C a p í t u l o 2

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     A minha festinha na noite anterior certamente me renderia um milhão de reclamações na minha cabeça e as reclamações viriam da única pessoa a qual eu ainda tinha que suportar

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     A minha festinha na noite anterior certamente me renderia um milhão de reclamações na minha cabeça e as reclamações viriam da única pessoa a qual eu ainda tinha que suportar. Dominique. Ela seria uma dor de cabeça tão forte que, mesmo ignorando-a, ainda estaria ali. Mas eu não poderia condená-la por aquilo. Eu entendia perfeitamente a raiva que eu sabia que ela estava sentindo de mim. Afinal, queríamos uma única coisa em comum e por essa coisa faríamos o que fosse possível.

     Dominique tinha planejado tudo tão bem que, em sua santa cabeça ignorante, era impossível que algo pudesse dar errado. Ela estava perto de conseguir colocar as mãos nas ações de uma das maiores redes de hotéis do mundo, o que a tornaria uma mulher ainda mais importante do que já era. O seu jeito sujo de conseguir o que queria, desviando dinheiro e comprando ações, além de uma visita constante na cama de Gerar Lombard, iria garantir isso. Em poucos meses, ela conseguiria colocar as mãos em todo o Império Lombard.

     Mas eu tinha conseguido destruir os seus planos. Afinal, sem casamento, eu perdia o direito das ações sobre os hotéis de Lorenzo e Dominique também. A nossa sociedade seria quebrada e muito dinheiro seria perdido e, mesmo que fosse algo ruim tanto para mim quanto para os envolvidos, eu não estava disposta a voltar atrás.

     Contudo, mesmo que eu tivesse noção do tamanho da raiva que ela sentia por eu ter interrompido o seu plano diabolicamente perfeito, jamais esperaria que ela fosse capaz de fazer aquilo comigo.

     — Veio entregar sua carta de demissão? — Encarei a figura parada atrás da minha mesa, pronta para se sentar na minha cadeira. Encarei o gesto com desdenho e abri um sorriso em sua direção. — Fico feliz que esteja gostando do que vê, mas eu ainda tenho muitas coisas a resolver.

     — Ai, Paola, eu gostaria tanto de voltarmos a ser amigas. Eu vi o escândalo em sua casa ontem. Você realmente não tem sorte quando se trata de relacionamentos e amizades. — Ela riu. — Depois diz que sou mentirosa quando digo que ninguém a suporta realmente.

     O meu lado impaciente estava quase jogando aquela mulher do trigésimo andar.

     — Não toque na minha vida pessoal dentro desta empresa como fosse próxima a mim, porque eu não te dou esse nível de intimidade. Não somos amigas, sou sua chefe, então trate de arrastar essa bunda para fora dessa sala antes que eu assine a sua demissão — fui clara ao passo que me aproximava e deixava minha bolsa em cima da mesa. Eu não suportava olhar para a cara daquela mulher, mas infelizmente ela era filha de um sócio muito importante da Vitale e eu não poderia demiti-la de verdade enquanto fosse apenas a COO. Mas assim que assumisse a cadeira da presidência, eu me encarregaria de conseguir um emprego melhor para ela.

     A ruiva gargalhou tão alto que, talvez, qualquer um do corredor pudesse ouvi-la.

     — Eu adoro essa maneira arrogante que você trata as pessoas, como se fosse uma deusa, como se realmente fosse superior a alguém, mas a verdade, Paola, é que você é tão ridícula que precisa submeter as pessoas a uma espécie de julgamento apenas para poder se sentir melhor consigo mesma. Como se sente sendo tão odiada pelas pessoas? Como se sente sabendo que todos a odeiam e a repudiam?

Insensato Desejo | Série Dono do Meu Desejo #1Onde histórias criam vida. Descubra agora