11° Ajeitando As Coisas

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Eu estava assistindo um filme qualquer no notebook de Josh enquanto ele tomava um banho, ficaríamos a tarde toda assistindo e comendo besteira até não ter mais o que assistir ou cairmos no sono. Após seu ataque de sermão e me deixar com um peso considerávelmente tão grande na consciência que tenho a impressão de ter engordado dois kilos, e os perdido pelos olhos, pedi para que Josh me desse um tempinho para pensar e que ele esquecesse um pouco suas preocupações para me deixar compensar a minha ausência, mesmo que fosse pedir muito em sua situação atual

— Evelyn pega minha toalha por favor! — Josh grita do banheiro

— como você vai tomar banho e esquece da toalha — respondi rindo e me levantei da cama — aonde está?

— na porta do guarda roupas! — ele grita de novo e eu já vejo a toalha azul pendurada na porta do guarda roupa juntamente com muitas roupas ao avesso

— aqui

Dei dois toques na porta e a mesma abriu no terceiro com o impulso que dei no toque. O vapor do banheiro se espalhou com o vento ao abrir a porta e Josh resmungou no Box por isso

— mas que merda! Fecha essa porta, tá frio! — ele grita me fazendo rir

— você não tranca a porta, eu abri — falei ainda com a porta aberta

— e como você ia me deixar a toalha, inteligência? — ele pergunta e eu tenho que revirar os olhos

— então não reclame do frio — falei voltando os olhos para o Box abafado por uns segundos

— sai daqui vai — ele ri e me lança uma tampa de alguma coisa, da onde ele tirou isso

(...)

2012...23:30pm
Londres

Assim que papai saiu por aquela porta segurei por uns míseros segundos o choro, esperando que ele voltasse pela mesma porta e dissesse que aquilo não passava de uma brincadeira, e realmente esperava com esperanças que fosse mesmo, mas isso não aconteceu, mamãe permanecia parada ao lado da porta com uma mão apoiada a mesma e com a cabeça baixa. Deixei as lágrimas escorrerem por meu rosto e voltei meus olhos para mamãe

— porque?...— perguntei baixo, do alto da escada

— Vá dormir Evelyn, amanhã conversamos eu, você e sua irmã — ela responde sem me olhar

— porque deixou ele ir? — perguntei mais alto sentindo uma pequena parcela de raiva começar a crescer

— Você não entende...— continuou ela com a voz baixa, buscando se acalmar

— oque você fez? — mais lágrimas rolavam por meu rosto enquanto eu descia as escadas

— oque seu pai fazia não era o certo, ele precisava ir

— não! Ele tem que ficar com a gente, ele não fez nada de mal

— as corridas, o dinheiro...

— você não gosta mais do papai... Você...— afirmei buscando palavras para expressar minha indignação, e nesta hora ela finalmente me olhou

— não pode acreditar em tudo que seu pai disse, ele não pode fazer sua cabeça também — ela tentou se aproximar de mim, mas dei um passo para trás a impedindo de continuar

— eu vejo você saindo tanto ultimamente...sempre— falei fechando os olhos tentando achar o significado daquilo

— Evelyn minha filha, seu pai não sabe oque diz...— ela tentou

AnarchyWhere stories live. Discover now