Emanuelle Miller é uma jovem que luta para encontrar a sobrevivência para si mesma e, especialmente, para sua filha de cinco anos, quando as coisas começam a ficar complicadas na vida dessa jovem, Ethan, um empresário muito atraente, aparece a camin...
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Com o notebook em meu colo, abrir o site de emprego mas percebo que todos já estavam preenchidos.
- Você conseguiu ?
- Infelizmente não. - Soltei um ar de cansaço para Chloe que se dirigia até a mim
- Não se desencoraja minha amiga, você irá conseguir. - Se sentou ao meu lado
- Você acha? - Perguntei com receio. Chloe hoje já faz duas semanas que eu estou procurando um emprego e até agora nada
- Acredite em você mesma, você vai encontrar!
- Que Deus te ouça, porque sinceramente todas as minhas chances de conseguir um trabalho acaba aqui!
- Calma Manu, ainda não é fim! tenha mais um pouco de paciência!
- Estou preocupada é com a Valentina, Chloe!
- O sr. Brown lhe deu uma boa quantia pra você ficar meses sem ter que trabalhar e além do mais eu ainda tenho o meu emprego, se esqueceu ?
- Eu não posso e nem devo ficar de braços cruzados no sofá deixando tudo pela suas costas, inclusive bancando uma criança que não é sua
- Oque eu estou querendo te dizer é que você não precisa esquentar a cabeça com isso agora, porque em breve as oportunidades virá batendo em sua porta, isso é só uma questão de tempo e eu tenho absolutamente certeza que algo novo vai acontecer, novas mudanças mas enquanto isso até lá pode deixar que eu cuido de vocês, porque além de sermos as melhores amigas nós somos uma família que é o principal e as famílias se ajudam nos momentos que mais precisam. - Ela disse me abraçando fortemente. E eu vou estar sempre com vocês, sempre! - Deixei as lágrimas se derramarem dos meus olhos. Preciso ir, você vai ficar bem ?
- Sim e obrigada Chloe por tudo que estar fazendo!
- Não tem de que minha amiga, fica com Deus. - Lançou um beijo em minha bochecha. Nos vemos a noite. - Ela se despediu de mim e saiu em seguida. Confusa me levantei da cama, coloquei meus dois braços em torno da minha cabeça e fiquei pensando.
Preciso achar um emprego o quanto antes. Mas logo em seguida um filme sobre os meus pais passeam pela minha mente.
Como seria tudo diferente se eles estivessem aqui comigo, mas infelizmente isso não é possível, dói muito em saber que eles se foram e dessa vez seria para sempre.
E a cena daquela imagem terrível do acidente é como se fosse hoje, parece que eu estou vivendo de novo o pior momento de toda a minha vida.
Estava eu, no banco de trás com a Valentina quando o carro em que estávamos bateu frenético em um caminhão, meus pais tinham acabado de tirar o cinto e por isso o acidente foi fatal, já eu.. estava protegida e a Valentina sentada na cadeirinha no banco de trás, ouvimos o som da batida e logo eu fechei os meus olhos com medo do que iria acontecer e quando finalmente criei coragem para abri-los enxerguei o meu pai caído no banco do passageiro, já a minha mãe estava fora do carro caída no chão, aquilo foi totalmente o meu mundo desabando.
Valentina tinha apenas quatro anos de idade ela não entendia direito toda aquele situação mas pude notar que estava bastante aflita e os choros confirmavam isso.
Tirei o cinto que me prendia e me aproximei dele, comecei a sacudir mas não obtive sucesso comecei a chorar em prantos naquele momento e entrei em choc, aquilo não podia ser real, não deveria estar acontecendo fechei meus olhos várias vezes na tentativa que aquilo fosse apenas mais um daqueles pesadelos terríveis que eu venho tendo mas dessa vez não era. O meu pai, o meu querido pai estava morto.
Enquanto corria até a minha mãe eu tampava a boca para abafar o choro, ajoelhei ao seu lado e vislumbrei que estava ensanguentada. Em seguida encostei meu ouvido até o seu peito e senti o seu coração lento, quase não batia.
- Mãee, fala comigo por favor. - Entrei em desespero. Não me deixe, eu preciso de você
- Meu amor. - Ouço um sussurro. Você precisa estar preparada, seja forte. - Ela tossiu algumas vezes
- Mãe, eu vou tirar a senhora daqui, não se preocupe você vai ficar bem
- Escuta oque eu tenho para te dizer minha filha, independente do que acontecer me prometa que não vai cometer nenhuma loucura ?
- Porque está me dizendo isso ? A sra não vai morrer, eu vou te tirar daqui, eu vou ligar... - Ela me interrompeu
- Me prometa Emanuelly ? - Perguntou novamente
- Sim, eu lhe prometo, mas agora não gaste suas forças
- Cadê o seu pai ?
- Meu pai ele... - Falei em soluço e ela pareceu entender oque a minha boca não pronunciava.
- Eu quero que você saiba que você foi a melhor coisa que já me aconteceu em toda minha vida
- A senhora não pode me deixar, eu não vou conseguir viver sem vocês aqui comigo
- Mais uma vez seja forte e corajosa filha, eu amo muito vocês
- Está me pedindo o impossível
- Você vai conseguir, sei o quanto é guerreira. - Tossiu outra vez. Nunca se esqueça que eu... - Sua voz começou a falhar
- Mãeeee. - Entrei em desespero
- Filha eu t... - Ela com dificuldade alisou o meu rosto com seus dedos angelical e me olhou fixamente. Eu t..e a..m..o. - Fechou seus olhos lentamente
- Nãoooooooo. - Comecei a berrar. Alguém me ajuda. - Gritei. Por favor, alguém. - Falei baixo devido a dor que eu estava sentindo. Perdi as duas pessoas em que eu mais amava em apenas um dia, isso era demais pra mim.
- Vou precisar de ajuda. - Uma voz masculina gritou. Vai ficar tudo bem moça. - Ele tentou me tranquilizar em suas palavras mas não funcionou, em seguida se agachou para estar ao meu lado e segurou no pulso da minha mãe.
- Eu sinto muito. - Me olhou com piedade
- Por favor me diga que isso não é verdade ? - Meus olhos inchados vai de encontro aos dele
- Como eu gostaria que não fosse. - Ele continuou a me olhar e eu me desviei dele, olhando para minha mãe.
- Tem mais alguém lá dentro do veículo ?
- Sim, á minha filha e o meu pai que es..tá.. mor..to. - Tentei me levantar para ir ao encontro da Valentina, ela devia estar apavorada
- Deixa que eu te ajudo. - Se levantou rapidamente e estendeu sua mão para que eu pegasse. Minhas forças haviam se esgotado. E depois daquele dia minha vida não foi mas a mesma.
- Mamãe, a senhola tá solando ? - Seus olhos ficaram triste ao meu ver naquela situação
- Já passou meu amor
- Oque aconteceu ? Você e a titia bligaram ?
- Não meu amor, nós não brigamos. - Tentei inverter aquela conversa. Sua tia e eu estamos bem
- Mamãe eu não sou mais cliança, a senhora pode me contar. - Segurou em minhas mãos. É sobre a vovó e o vovô ?
- Sim meu amor, é sobre eles
- Não fica triste mamãe eles agora estão no céu, olhando pra gente. - Ela pegou sua mãozinha e apertou á minha mão firme
- Tão nova e tão esperta. - Sorrir com orgulho
- A senhora que me ensinou
- E pelo visto tem aprendido direitinho. - Gargalhamos juntas. O real motivo da minha felicidade diária se resumia em um único nome, Valentina.
