Tranquilidade

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Preparadas? Estamos cada vez mais próximas do final. E já me dói saber que Nina e Vitor estão começando a nos dar tchau.

***

Depois de terem resolvido tudo na Faculdade, Nina e Vitor se ocuparam de mostrar a todos as belezas do rancho. Rissa queria ir até a cachoeira e Javier a levou, já que conhecia o lugar. Cara queria ir mas o olhar do irmão a fez parar. Isso e a risada de César.

Nina ria da cara da irmã para o namorado. Ela ainda não o havia perdoado por conhecer a tal Carmen.

Melina estava mais tranquila e animada. Aliás pela troca de farpas entre ela e Kane, seria de esperar logo por uma lutar livre no terreno.

Ver Kane apresentado um comportamento tão atípico era muito engraçado. E ela disse isso a Vitor enquanto este fazia uma massagem em seu quadril. Algumas horasmais tarde. Não que ela realmente precisasse. Mas ele parecia gostar tanto que ambos aproveitavam aquele momento.

- Melina despertou algo em Kane - Ela disse e Vitor apertou seu quadril em resposta.

- Ele é muito velho para ela - Em rosnou e mordeu de leve a perna dela.

Nina riu e em seguida gemeu ao contato da boca dele na cicatriz ainda sensível.

- Ok ciumento. Apenas acho que Kane seria bom para ela. E ela uma lufada de ar na seriedade dele.

Deitando ao lado dela ele peeguntou:

- Desde quando você se tornou uma casamenteira?

Em sentou e se virou para ele antes de dizer:

- Desde que ser amada por você me fez a mulher mais feliz de todas.

Ela o olhava com tamanha sinceridade que ele se sentiu enorme. Nina era a sua metade, sua melhor metade e agora eles teriam um bebê.

- Eu te amo duende. Te amei a vida inteira e sei que vai muito além disso.

Ela assentiu e o beijou com carinho

- Eu te amo também Vic. E nosso bebê também.

Ele a beijou com carinho e paixão. Ambos perdidos no momento até que a barriga dela roncou alto.

Rindo ele a ajudou a levantar dizendo:

- Vamos. Meu filho quer comer.

Ela sorriu até que franziu a sobrancelha

- Pode ser uma filha.

Ele parou e quase imitando a clássica cena de "O excorcista" virou a cabeça na direção dela que também parou.

- Já há mulheres demais. Precisamos de homens que nos ajudem a não enlouquecer com vocês. - E se virou, apenas para sentir um tapa forte no alto da cabeça.

Se virando para ver o que havia acontecido se deparou com uma Nina de mãos na cintura. E zangada.

- Então quer dizer que meu bebê só serve se for menino? - Ela parecia tão chateada que ele acabou por rir. E desviou do celular que ela atirou nele. Ele ia reclamar quando a viu começar a chorar.

Chegando perto dela em segundos a tomou nos braços enquanto dizia:

- Nina, eu amo e quero nosso bebê. Seja ele menina ou menino. Duende, eu o amaria ainda que ele tivesse orelhas pontudas e fosse verde.

Ela não parecia convencida, mas aos poucos graças aos beijos e palavras sussurradas, ela começou a sorrir. Até que a barriga roncou ainda mais alto e os dois riram.

- Vamos papai. Vamos alimentar esse bebê.

Mas ele não se moveu. E foi a vez dela se virar e o ver olhando fixamente para ela.

- Papai? - Ele sussurrou - Diz de novo

Ela sorriu entendo a emocao dele e disse suavemente:

- Papai...

Ele segurou a mão dela e juntos desceram.

Todos já estavam na varanda de trás e Carlo se ocupava da churrasqueira.

Alissa estava deitada em uma cadeira e parecia absorta. Cara e Rissa riam junto com Melina. Os homens ajudavam Rosa a por a mesa.

Vitor foi até a mãe e a beijou carinhosamente. Enquanto ela ia até o pai e o abraçava.

- Feliz rouxinol?

Sorrindo ela disse apenas

- Infinitamente

Nesse momento ouviram um carro parar e aguardaram.

Kyle chegou e trazia mais comida. Nina sentiu o cheiro de algo que lembrava canela e gemeu.

- Kyle pare de fazer minha mulher gemer. - Vitor disse. Mas ao ver o que o amigo trazia, ele mesmo deu um passo adiante.

Na bandeija que Kyle havia colocado na mesa havia uma torta de amoras. A favorita dele.

Vitor viu o amigo percorrer tudo com os olhos, como se procurasse algo até que viu Alissa deitada. E saiu.

***

Alissa viu quando Kyle chegou com a torta cheirosa. Mas também viu quando ele a achou. O homem era lindo, ainda mais com aquela camisa preta e o maldito chapéu.

Ela poderia passar horas apenas olhando para ele. Mas mudou de ideia quando ele se virou. Aquela bunda com certeza merecia algumas mordidas.

Pare Alissa! Ela ralhou em pensamento. La Estava ela, doente, sem grandes esperanças, feia. E desejando um homem que poderia ser capa de revista. Digno das melhores campanhas. Era patética mesmo.

Ele voltou alguns minutos depois e trazia algo na mão. Mas ao invés de ir até a mesa, vinha em direção a ela.

- Alissa... - E estendeu a ela um embrulhinho.

Alissa viu com surpresa um pequeno par de olhos pretos e um focinho rosado.

Um filhotinho de cachorro.

Ela olhou para Kyle e para o filhote e sorriu. O primeiro sorriso verdadeiro em dias.

MEU TORMENTO 02 - um amor esquecidoWhere stories live. Discover now