Interrogatório

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Eu, Mabel e Henry estamos andando em fila indiana enquanto tem vários soldados ao nosso redor. Entramos na base, eu observo e é tipo uma nave enorme.
-Não sabia que o governo tinha condições pra criar uma nave igual de filme. - Digo em voz alta.
-Cala a boca Mark. - Sussurra Mabel.
Não consegui me controlar, tinha que tirar uma, viver ou morrer, isso não faz mais sentido pra mim por isso brinco com as situações.
-Na verdade garoto, o governo do seu país não, mas o meu sim. -Diz um velho bem arrumado de terno preto vindo na nossa frente.
-Por favor senhores me acompanhe. Diz o velho.
Os soldados nos empurram, e continuamos andando. A "base" é muito futurística, se duvidar, melhor que a nossa, porém a nossa base é fixa, já a deles voa. Entramos numa sala vazia.
-Tirem a armadura. Diz o soldado.
-Ah qual é, eu estou só de cueca. - Diz Henry.
-Cala a boca, pra segurança de vocês, tirem. - Ordena o soldado.
Ficamos sem a armadura, eu de camisa e samba-canção, Henry só de cueca, e Mabel de roupa normal, calça e regata.
-Ah qual é Mabel? Digo.
-Não sou idiota como vocês, é claro que uso roupa por baixo.
Olho e tem um espelho enorme do lado da porta, coisa de CIA ou FBI. Me aproximo do espelho e fico olhando.
Abrem a porta, me assusto e dou um passo pra trás.
-Você só de cueca, pode vir. - Diz o soldado que abriu a porta.
Henry vai e sai da sala seguindo o soldado. Me aproximo de Mabel e questiono bem baixinho:
-O que acha que vão fazer com ele?
- Vão fazer perguntas, tentar tirar tudo o que ele sabe, o único problema é que ele não sabe de nada.
-Ferrou! Mas não vão torturar ele né?
-Aí depende dos métodos deles.
-Droga!- Fico frustrado, de repente vem uma idéia.
- Eu tenho um plano.
Ando em direção ao espelho.
-Espera, o que vai fazer?- Diz Mabel.
Começo a bater no espelho e gritar:
-Eu tenho o que vocês precisam, eu sei tudo o que querem.
-Cala a boca Mark. Diz Mabel irritada.
Só olho pra ela e dou uma piscada. Abrem a porta e entra dois soldados, me pegam e me algemam, me puxando pra fora. Começo a andar num corredor longo, enquanto os dois soldados estão bem atrás de mim, quando olho, lá vem o Henry, aparentemente bem. Ele passa do meu lado e só o cumprimento acenando a cabeça, e ele me olha com uma reprovação e tão sério, apenas diz não com a cabeça. Prossigo e entramos numa sala escura, bem assustador por um lado. O cara velho de terno está lá e me olha com uma cara feliz mas ao mesmo tempo ironica. Abaixo a cabeça e sento.
- Olá garoto, sabia que ia colaborar, estava de olho em você, a propósito me chamo Franklin Adam.
-Adam? Não seria o nome do planeta?- Olho meio com dúvida e tento tirar alguma informação.
- Ah garoto esperto! Sim o nome do planeta, por que acha que ele tem esse nome? Por causa de Adão? Haha claro que não, talvez, mas fui eu que descobri esse planeta e nomeei dessa forma. Mas e você, como se chama?
-Mark, Mark Hall senhor, mas não entendo, se foi você que descobriu, por que esse alvoroço todo?
- É uma longa história Mark.
-Mas temos tempo, você vai me matar mesmo no final.
Ele respira fundo, e resolve responder.
- Quando descobri esse planeta, tive a idéia incrível de testar as bombas aqui mas o governo não acatou essa idéia e tomou minhas demais idéias e tirou todo direito, e me afastou dos estudos sobre o planeta.
-Qual é o seu problema? Esse planeta seria a maior chance de não entrarmos em extinção. -Digo irritado.
-É por isso mesmo, você acha que a Rússia, a Coréia e o EUA vão querer dividir o mesmo planeta? Eles vão guerrear pra conseguir esse planeta e só vai vim pra cá quem for da laia deles.
-Nesse caso você tem razão, mas eu posso ajudar, tentar reverter isso e tentar falar com o governo.
-Agora é tarde Mark, eu sou aliado da Rússia e dei toda a informação que eles precisam, e vão acabar com o governo americano.
-Mas uma conversa resolveria tudo isso senhor Franklin, me dê essa chance.
Franklin olha pra trás, e observa ao redor e se aproxima de mim e sussurra no meu ouvido:
-Faça o que for necessário, minha sala é a 18ab, lá tem tudo o que precisa, eu acredito em você.
Ele coloca um lazer pequeno na minha mão e se afasta.
-Você é um idiota igual aos outros.- Diz ele num tom agressivo e em voz alta, e em seguida me dá um soco.
-Tirem ele daqui soldados.- Ordena Franklin.
Saímos da sala e vou de volta pra onde eu estava. No caminho vejo a sala 18ab, em seguida uso o lazer e tiro minha algema, olho ao redor e no corredor só estava eu e os dois soldados. Assim que um vai colocar a senha e abrir a porta, aproveito, dou um golpe e pego a arma do que estava ao me lado e logo atiro no outro. A porta já estava aberta, então entro e solto Mabel e Henry.
-O que você fez? - Pergunta Mabel.
-Eu disse que tinha um plano. - Pisco pra Mabel e sorrio.
-Mas precisamos da armadura.
-Calma Henry, sei onde está.
Saímos da sala e vou em direção a sala 18ab.
-Como vamos abrir isso? - Pergunta Henry.
-Fácil!- Aponto o lazer na fechadura da porta e logo em seguida empurro e ela abre.
-Procurem as armaduras, vou procurar outra coisa.
-Que coisa Mark? - Pergunta Mabel.
-Uma coisa que a sra. Stevens precisa ver.
-Achei as armaduras. -Grita Henry.
A gente pega as armaduras e começa a colocar, até o capacete. Só deixo levantado na cabeça pra ter a visão melhor, juntamente com a Mabel.
-Henry fica de guarda ali na porta.- Digo, ele logo já fecha o capacete e se retira.
Continuo olhando e procurando os documentos. Encontro uma gaveta cheia de papelada.
-Ah sério, papel?- Resmungo.
- Tanta tecnologia aqui e guardam os documentos em papel ainda. -Diz Mabel zuando e rindo.
Paro e olho pra ela, ela fica me encarando séria, e me aproximo e tento a beija, só sinto o calor de sua mão no meu rosto com o tapa que deu.
-Qual é o seu problema Mark?
-Eu pensei que gostasse de mim.
-Pensou errado.- Diz Mabel fechando o capacete e saindo perto de mim.
-Mark estamos ferrados. Diz Mabel.
-Eu sei por isso estou procurando esses documentos.
-Não, é sério Mark!
-Espera um pouquinho já estou achando, pronto achei!- Fecho o capacete e viro, tinha 3 soldados, na verdade duas soldadas e um soldado que estava segurando Henry. Quando olho Mabel corre pra cima de uma.
-Não Mabel!
Mabel dá um chute fazendo a arma da soldada cair, indo as duas pra mão.
De repente a outra soldada vem em minha direção e joga a arma dela.
-Ah desculpa mas eu não bato em mulheres. - Digo à ela.
-Então vai apanhar. - A soldada responde.
Ela começa a me acertar com murros e chutes, só me desvio segurando os papéis. Até que ela dá um chute no ar e me acerta fazendo eu cair e papelada  cai também mas um pouco longe. To no chão deitado e ela pula em cima de mim e começa a me dar soco, ainda bem que estou de capacete, ela também. Seguro suas mãos e logo viro fazendo ela ficar por baixo e eu em cima dela.
-Nossa você é bem forte, acho que estou apaixonado. -Digo dando uma risada.
-O que vocês querem na sala de meu pai? -Ela Pergunta.
-Eu quero salvar a vida dele.
Ela para de se mexer, fica quieta.
-Vamos Mark, acaba logo com essa aí. -Diz Mabel.
Eu viro o rosto e olho, Henry e Mabel em pé me esperando enquanto os outros soldados estão no chão apagados. Eu viro e olho pra soldada segurando seus braços e em cima dela.
-Cai logo fora daqui. -Diz ela.
Saio de cima dela, pego os papéis e saio correndo com Henry e Mabel.

ADAMWhere stories live. Discover now