Capítulo 6 - Nicolas

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Assim que Lizzy entrou em sua barraca, resolvi ir para minha, quando entrei, me deitei. No meu lençol tinha o cheiro do perfume de baunilha dela, sorri para mim mesmo.

Ela já havia ganhado meu coração, eu tinha certeza disso, no momento em que pus meu olho nela, naquele estacionamento , no dia em que viemos para o acampamento, eu vi que ela era diferente, eu podia está completamente errado, pois a conhecia a alguns dias. Tudo que pensei quando a vi, foi em tê-lá pra mim, porque ela foi a única nesse acampamento que não deu em cima de mim, a única que não me viu no ônibus, porque todas as outras viram.

No momento em que falei da minha mãe, não quis que ela soubesse que ela morreu por culpa do meu pai. A mesma foi buscá-lo numa noite chuvosa, era sexta feira e ele saia pra beber, ela pegou o carro e saiu, quando estava perto do bar, um outro carro bateu no seu, ela morreu por conta de uma hemorragia interna, meu pai sempre se culpou por tudo, começou a beber mais, nunca estava presente, até hoje é assim.

Eu achava que a Lizzy iria dizer "sinto muito" ou "que pena" mas não, ela mudou de assunto, eu posso está sendo clichê, mas ela ganhou meu coração naquele momento, disso eu tenho certeza. Farei de tudo para ela ser minha, farei de tudo para ser um cara legal com ela.

◀▶

— Acorda marica! —Art grita entrando em minha barraca.

Abro os olhos vendo ele, o mesmo bagunçou a minha cama toda.

— Porra cara! Isso é invasão de privacidade — digo me sentando na cama, ele ria.

— Não tenho culpa se sua namorada Marisol está querendo te ver — ele diz, fazendo careta.

— Tenho que me livrar dela — digo, começo a vestir minha roupa, já que tinha tirado para dormir.

— Como se fosse fácil — ele diz revirando os olhos castanhos.

—Pra mim é —  pisco, ele balança a cabeça negativamente e sai da minha barraca.

Arrumo minhas coisas, já que iríamos voltar pro acampamento, quando terminei sair da barraca, desarmei e deixei as coisas no chão.

— Bom dia — Marisol gruda em meu pescoço, sorrio forçado para ela, a mesma vai me beijar mais a afasto.

— Precisamos conversar — digo a levando pra longe do pessoal.

— Diga então — pede ela.

Coço a nuca, procuro algo inteligente para falar com ela.

— Não da mais pra gente ficar —  falo normalmente, ela abre a boca surpresa.

— O que? — ela quase grita.

— Não dá mais pra gente ficar, eu gosto de outra garota — respondo, ela tem seus olhos cheios de lágrimas.

Recebo um tapa em minha cara.
— Nunca mais olhe na minha cara —  diz e sai pisando firme.

Olho para o pessoal do acampamento que me encaravam perplexos, Lizzy me olhava também, sua boca estava entre aberta.

Suspirei e fui em direção a Art, ele ria, sempre era assim, quando terminava com alguma garota, recebia um tapa na cara ou era xingado publicamente, até me acostumei.

— Mandou bem, Nic — ele debocha rindo.

— É a vida —  digo dando de ombros, pego minhas coisas e sigo a trilha com o resto do pessoal, que já começava a sair.

Se há erros, Sorry, não revisei direito.

Não se esqueçam do voto!

Acampamento Para Jovens Talentosos - Manuela PereiraWhere stories live. Discover now