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Kyle POV "on"

Engasgo, e fico boquiaberta. Essa deve ser a coisa mais sensual que alguém já me disse. Minha, pulsação acelera. Minha nossa senhora.

- E por que não morde? - desafio.

- Não posso.

Por que ela não pode ? Já me beijou tantas vezes, por que agora ela não pode.

- O que quer dizer com isso ?- pergunto confusa e me segurando pra não sentar a mão na cara dela, por que motivos eu tinha.

- Tenho uma proposta a você. A que horas você sai do trabalho hoje?

- Lá pelas oito.

- Bem, podíamos ia a L.A hoje à noite ou sábado, e eu te mostro minha proposta. A decisão é sua.

- Por que não me fala agora sua proposta?

- Porque, ela pode melhorar ou estragar as coisas e estou usufruindo do meu café e da sua companhia - sorri de lado - e eu gostaria de permanecer assim por mais um tempo.

Eu gostaria de resolver o enigma que é Ruby o quanto antes.

- Hoje à noite.

Ela ergue a sobrancelha falhada. Pega o smartphone digita um número.

- Karen. Vou precisar do Sudão.

Sudão !?

- De São Francisco, mais ou menos às oito e meia da noite ... A noite toda.

A noite toda !

- Sim, até as seis já estará pronto. Vou pilotar de São Francisco a L.A.

Pilotar ?

- Okay, valeu, beijo.

Ela desliga o telefone.

- Termine seu café. Depois eu te levo em casa. Passo na lanchonete às oito. Vamos navegar para L.A.

Pisco depressa para ela.

- Navegar ?

- É, eu tenho um iate.

Olho boquiaberta para ela. De um café a uma viajem de iate. Uau.

- Vamos de iate para L.A?

- Você prefere jatinho?

- Por quê?

Ela sorri com malícia.

- Por que eu posso. Agora termine seu café.

Como tudo que estar no meu prato. Engolindo o último pedaço de panqueca, ergo os olhos para ela.

- Boa garota - diz - levo você pra casa depois que secar o cabelo.

Deixo a mesa. Volto pro quarto dela. Uma ideia me detém.

- Onde você dormiu ?

Viro-me para olhar para ela ainda sentada comendo o que sobrou do bacon. Não vejo mantas nem lençóis por aqui - talvez ela tenha mandado guardá-los.

- No quarto de hóspedes - diz.

- Ah.

Ela pega o celular e volta mexer no aparelho.

No quarto, procuro uma toalha e usando os dedos, seco o cabelo da melhor maneira possível. Quando termino, entro no banheiro. Quero escovar os dentes. Olho a escova de Ruby. Hum... Olhando por cima do ombro com sentimento de culpa, sinto as cerdas da escova. Estão molhadas. Ela já deve ter usado. Pego-a depressa, espremo a pasta nas cerdas e escovo os dentes rapidinho [N.A eu achando que essa mina era santa]. Sinto-me travessa.

Pego a camiseta, o sutiã e a calcinha usados e coloco tudo na sacola de compras que Ruby trouxe. Volto para a sala à procura da minha bolsa. Ruby me observa fazer um rabo de cavalo com o elástico que me emprestou. Sinto seus olhos me seguirem em quando sento para espera-la. Está no telefone falando com alguém.

- Eu vou ... Daqui mais ou menos uma hora ... Não vou faltar - revira os olhos entendiada e desliga.

- Pronta para irmos.

Balanço a cabeça concordando. Pergunto-me sobre o que era a conversa.

- Onde você vai? - pergunto, não contendo a curiosidade.

- Tenho coisas pra resolver na gravadora - diz enquanto pega as chaves do carro.

E fomos até porta.

- Pode passar - murmura abrindo a porta.

Demoro mais do que deveria, absorvendo. E pensar que dormir na sua cama, e depois de toda aquela tequila, grosserias e todo aquele vômito, ela continua aqui. E ainda por cima quer me levar para L.A. Por que eu? Não sei.

Caminhamos em direção ao elevador.

- Cadê seus pais e a Beck ?- pergunto.

- Beck foi pra aula de dança e meus pais estão viajando - explica.

Depois disso ficamos em silêncio. Enquanto esperamos, olho discretamente para ela, é ela me olha de rabo de olho. Sorrio, e os lábios dela se contraem.

O elevador chega. Estamos a sós. A caixinha de som que fica no teto está tocando música, Body on me, da Rita Ora com o Chris Brown. De repetente, por alguma razão sem explicação nenhuma, possivelmente pela proximidade em um espaço pequeno, o clima fica elétrico, carregado de expectativa e excitação. Minha respiração se altera conforme meu coração dispara. Ela vira a cabeça para min ligeiramente, os olhos escuros. Mordo o lábio.

- Ah, foda-se - resmunga.

Ela se atira em cima de min, empurrando-me contra a parede do elevador. Quando me dou conta, uma das suas mãos está na minha cintura e a outra no meu cabelo e o puxa para baixo, deixando-me com rosto virado para cima, e seus lábios colam nos meus. Seu puxão não é exatamente doloroso é até excitante. Solto um gemido em sua boca, proporcionando uma abertura para sua língua. Ela aproveita inteiramente o espaço, sua língua explora cada canto da minha boca com maestria. Nunca fui beijada assim. Minha língua afaga timidamente a dela e as duas se unem numa dança lenta e erótica se encostando e se sentindo. Ela levanta a mão para segurar meu queixo e me mantém no lugar. Não estou indefesa, eu poderia empurra-la, e mostrar que eu não queria, mas eu queria e muito, agarro sua nuca, seus quadris me pressionam contra a parede metálica. Sua ereção pressiona minha barriga. Minha nossa ... Ela me que quer. Ruby Rose, deusa grega, me quer, e eu a quero, aqui, agora de preferência.

- Você.É. Muito.Gostosa - diz baixinho.

O elevador para, a porta abre, e ela se coloca do meu lado. Uma mulher e duas garotas entram no elevador e pela cara das garotas sei que são fãs de Ruby. Assim que as portas se fecham as duas garotas explodem de emoção... eu acho, e isso da início a uma longa sessão de fotos, abraços e autógrafos. Ruby da atenção a cada uma das meninas com um sorriso enorme no rosto. As garotas dessem no saguão do prédio. Eu e Ruby ficamos sozinhas até o estacionamento.

- Você escovou os dentes? - diz ela me olhando parecendo confusa.

- Usei sua escova.

Ela sorri de canto.

- Sério? - diz surpresa.

A porta se abre, ela pega minha mão é me puxa para fora, caminhamos pelo estacionamento. Esforço-me para acompanhar seu passo, porque meu juízo explodiu dentro daquele elevador.

- Vamos com o mustang - disse.

Ruby abre a porta do carro. Ela não menciona o surto de paixão no elevador. Será que deveria mencionar isso ou fingir que nada aconteceu ? Não parece real. Talvez foi só minha imaginação, brincando comigo. Não!. Toco meus lábios, inchados pelo beijo. Definitivamente aconteceu. Sou outra mulher. Quero desesperadamente Ruby, e ela me quer.

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