46- 1 Year Later

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P.O.V Justin

Era um domingo e já tava sem paciência pro meu pai, que tava pegando no meu pé o tempo todo sobre o almoço na casa da minha mãe em comemoração ao seu aniversário. Eu não queria ir pra porra nenhuma, mas ultimamente eu tenho ficado muito mal com ela e sinto que devo pedir desculpas, porque ela tem razão de toda a porra, que ela não teve culpa de nada pelo o que aconteceu entre o míseravel do Luke e eu.

Já tava pronto e peguei o presente dela. Sentir um aperto no peito... ao lembrar do seu aniversário ano passado, a Scarlett tava viva e tava junto a mim.

Fechei os olhos e sentei na cama novamente, com uma vontade enorme de chorar por lembrar da falta absurda que ela me faz mesmo depois de morta. Sei que tenho agido como um vagabundo nos últimos meses, mas é só um meio pra fugir dos meus pensamentos dela... se eu ficar em casa parado, sem fazer nada eu irei enlouquecer completamente.

— Merda. — murmurei, sem paciência e respirei fundo, ouvindo batidas na porta do meu quarto.

— Justin? — era o meu pai e bufei alto, ficando de pé e fui até a porta, vendo ele arrumado. — Pronto?

— Sim. — falei, e saí do quarto, o vendo vim atrás de mim. — Essa porra será a mesma coisa de sempre? Os parentes chatos? — perguntei, e desci as escadas, pegando a chave da Ferrari.

— Sabe como é a sua mãe, não gosta de nada grande, é mais reservada e pretende comemorar o aniversário com os familiares. — revirei os olhos, e saímos pro lado de fora.

— Não suporto essas porra.

— Faz isso pela sua mãe, vai. — ele, falou e tocou no meu ombro. Assenti com a cabeça e entrei na minha Ferrari.

Tirei caminho pra casa da minha mãe e o pensamento de que há um ano atrás eu era feliz, me dominou novamente. Nunca vou conseguir entender porque eu fui enganado, traído e feito de idiota por uma das pessoas que eu mais confiava na vida. Eu confiava no Luke, eu amava ele mais do que a minha própria vida, ele era alguém que eu nunca estaria disposto a perder... até o momento de descobrir a covardia descarada que ele fez comigo, em me trair com a Scarlett.

Depois de meses eu parei pra pensar em quantas vezes eles devem ter ficado, nas vezes em que eu o pedir pra levá-la até o seu apartamento, em quantas vezes eles devem terem ido pra motéis juntos, nas vezes que se beijaram, que transaram e que dormiram juntos.

— Porra! — falei, ríspido e dei um tapa forte na direção, pensando nessa porra que cada vez mais me dava raiva.

Chegamos na casa da minha mãe e vi a quantidade de carros em frente a ela, de lado do chafariz, na área por dentro do muro inteiro. Imaginei logo na quantidade de gente chata que vai tá aí hoje, mas pelo menos o Luke não tá e é uma raiva a menos.

— Seja educado com os parentes, Justin. — o meu pai, falou ao chegar do meu lado e revirei os olhos.

— Pai, não começa tá? Não basta eu vim pra essa porra e passar o dia todo olhando pra esse monte de parentes chatos, o senhor vai querer me dá lição de moral.

— Só falei que tenha bons modos e eu paro de pegar no seu pé. — bufei, alto e entramos na casa, vendo ela cheia. Cheia de tias, tios, primos, as primas chatas do Canadá, os meus avós e algumas amigas da minha mãe. Olhei em volta, procurando ela e a vi perto do escritório, conversando com a Jane. Um sorriso enorme foi aberto nos meus lábios ao notar o sorriso de felicidade dela, isso por alguma razão conseguiu me acalmar.

Fui até ela, que sorriu ao me ver e dei um abraço bem forte, fazendo ela me dá um beijo no rosto.

— Filho, não achei que vinha. — ela, falou e segurei na sua mão.

Enemy Brothers (BITP)Onde histórias criam vida. Descubra agora