OBSCURO| ❝O mundo já não é mais o mesmo, tudo que vemos por aí é morte e mais morte. Precisamos aprender a conviver juntos para podermos sobreviver!❞
𝐑osalie Grimes aos 27 anos, teve seu sonho realizado, medicina. Porém uma hora para outra tudo co...
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⚠ ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS: Tentativa de Estupro ⚠
ACEITAR OU NEGAR? Há situações da vida a qual ficamos expostos a essa dúvida, às vezes parece tão fácil. Como aceitar um pedaço de bolo após o jantar ou negar receber algo em troca, quando se fez um ato genuíno e de todo coração. Mas há uma diferença nessas situações citadas e Rosalie Grimes se negava a aceitar isso.
O dia anterior foi um verdadeiro baque na vida da jovem mulher. Ela não se lembra de muita coisa, apenas de ter seu telefone arrancado de suas mãos e em seguida seu amigo asiático chegando para buscá-la. Segundo Glenn, ela havia ficado em estado de choque durante três horas e meia, apenas encarando a mancha de mofo na parede. Os médicos falaram que era normal essa reação e que em poucas horas Rose estaria novinha em folha.
Não demorou muito para que recuperasse a consciência e finalmente poder expressar a dor que sentia em seu peito. Ela segurou as lágrimas teimosas até o seu máximo, mas quando adentrou em seu apartamento e se direcionou ao seu quarto, ela se permitiu chorar. Chorou por tudo que estava sentindo, sentada no meio da cama de solteiro e abraçando forte seus joelhos contra o peito, sentindo uma dor inexplicável.
Glenn apareceu em seu quarto um tempo depois, carregando um copo com café expresso. Se sentou ao seu lado e passou o braço direito ao redor de seu ombro, a puxando para um abraço desajeitado. Rose sorriu levemente com o gesto e deitou a cabeça em seu peitoral, sentindo suas pálpebras quentes, o rosto vermelho e inchado; junto com uma fina pontada em sua testa. Ela perdeu as contas de quantos minutos se passou, apenas notou o mesmo depositando um beijo em sua cabeça e saindo de seu quarto no meio da noite. Acabou deixando o cansaço tomar conta de seu corpo e ser levado para um sono tranquilo.
O sol estava começando a nascer quando seu despertador tocou. A Grimes apertou forte o aparelho em sua mão, até as pontas dos dedos ficarem esbranquiçadas; suprimindo a vontade de jogar o telefone pela janela, ela respirou fundo e desativou o alarme. Se levantou rapidamente antes que caísse no sono novamente e jogou o celular de qualquer jeito por cima dos edredons. Ela encarou a o horizonte azulado começar a tomar uma coloração amarelada e os primeiros feixes de luz solar adentrar em seu quarto.
Suspirou fundo e calçou suas ridículas pantufas de patinho, caminhou até o banheiro e se preparou para escovar os dentes. Não demorou muito no cômodo, apenas escovou os dentes e tomou um banho rápido, pegou a primeira roupa que achou e vestiu. Saiu do quarto trajada em uma calça jeans, uma camiseta listrada, sendo coberta pelo o moletom do hospital e por fim, seus coturnos.
Com o pouco de paciência que lhe restava, ela caminhou até a cozinha e parou em frente a sua cafeteira. Rose sentia uma pontada de esperança que o universo estaria do seu lado e a máquina voltasse a funcionar. Levou o cabo até a tomada e em seguida apertou o botão para ligá-la, mas foi em vão. De forma compulsiva, a mulher voltou a apertar o botão outra vez, e depois outra e outra vez.
