A arte sob o signo da profanação

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E porque não? porque não nos submetermos á crua realidade que a existência tem para nos oferecer. Observando a esfera humana não posso deixar de detonar a frieza, dura mas real do conteúdo que um mero saco de carne contem, transmutando-se lentamente numa estatuária funerária, fria, cinzenta e ignóbil, desprovida de dignificação ou interesse, incontrolável  numa pária do que antes era, do que poderia ser e no que se tornou.

Pois aqui coloco a mera questão da arte de existir, do sentimento, da sensação e do toque da brisa gelada que nos coloca sob a realização do nosso próprio fim. Enjaulados coagimos de acordo com a evidencia, retemos a designação comum e crescemos lentamente de acordo com a versão adulta entreposta no dicionário.
 E se por alguma razão um louco vagueando pela sua própria razão gritar independência, resistimos...............falar , ler viver, palavras que desconhecemos no nosso intimo e adoramos como os ídolos da babilónia presos de acordo para com a ignorância, desligando a mente numa resistência virtual e consumista numa produção capitalista do fascismo moderno auto proposto por um ser assustado, amedrontado pela importância do seu grão, da sua semente individualizada cada vez mais em pequenos cadernos de bolso digitais programados como um elo de substituição do EU programando um ser outrora selvagem num animal domesticado pela sua própria ganancia e ambição de progresso.


Serei louco, talvez mas recusando-me a participar nesta embriaguez colectiva a quem apenas Calígula conseguiria superar, só relembro Dostoievski á minha alma cómoda, ébria, que meramente poderemos alcançar sucesso e avanço quando o fizermos participar na transcendência pessoal e criarmos um elo com uma natureza á tanto perdida no meio de tantas inovações recriadas no Homem para o Homem sem o serem realmente matéria digna de tal grandiosa confiança.

Olhem para o passado pois nele reside a nossa maior esperança para com o terrível futuro a que Hades reservou um lugar especial, sorrindo a cada movimento e a cada palavra proferida.
  Liberdade ou profanação na vida, pois bem, penso que terei de escolher a segunda, escolho pois a arte, o profano, sim, o pensamento em deterioramento da ignorância, tristeza e miséria á felicidade pois não fui feito, não FOMOS feitos para existir dentro dum ecrã, mas dentro da vida em si,  sim prefiro existir na morte do que morrer em vida.

Somos todos filhos de alfred rosenbergWhere stories live. Discover now