Spider-Gwen - Livro II

Capítulo 43

Mesmo depois de ter percorrido quase a cidade toda, não encontrei Peter. Parecia que ele estava me evitando.
Como já estava ficando tarde, resolvi voltar para casa e descansar para o próximo dia.

Eu não sei porque, mas hoje de manhã acordei com uma sensação estranha. Um pressentimento ruim. Mesmo assim, fui para o colégio encontrando com Michelle e Andrew no corredor olhando para algo a frente deles, uma pessoa. Peter.
Ele estava ao lado de seu armário, escrevendo algo em seu caderno muito concentrado.
Aproximei-me dele calmamente, afim de evitar uma discussão e dei um beijo rápido em sua bochecha. Peter se assustou com minha atitude e confesso que não esperava por essa reação.

— O que foi?

— N-nada. Eu só não esperava. — Disse ele nervoso. Pra variar.

Peter guardou seu caderno na bolsa e fechou seu armário, trancando-o logo em seguida.

— Eu queria perguntar sobre ontem. Por que não entrou em contato comigo?

— Eu estava ocupado. Por que? Aconteceu algo?

— A equipe e eu nos dividimos em duplas e cada uma vai patrulhar um distrito de Nova Iorque.

— Legal, e quem vai fazer dupla com você?

— O Miles. Mas podemos trocar ou... Ou você pode juntar-se a nós! O que acha?

Peter assentiu, baixando sua cabeça. Tudo bem, acho que é melhor eu conversar com ele sobre aquilo.

— Peter, podemos conversar sobre o fato de você ter tentado tirar a Gata Negra da base aérea?

— E-eu não sei do que você...

— Qual é, Peter? Sabe que pode me contar qualquer coisa. E eu não estou com raiva. Só quero saber o porquê de você ter feito aquilo.

Peter cruzou os braços, mais nervoso ainda.

— Eu senti que deveria ajudá-la. Que deveria soltar ela daquela prisão.

— Ela é uma ladra.

— Eu sei. É só que...

Ele não conseguiu terminar a frase.

— Vem cá — Puxei Peter para um abraço apertado. — Quero muito acreditar que você fez isso porque achou que era o certo e não porque está sentindo algo por ela.

Peter não respondeu. Nem correspondeu ao meu abraço.
Ele apenas me afastou de mim e caminhou em direção a sala de aula. Ele estava estranho.
Michelle e Andrew se aproximaram e observaram Peter entrar na sala.

— Pelo visto vocês já sabem, não é? — Perguntei.

Michelle pousou sua mão em meu ombro, me lançando um olhar compreensivo.

— Quer um conselho?

— Por favor.

— Não faça nada de cabeça que quente. Vocês mais do que nunca precisam conversar e tenho a impressão de que não vai ser muito amigável.

— Por que diz isso?

— Só escute meu conselho, está bem?

— Sabe de alguma coisa?

Michelle ignorou minha pergunta e se afastou de nós, indo até a sala de aula.

— Porque tenho a sensação de estarem me escondendo algo?

— Eu não estou. — Respondeu Andrew.

— Então me diga o que está acontecendo.

— Acredite, eu também quero saber.