Uma marrenta no colégio interno

Cap. 1

Esse livro foi escrito por mim alguns anos atrás e agora começarei a repostá-lo, adaptando com minha escrita atual, espero que gostem. Vou manter os acontecimentos porque muita gente gostou do livro, mas tenho novos livros que provavelmente não vão te decepcionar!

(01/03/2018)
5 dias atras:

Flashback on:

Essa aula está insuportável, meu pai amado. Chamo Guilherme, meu melhor amigo, e começamos a conversar.

- Megan Tucker e Guilherme Langford, vocês poderiam parar de conversar durante a aula? - A professora pergunta irritada pausando o vídeo transmitido no projetor

- Se sua aula fosse melhor, nós prestaríamos atenção! Depois ainda me pergunta porque eu durmo - Grito do meu lugar (vulgo fundão), porra, ela só fica passando vídeo e pedindo pra gente escrever o que ta falando lá, sou obrigada não!

- Megan, já pra sala da diretora! - Grita ela com aquela voz irritante

- Que intimidade é essa?! Para você é senhorita Tucker! - Digo "indignada", mando um beijo no ar e saio

Ligação on:

Alô? Diretora Caroline! O que gostaria? (C)
Bom dia diretora, tem uma aluna na sala 8 passando mal! (M)
Ah, ok, muito obrigado por avisar! (C)
Magina (M)

Ligação off

Depois de ver ela saindo, noto a porta aberta e a secretária ocupada demais em uma ligação de vídeo, cá entre nós, ela é bem sonsa. Entro na sala da diretora e pego suas chaves, que coincidentemente estão bem em coma da mesa. Chego no estacionamento dos funcionários e aperto a chave, um Corolla branco apita e entro nele, gostei! Ligo-o com facilidade e coloco na ré, eu já dirigi uma vez alguns anos atrás, não deve ser difícil, né? O carro é automático.

(...)
Enquanto dirijo tranquilamente a 130km por hora, ouço meu celular começar a tocar. Procuro-o na bolsa, e devido à minha ótima habilidade como motorista, não consigo evitar que o carro bata de frente com algum caminhão, eu acho... Tudo parece acontecer em câmera lenta e de primeira acho que morri. Mas depois de sentir uma dor insuportável na minha perna e braço, percebo que não morri não...

- S-socorro - Grito o mais alto que consigo e um garoto com lindos olhos aparece na minha visão antes de tudo ficar embaçado

**5hs depois**

Acordo ainda tentando assimilar tudo que aconteceu e me lembro do acidente, tento me levantar, mas minha perna e meu braço doem demais para isso. Droga, espero que não tenha que usar aqueles gessos ridículos! Aperto o botão para chamar o médico e depois de alguns minutos ele aparece no quarto.

- Olá, que bom que acordou. Precisarei perguntar algumas coisas e aí podemos começar a pensar em te liberar daqui, tudo bem? - Pergunta, assinto com a cabeça e ele olha para a prancheta - A senhorita não está conseguindo mexer alguma parte do corpo?

- Sim, minha perna direita e o braço esquerdo! - Digo e ele assente

- Consegue se lembrar de tudo do acidente? - Pergunta

- Sim, peguei o carro da minha amiga, fui pegar algo em minha bolsa e quando vi já estava em baixo de algo, até que um garoto chegou e eu acho que desmaiei completamente - Explico o que eu lembro da minha cagada

- Hum ok, acho que a senhorita já estará bem daqui uns 2 dias, com gesso claro - Diz o médico e eu agradeço a Deus por ser rápido

(...)
- MEGAN! O QUE VOCÊ ACHA QUE VAI CONSEGUIR FAZENDO ESSE TIPO DE COISA?! - Grita minha querida mãe irritadíssima e eu apenas reviro os olhos

- Estou tentando ter uma vida divertida, Camile! - Digo já irritada - Não sei porque veio me dar lição de moral, nem moral você tem! Você NUNCA foi uma mãe de verdade pra mim!

- Tudo bem, Megan, tente me atingir o quanto quiser! Mas saiba que essa é a ÚLTIMA vez que aturei esse seu comportamento de menina rebelde, você vai para um COLÉGIO INTERNO! E garanto que nesse colégio será MUITO DIFÍCIL você ser expulsa! - Diz Camile

- VAI SE FODER, CAMILE, EU NÃO VOU! - Grito puta da vida, ela nunca se importou comigo e acha que pode me tirar da minha vida aqui? Não!

- Você vai querendo ou não, Megan! Enquanto você for menor de idade e viver ÀS MINHAS custas, você fará o que eu mando! - Diz mandona como sempre

- EU. TE. ODEIO! - Grito pausadamente, que saco!!! Tudo que eu MENOS queria agora.

- Com licença, vocês poderiam conversar um pouco mais baixo? - Pergunta uma médica entrando no quarto

- Sim. Ela já estava de saída mesmo, não é, Camile?! - Digo a mandando embora, ela assente e sai. Depois de alguns minutos apenas sentindo minha raiva sozinha, ouço alguém entrar no quarto.

- VOCÊ TEM DEMÊNCIA, MEGAN? Eu fiquei preocupado, caralho! - Diz Gui vindo me abraçar, penso em respondê-lo, mas minha voz não sai e tudo fica preto.

**30 minutos depois**

- Megan, você quer me matar, garota?! - Diz Gui "bravo"

- Eu n-nao f-fiz nada - Digo fraca - Q-que por-ra t-ta acontecendo comigo?

- Você está fraca! Provavelmente por ter gritado demais... - Diz o médico brotando do inferno, eu reviro os olhos e ele sai novamente

- Meg, eu estava super preocupado com você, sua filha do caralho! - Diz Gui

- Filha do caralho? Inventou é?- Digo rindo fraco

- Meg, você tem que tentar ter uma relação melhor com ela! - Diz ele

- Porra, Guilherme, ela vai me mandar a um co-colégio interno - Digo

- Eu vou com você, amor! - Diz Gui (não nos gostamos desse jeito que pensam! Somos tipo irmãos)

- O-obrigada, Gui - Digo, dou um sorriso de canto e durmo novamente.

Flashback off

E foi ai que tudo começou... nesse maldito dia! Devido à essa situação, nesse momento estou com minhas malas prontas pra ir ao colégio inferno... ops... quero dizer, interno!

- Megan, vamos! Guilherme precisa terminar de resolver umas coisas com a família e vai somente mês que vem, sua mãe me avisou! - Diz Camile de lá de baixo, eu bufo e desço.