Capítulo 2 - Cinco anos atrás

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- Amor para de ficar jogando a almofada em mim - peço

- Ta bom parei - ele diz em sinal de redenção.

Meu celular apita, era uma mensagem de Felipe:

'Te vejo mais tarde, vou te pagar o sorvete que te devo. Beijos sua chata'.

Jonas toma o celular da minha mão em um ato brusco.

- Eu já falei que não gosto que você fica de conversinha com esse cara né - ele diz com a voz alterada.

- Ele é meu amigo, quantas vezes vou ter que repetir?

- Amigo o caralho, eu não quero você conversando com ele, se quer sorvete me pede que eu te pago.

- Ele vai me pagar porque perdeu uma aposta.

- Não interessa - ele grita e joga meu celular na parede.

- Olha o que você fez - digo indignada.

Meu celular se espatifou no chão.

- Só assim pra você parar de conversar com ele.

- Você não tinha esse direito Jonas - grito.

- Eu sou seu namorado e você tem que me obedecer - ele diz em um tom de ameaça.

- Eu vou embora, vê se pensa no que você fez.

Coloco minha roupa, pego minha bolsa e vou em direção da porta.

- Você não vai sair daqui - ele segura meu braço e aperta forte.

- Me solta Jonas, está me machucando.

- Então fica aqui.

- Eu vou embora, depois conversamos.

- A gente estava tão bem, mas esse seu amigo tinha estragar - ele continua apertando meu braço.

- Foi você que estragou tudo, me deixe ir.

- Vai então - ele me solta e eu saio.

Percebo que seu aperto foi tão forte que meu braço ficou marcado.

Decido ir até a casa de Felipe.

Chego lá, toco a campainha e ele logo me atende.

- Que surpresa ver você aqui agora, considerando que você não me respondeu - ele diz.

Entro e me sento.

- Estou sem celular, desculpa.

- Está sem? Por que?

- Quebrou.

- Quebrou? Assim do nada?

- Deixa pra lá ta.

- O que é isso em seu braço? - ele pergunta se referindo ao roxo que Jonas deixou.

- Nada, eu bati na porta.

- Manuela, quer para de mentir pra mim?

- Eu não estou mentindo, eu estava saindo com pressa e bati na porta, só isso.

- Eu conheço você, pode me contar o que aconteceu, eu sou seu amigo.

- Foi o Jonas.

- Ele te bateu?

- Claro que não, ele só estava nervoso e segurou meu braço com força, ele não tinha a intenção de me machucar.

- Mas ele machucou.

Meu Melhor Amigo [Degustação]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora