Capítulo 17

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Oi meus amores, voltei e peço por tudo que ouçam essa música aqui em cima, é do meu filme favorito e eu sei que ao início pode parecer um pouco aborrecida mas no refrão é muito boa. Espero que gostem do capítulo.

Cameron Narrando.

Esta manhã acordei particularmente cedo, como ontem tínhamos festejado até tarde ainda estavam todos na cama exceto uns dois ou três peões que estavam junto do estábulo.

Desci para a cozinha, preparei um chocolate quente, pequei numa manta pequena e fui até ao alpendre da casa.

Sentei-me na cadeira de balaço com as pernas cruzadas e tapei as mesma com a manta que tinha trazido.

O fresco da manhã era algo muito bom, o sol ainda não havia nascido e estava aquela claridade/escuridão agradável, nem muito escuro nem muito claro.

O chilrear dos pássaros enchia os meus ouvidos e em conjunto com o meu chocolate quente pude obter o momento mas satisfatório da minha vida.

Eram cerca de 5 da manhã e eu estava ali sozinho, podia pensar, refletir e planear coisas sem que ninguém me interrompesse.

Pensei em tudo... pensei nos meus pais, nos meus irmãos, nos meus poucos amigos e em todas as pessoas que tinha deixado para trás.

Este foi o meu primeiro aniversário sem a minha família.

Tenho tantas saudades de casa, nem consigo contar o número de vezes em que desejei um abraço dos meus pais, o quanto desejei o seu carinho e as suas palavras doces.

Ah merda, olhem para mim, estou a chorar que nem uma garotinha. Mas é assim que eu me sinto. Louco por voltar para casa.

E se já for seguro voltar???? Já passou tanto tempo que já nem Nash deve saber onde anda.

Me custa imaginar o estado em que os meus pais estão, sem receberem notícias minhas, sem ouvirem a minha voz, sem me poderem proteger e sem me poderem abraçar. Devem estar quase subindo pelas paredes e posso afirmar que até dos meus irmãos eu tenho saudades. É incrível não é? Até as pessoas que eu pensava que mais odiava no mundo me fazem falta.

Não sei quanto ao Shawn mas eu tomei uma decisão e vou para casa. E se possível ainda hoje. Eu consigo aguentar uns dias longe do Shawn mas já aguentei mais do que devia longe da minha família.

Levantei-me da cadeira, coloquei a caneca dentro do lava louça e fui para o quarto.

Arrumei algumas coisas dentro da minha mala de viagem e fiz o que faço de melhor, ir embora sem me despedir. Eu iria voltar porque precisava de vir buscar o Shawn e por isso deixei para trás as coisas menos importantes.

Como da última vez que fugi deixei um bilhete onde justificava o motivo de ter ido embora e deixei também o número do telefone de casa dos meus pais para que eles me podessem ligar.

Saí da fazenda e fui até à rodoviária que não ficava muito longe. Comprei o meu bilhete e em menos de 20 minutos eu já ia a caminho de Iowa.

Foi uma viagem longa de 12 horas e quando cheguei estava a morrer de fome.

Sabem aquela sensação de borboletas no estômago? Essa era a minha sensação ao olhar para a minha casa.

Ao fim de tanto tempo eu estava de volta, era agora... o momento que eu tanto aguardara. Finalmente vou poder abraçar a minha família.

Toquei à campainha e quando a porta foi aberta pelo meu pai ele nem olhou para ver quem era, simplesmente abriu a porta e seguiu para a sala de estar. O seu rosto estava abatido e ele estava até alguns quilos mais magro.

My One True Love (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora