Capítulo 2

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Para as leitoras/es que não estão informados, eu estou a reescrever esta história. Agradeço a paciência e a dedicação que têm e espero que gostem dos capítulos que se irão seguir, tentarei escrever com a maior regularidade que me seja possível, um obrigada e uma boa leitura.

- Pervert kiss


Capitulo 2

Estava à sua espera, hoje sai mais cedo do trabalho e queria fazer-lhe uma surpresa. Esperei na cozinha, espreitando no seu frigorifico e reparando que hoje era um dia de compras. Eu adoro as terças feiras, para além de ser o dia da semana com menos trabalho é também um dos únicos dias que a minha leoa me permite algum do seu tempo, andei pela casa sem muito por fazer, bom para além dos milhares de livros existentes, que tenho a certeza que já leu a sua maioria, mas não é para mim. Não gosto muito de ler, não me incomodo, só não é para mim, mas adoro quando ela lê, a sua face relaxa sem forçar o seu sorriso cínico de trabalho, e é onde demonstra mais emoção. Engraçado que se apegue mais a fantasias e a histórias do que a pessoas. Eu sou exceção é claro, pois mesmo depois de três anos ela ainda está comigo, não me deixou.

Ouvi a porta a abrir, rapidamente me dirigi ao local, com um sorriso estampado na cara. Verónica estava a retirar os seus sapatos, a sua cara parecia um pouco cansada, mas aproveitei para ver o seu decote enquanto ela apoiava a mão no seu móvel de entrada, enquanto tirava os sapatos de salto. Os seus olhos encontraram os meus e um leve sorriso se formou nos seus lábios.

- Sabes que eu não gosto quando entras em minha casa sem autorização. - disse numa voz neutra, enquanto se endireitava e arrumava os sapatos, calçando uns chinelos pretos de inverno.

- Bom normalmente estás em casa quando eu venho, mas hoje sai mais cedo, por isso aproveitei e – ela passa por mim, fazendo-me segui-la – pensei que talvez eu poderia esperar por ti.

- Simpático da tua parte, mas para a próxima uma mensagem talvez, só de aviso. – Vi-a arrumar as coisas que estavam no saco.

- Queres ajuda? – aproximei-me.

- Não obrigada. – o seu tom era sempre o mesmo só mudava na cama, ou qualquer o local que decidíssemos ter sexo. Era sempre assim, não importa o que eu fizesse ou o quanto eu a quisesse ajudar o mínimo que fosse, Verónica não queria saber, fazia sozinha com orgulho – Vê um pouco de televisão ou assim. Talvez esteja a dar algo que gostes.

- O que recomendas? – disse sorrindo, aproximando-me completamente dela e apoiando o meu queixo no seu ombro.

- Sabes muito bem que o que eu vejo não é do teu gosto – um suspiro saiu dos seus lábios, pequenos e meio rosados como de boneca – sabes que não temos muito em comum no departamento de gostos... - olhou finalmente para mim, diretamente nos meus olhos, meu coração deu um pulo.

- Bom... - passei as minhas mãos pela sua anca – temos muito em comum noutro departamento – comecei a beijar suavemente o seu pescoço, fazendo-a soltar um suspiro agradável – somos bastante compatíveis, aqui. – Segurei as suas pernas, fazendo-a sentar-se na bancada. Ela apoia a sua testa na minha, respirando pesadamente na minha boca, olhando nos meus olhos profundamente, os seus olhos eram cor de avelã e quando o sol batia ficavam com uma cor de mel. Eu adorava, mas nunca lhe disse, sabia que se iria zangar. Fui o primeiro a investir o beijo, segurei na sua cara aproximando-a mais de mim, os seus lábios eram suaves e um pouco frios, como o resto da sua pele. Uma das minhas mãos foi para a sua nuca enquanto a outra acarinhava a sua orelha, eu sabia que lhe dava arrepios na espinha. Assim que o mesmo se confirmou sorri aprofundando mais o beijo, segurei no seu cabelo num punho e puxei a sua cabeça para cima tendo o seu pescoço à minha mercê. Distribui leves beijo e passei com a língua.

todos começamos como estranhosOnde histórias criam vida. Descubra agora