IIII PRESA EM MIM MESMA

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    Uma mulher cai sobre meu teto, afirmando ser de lugar nenhum, e ainda fica me analisando com seus arregalados olhos verdes, o que você faria no meu lugar? 

    Após me analisar, virou seu rosto e encarou o corredor, como se pudesse ver além das portas fechadas.

  Enquanto eu estava a ponto de fazer minhas necessidades ali mesmo, de tanto medo que eu estava.

__ Você perguntou quem eu sou? Exclamou a mesma com um olhar meio robótico. 

__ Ah...si...Sim. Disse gaguejando quase sem dizer nada. 

__ Existe uma teoria... __ Você precisa vestir alguma coisa. Interrompe ela dizendo pois avistei sobre o vidro da janela uma luz como de uma lanterna. 

Minha salvação. Pensei.

  Eu estava assustada, mas se ela é uma maniaca querendo me matar, e lá fora for a policia eu estou salva, mas não podem ver ela assim, pelada. 

  Corri sobre o corredor, e seu verde olhar me acompanhou. 

  Segurei firmes com as mãos tremulas minha grossa toalha branca. Me aproximei dela, seus olhos ainda me acompanhavam e de alguma forma, eu não tinha medo dela, eu sentia que pudia confiar. Estendi a mão com a toalha, e ela encarou um pouco assustada, parecia não saber oque era aquilo. 

 TOC TOC ... Bateram na porta.

__ Droga...Ok...É... Falei encarando a porta e encarando ela, e tudo ao meu redor parecia virar, o teto sobre o chão os cacos de vidros nadando sobre o sofá. 

__ Toma, vo...você...Precisa usar isso. 

 Repousei a toalha á mesa, e fui em direção a porta.

 Assim que abri, avistei um policial fardado sobre a varanda, analisando os detalhes, então sair e deixei a porta entre aberta.

__ A, oi, você é ? Disse ele. 

__ Camila? Disse eu em um tom de pergunta. Enquanto esfregava meu braço sobre o casaco folgado em busca de um pouco de calor.

__ É que o pessoal que estava ali no bá, dizem ter ouvido um barulhão vindo daqui, eu não sei...Talvez...Sabe...Você ouviu? 

 Claro que ouvir, mas é que...Tinha algo de errado. Algo muito errado em mim. 

__ Eu não ouvir nada, deve ter sido um engano. Disse com um sorriso entre os dentes, enquanto a brisa fria junto com o barulho do má me envolvia. 

  Algo me fez falar isso, algo tomou conta da minha mente, eu sentia como se estivesse ali, mas presa em mim mesma.

Ele me encarou com um olhar duvidoso e mirou sua lanterna sobre a porta.

__ Posso entrar? Eu acredito em você. Só quero, ter certeza sabe?  Esse é o meu trabalho.

__ Ter certeza? Falei acompanhando seus passos com o olhar.

__ Você está sozinha? O que são esses cacos? Disse entrando, quando ouviu um barulho de algo caindo no corredor, mirou sua lanterna sobre a sala clara, mas a lanterna falhou, aparentava está sem bateria. 

Então mirou sua visão para o teto.

E um desespero subiu sobre mim, e eu simplesmente voltei. Voltei para mim, para o meu corpo.

__ Ok, ok eu posso explicar isso. Disse me aproximando enquanto ele estava parado entre a porta encarando o teto.

__ É que uma... Encarei desesperada o teto.

E não havia nada, não havia um buraco nem o teto sobre o chão, apenas uns cacos de vidro do lustre que parecia quebrado.

Tudo em mim trancou, não passava nem o pensamento de um piolho pelos buracos mais pequeno.

__ O que houve aqui? Disse ele com um jeito sensato por vez me encarando.

__ Eu...sei lá, sabe, tentei fazer um bolo...Mulher e maquina...Sabe? ...Mas...

  Eu não sei o que estava acontecendo comigo, era realmente eu, que estava falando aquilo, eu deveria simplesmente dizer a verdade, mas não era isso que eu estava fazendo.

  De repente aquela mulher surgiu nua no começo do corredor com o cabelo e o corpo molhado, segurando firme a toalha na mão. E uma respiração aliviada tomou conta de mim. Enquanto o policial se assustou, e rapidamente parou de encara - lá, ao ver que ela estava pelada. Mas á reação dela foi só encara - lo com seus olhos verdes, como se não se importasse. 

Eu não estou louca? Ela realmente existe. Ela caiu do teto, e agora o teto ta intacto...QUE, como isso é possível?

O policial voltou para a varanda, e passou a encarar o nada.

__ Ow, é desculpe, eu pensei que estava sozinha, então ela é sua...Você sabe...Você é?...Sabe?...Não importa... Preciso ir. Disse ele envergonhado.

__ Tome cuidado da próxima vez que for fazer alguma comida, não toque fogo na casa senhorita Camila. Disse me encarando com um sorriso amarelo. 

__ OKay! Eu respondi, com uma cara de tonta, por não saber o que esta acontecendo comigo!

Retornei para dentro de casa, como uma internet lenta, minha mente parecia está carregando abas e mais abas...

A porta estava entre aberta, quanto tentei encara - la, mas ela havia sumido. 

Senti um calor me tocar, e uma brisa fria entrou pela porta entreaberta que eu esqueci de fechar.

__ Eu sei que você está ai. __ Me fala o que você quer? __ Como fez para o teto voltar a ser o teto? __ 

E no piscar de olho, ela surgiu em minha frente, perto da mesa, ela ainda estava nua, seus cabelos molhados e deitados para trás, suas curvas eram tão perfeitas, e eu nem sei, por que reparei isso. 

__ Você é filha do homem. Ela inclinou seu braço com a toalha, e logo escutei a porta se fechar atrás de mim.

__ Que po... Uma face confusa e assustada encontrou meu rosto.

__ Você deveria ser um homem. Deveria está esperando por mim, deveria está preparada. Ela disse, como se suas falas fossem robóticas. 

__ De que planeta você veio ? Eu já estava irritada com tudo aquilo, tomei em mãos minha postura de durona, e me aproximei, tomei firme a toalha da mão dela, e coloquei cobrindo a parte da frente de seu corpo, e logo me vi sendo encarada de perto por aqueles olhos verdes que parecia confusos, e aquilo me causava arrepios.  

__ Existe uma teoria... Mas não entendo. Você deveria ser filha do homem.

Ela continuou...Próximo capitulo.

CANCELADA TEMPORARIAMENTE • Strange woman ➸ BASEADA EM CAMRENWo Geschichten leben. Entdecke jetzt