Pequenos contos de um cotidiano corriqueiro

Capítulo 2

- Tu me acha bonito? – Perguntou Leão após escovar os dentes com o amigo, obrigado pela a mãe do mesmo a irem logo na cama e pararem de fazer algazarra.

- Que tipo de pergunta é essa? – Falou estranhando o papo. O amigo se olhava no espelho, fazendo caras e bocas.

- Sei lá, é que me olhando assim eu acho que minha aparência é melhor do que a maioria dos nossos amigos.

- Mas tu se acha pouco hein? – Não conseguia acreditar que aquilo era real, afinal não conhecia ninguém que falaria tão bem de si mesmo.

- Esse espelho mente? Por que, se o que vejo aqui é a verdade, certeza que você não poderá falar sobre ninguém da nossa sala que seja mais bonito do que eu.

- Claro que tem!

- Não tem não! – Disse, irritado com o outro. Acreditava que se tivesse alguém ele com toda a certeza lembraria, e ninguém tinha cabelos tão esvoaçantes quanto o dele, e cílios tão longos.

- Tem sim! A Touro é muito linda, a Câncer é fofa, a Libra é tão madura e... – foi cortado.

- Meu corpo é melhor do que o da touro, veja! – Levantou a camisa e mostrou a barriga lisinha. Logo arrumou a camisa e depois fez a cara mais fofa que conseguiu, entortou a cabeça um pouquinho fazendo o outro rir. – E eu sou fofo, não sou? - Depois mudou totalmente de comportamento, estufando o peito e fazendo cara de sério. – E eu posso ser maduro quando quero!

Sagitário se permitiu rir do amigo com algum entusiasmo, o outro que começou falando sério, tinha porém no meio do caminho procurado fazer graça, então estava pronto para contribuir com os risos. Sagi deu tapinhas na cabeça dele, como se congratulasse um pet que havia feito um truque.

- Ok gatinho, você venceu.

Ali começou o mais novo apelido do Leão.