula.

- Sim, as drogas que achamos em baixo da pedra ao lado daquela árvore -O tal policial lançou o olhar para a árvore gigante que havia no meu quintal que cobria quase a minha casa inteira com sua sombra.

- Vocês só podem estar confundindo -Minha mãe novamente falou tentando acalmar a situação.

- Minha senhora, achamos uma bolsa de drogas no quintal após denúncia e com o nome de Lucy Willians. Acha mesmo que estamos confundindo? -Ele fez sinal para os outros policiais que logo foram vindo na minha direção.

- Não podem me levar, eu não tenho nada a ver com isso -Tentei me defender quando uma policial loira começou a me algemar com toda brutalidade- Eu estou grávida -Tentei falar o óbvio já que minha barriga grande não escondia isso de ninguém.

AMOR PSICOPATA (Concluído)Where stories live. Discover now