Capítulo extra

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Assim que voltaram da lua de mel Luisa e Allysson iniciaram então suas vidas de casadas, Joseph deu de presente para a filha e a esposa uma casa, onde elas mobilharam e arrumaram de acordo com o gosto delas.

A casa em si era grande, cinco quartos, já que estavam esperando quatro crianças no processo da adoção.

Seis meses depois aconteceu a festa de aniversário dos gêmeos Maria e João Miguel, eles estavam enormes e já caminhando para todos os lados.

Amanda deu a luz a uma linda, forte e saudável menina um mês após o aniversário dos gêmeos, Liza estava em êxtase com a nova integrante da família, Luisa e Allysson são madrinhas da pequena Ayla.

Um ano e um mês depois de terem se casado, Jonathan, pai de Luisa, tirou a própria vida ao descobrir que seus filhos do outro casamento não eram seus filhos e que a nova esposa o traía desde sempre. Em seu leito de morte pediu desculpas para Luisa, sua única filha a quem ele deixou toda a sua fortuna.

Luisa entendia o pai, ela chorou quando a máquina que marcava os batimentos cardíacos do pai fez o temido barulho que indicava morte. Ela odiou o pai a vida inteira, mas vê-lo passar por toda aquela tristeza sem fim doeu profundamente nela.

O enterro do pai não havia muita gente, ela, Allysson, sua mãe e a família da Allysson, se não fosse por eles seu pai teria um enterro solitário.

A ex-mulher do falecido pai queria por toda lei o dinheiro, e ficou furiosa quando o testamento foi aberto e a única beneficiária havia sido Luisa.

"Você não merece esse dinheiro, foi por sua causa que ele se matou, você é a principal culpada por isso." Gritou Luisa no dia da abertura. Ela sentia dor, uma dor imensa, não pensou que a falta do pai fosse doer tanto.

O corpo da Ally aceitou bem o tratamento contra o câncer e um ano e oito meses depois do casamento recebeu a notícia de que estava curada o que foi maior motivo para comemorarem.

Dois anos depois de casadas Luisa terminou a faculdade. Era enfim médica, foi tudo lindo e elas estavam comemorando com tanta felicidade que contagiava quem passasse perto.

Allysson também se formou dois anos depois de casadas, agora era oficialmente uma Engenheira e já começará seus trabalhos, o primeiro foi a ajuda no planejamento da casa dela e de Luisa que o pai havia lhes dado.

Estava tudo bem, Luisa abriu uma clínica particular com o dinheiro que o pai deixou pra ela, e na clínica havia um plano que ajudava pessoas que não tinham necessidade de pagar pelos custos de um tratamento que fosse.

Dois anos e meio depois Luisa e Allysson quase se separaram, fazendo com que o processo de adoção demorasse ainda mais, mas depois de um tempo elas acabaram voltando com mais força ainda.

Três anos depois elas foram chamadas para uma reunião onde seria explicado como era o processo no estágio que elas estavam foram entregues a elas pastas contendo as explicações seguintes:

* As candidatas já estão no processo a três anos, a espera de quatro crianças. Sejam eles irmãos ou não.

*As crianças podem ter idade a partir de 3 anos levando em consideração que elas desejam dois meninos e duas meninas.

*O casal está oficialmente casado perante as leis que determinam tal necessidade.

*As adotantes tem moradia fixa, emprego fixo, e condições suficientes para zelar pela segurança social e mental das crianças.

*O casal está portanto, apto a iniciar o estágio semi-final do processo, que se consiste em conhecer o local e estar em contato com as crianças, podendo assim decidirem quais crianças adotaram.

*Em relação ao andamento do processo o juiz entrará em contato para então decretar o seu veredito final.

Ambas choraram. Elas poderiam enfim ver as crianças que seriam suas.

Na semana seguinte começaram a frequentar o orfanato e sempre saiam de lá com um sentimento de medo e incertezas. Medo por talvez não serem boas mães e incertezas quanto ao veredito final.

Ambas sabiam que seria inevitável, mas que acabariam se apegando, aquelas crianças tinham olhares de medo, todas as vezes que chegavam ela sorriam, não o sorriso dos lábios, um sorriso no olhar delas, o sorriso da esperança e de um futuro.

Elas encontraram seus filhos. Estavam em êxtase pois depois de notificar quais crianças elas adotariam o processo andaria enfim mais rápido e elas poderiam sair com elas.

Quatro meses depois e de decisão tomada eles já saiam com as crianças todos os finais de semana, viam as crianças todos os dias pois as levavam para o colégio e buscavam.

Quatro anos depois, em uma noite de muita chuva, Luisa havia acabado de chegar de um plantão de 36 horas é Allysson havia chegado de uma viagem de 22 horas vindo de Dubai, nos Emirados Árabes com o seu novo projeto. Elas estavam deitadas, sentindo o peso das suas horas mal dormidas e de trabalho intenso, quando o celular da Allysson começou a tocar estridente por todo o cômodo.

Luisa resmungou baixinho, já estava quase dormindo, Ally até tentou ignorar, mas o telefone escandalizava a todo momento. Então, ela juntou toda coragem que seu corpo permitia e alcançou o telefone no criado mudo que ficava ao seu lado da cama.

– Allysson. – pergunta uma voz muito conhecida e aguardada pelas duas. Allysson sentia seu peito subir e descer, o cansaço e o sono se evaporaram do seu corpo tão rapidamente que nem pareciam ter estado ali.

– E ela. – responde com a voz descompassada.

– Sou eu. Rosely Dumont, pode falar neste momento? – Allysson assim como Luisa já não eram mais as mesmas, Ally hoje com seus 25 anos não parecia em nada com a Allysson de seis anos atrás.

Luisa com seus 26 anos, parecia já ter vivido o mundo, ambas estavam mudadas em um nível muito alto.

– Reconheci sua voz Rosely – ao ouvir o nome Luisa se levanta desesperada – posso falar sim, com você qualquer hora e a hora. – brinca.

– Desculpe ligar tão tarde, mas achei que gostariam de saber a boa notícia logo. O juiz deu a guarda provisória das crianças para vocês, podem busca-las agora se quiserem, seus filhos. – Allysson começa a chorar e não consegue falar, solta o celular e Luisa o pega desesperada.

Do outro lado da linha Rosely explica com toda a paciência do mundo, tudo que havia acabado de explicar para Allysson.

– Estamos indo agora. Arrume as coisas deles por favor. – fala e desliga.

Elas se abraçam e correm feito loucas por todo o quarto em busca de roupas.

– Vamos buscar nossos filhos. – Luisa fala.

– Nossos filhos. – Ally responde sorrindo e elas entram no carro e vão ao encontro dos seus filhos.

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Ooi gente...

O que acharam dessa passagem de tempo?

Espero que tenham gostado.

Obrigada pelo carinho!!! Vocês são os melhores.

Bom por hoje é só. Aproveitem o capítulo.

Não se esqueçam: Toda forma de amar é valida 👫👬👭🌈

Muito amor para vocês ❤😘

Beijos de unicórnios 🦄🌈

Isso é Amor (Romance Lésbico) COMPLETOWhere stories live. Discover now